terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Desconectar para Conectar


Este ano devem ser vendidos no Brasil 15,5 milhões de smartphones e 1,5 milhão de tablets, segundo a consultoria IDC. Em dezembro, durante a semana do Natal, foram baixados 1,2 bilhão de aplicativos móveis. É a força da cultura das telas. Ninguém se desgruda mais de seus computadores de mão.

Muita gente só vê a rede como uma fonte de jogos bobinhos e passatempos inúteis. Pode ser menos perceptível, mas a rede também está nos tornando mais politizados e engajados.

No ano passado, o assunto mais compartilhado no Facebook não foi o casamento do príncipe William, herdeiro do trono britânico, e sim as consequências da morte de Bin Laden. No microblog Twitter, a hashtag mais falada foi #Egypt. No mundo, quase 1 bilhão de pessoas têm conexão 3G, que permite a transmissão de dados de texto, foto e vídeo.

Segundo a Organização das Nações Unidas, existem 4 bilhões de aparelhos móveis em uso no mundo e somente 2,6 bilhões de pessoas com acesso a banheiros e condições básicas sanitárias. Estarrecedor. Em 2012, eu aconselho você a desligar seus aparelhinhos e ser mais social na vida real. Evite ser levado pela maré brava da informação. Talvez seja contraditório, mas, acredite, seu cérebro precisa disso.

Cientistas da Universidade da Califórnia provaram que alguns dias sem conexão são necessários para incubar e disparar o processo criativo. Em outra frente, o escritor americano Jonah Lehrer, autor do livro Imagine - How Creativity Works ("Imagine - como a criatividade funciona"), que custa 15,83 dólares na Amazon, pesquisou e confirmou que nosso cérebro precisa se desconectar para resolver problemas complexos.

Você consegue ficar sem se conectar 30 minutos por dia? Almoçar sem olhar uma única vez o celular? Ver os detalhes da vida sem precisar fotografar e somente guardar boas lembranças na alma? Toda tecnologia perde o sentido se não proporcionar mais contato humano. Desconecte-se para pensar em sua carreira neste fantástico momento de mudança global.

Fique offline por alguns momentos do dia para ter novas visões, influenciar mudanças, criar novos conceitos de negócios, produtos, serviços e experiências. Escrevi esta coluna do Delta do Rio Okavango, em Botsuana, na África. Fiquei vários dias sem conexão.

Foi fantástico. Lá me reencontrei com as ideias, com os sonhos e com meu planejamento de vida. Viver na rede é fantástico, mas não podemos nunca nos esquecer que somos um ser social.

FONTE: CorpTV

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