Autor: Steve Alexander, CIO/EUA
Grande parte de 2014 foi gasta discutindo redes definidas por software (SDN), funções de virtualização de rede (NFV), e outras "novas" tecnologias de rede. Ouvimos também debates sobre os méritos da Internet das Coisas e todas as maravilhas que ela vai proporcionar ao mundo. Podemos dizer que 2014 foi, até certo ponto, um ano de conversas.
Passamos muito tempo definindo SDN em fóruns e formando novos organismos de normalização, mas não era incomum ouvir clientes, mídia e provedores de serviços pedindo algo tangível em meio à discussão de seus benefícios. Afinal, onde estavam as implantações em massa?
Em suma, 2014 foi o ano em que mudamos peças estrategicamente no tabuleiro do mercado de redes, mas nunca chegamos ao ponto de chamar de "xeque-mate".
O mesmo acontecerá em 2015, ou vamos finalmente ver vencedores emergindo e o novo ecossistema do mercado de redes tomar forma?
É inegável que a era SDN e NFV ainda está em sua infância. Mas o cenário vai mudar em breve, de acordo com o estudo "2014 SDN Strategies: North American Enterprise", da Infonetics Research. O levantamento estima que 87% das empresas norte-americanas pretendem ter SDN em seus centros de dados em 2016. A partir dessa perspectiva, SDN está no caminho certo.
Até aqui, as implantações têm mantido o hype um pouco fraco, mas SDN é a tecnologia mais transformadora que desenvolvemos em décadas. Nos conscientizaremos disso em mais 10 anos, talvez menos.
Em 2015 começaremos a ver as primeiras implementações de SDN em redes de telecomunicações em todo o mundo. Este será um passo enorme, que poderá impulsionar a SDN para alcançar uma massa crítica; esperamos SDN implantada em redes submarinas globais para permitir serviços mais dinâmicos, como jamais visto no passado.
Também vamos começar a ver NFV se transformar na tecnologia da hora. Tivemos sussurros de NFV em 2014, mas 2015 promete colocar a discussão no mapa, como aconteceu com SDN nos últimos 12 meses. Assim que resultados tangíveis do que software pode fazer por uma rede começarem a ser perceptíveis, as pessoas começarão a ver vantagens em substituir as funções de hardware com equivalentes virtualizados. Será apenas questão de tempo. A pesquisa da Infonetics apoia essas previsões, bem como o relatório "Carrier SDN and NFV Hardware and Software Market Size and Forecast", que prevê que os mercados NFV e SDN irão atingir 11000 milhões de dólares em todo o mundo em 2018. Junto com as grandes teles anunciando implantações SDN, também veremos implantações NFV iniciais em empresas high-touch.
Transmissões 4K serão padrão
Durante 2015 veremos muito mais conteúdo 4K disponível e trafegando nas redes, graças, em grande parte, a players como a Netflix, que já tem planos de ofertas Ultra HD.
Na verdade, relatório recente da ACG Research constatou que o uso de serviços de vídeo streaming 4K, que consomem três a quatro vezes mais largura de banda do que HDTV, vão crescer de 2% em 2014 para 12% em 2018. A velocidade mínima necessária para 4K / Ultra HD é em torno de 16 megabits por segundo, o que resultará em uma maior pressão sobre as redes.
Grandes esperanças para as Small Cells
Como as redes móveis existentes estão cada vez mais congestionadas e a implantação de novas torres é cada vez mais difícil, as operadores móveis vão procurar aliviar a carga de tráfego através da implantação de um aumento do número considerável de Small Cells, que também irão melhorar significativamente a cobertura global de rede, especialmente dentro de casa, onde a maioria das pessoas realmente usa seus smartphones. As Small Cells descarregam parte do congestionamento das torres existentes, melhorando significativamente a experiência do cliente.
Pesquisa recente realizada pela Infonetics Research descobriu que os operadores móveis estão planejando deslocar mais de 20% do seu tráfego móvel da rede macro para Small Cells em 2018. Prevemos que 2015 será o ano em que as implantações de Small Cells serão amplamente adotados pelos operadores móveis, especialmente em mercado mais maduros, como parte do processo natural de seleção de tecnologias e produtos de backhaul, tecnologias e arquiteturas de interconexão.
Estes são apenas um punhado das tendências tecnológicas que esperamos ver em 2015, mas algumas coisas são claras: mais capacidade será mais necessária do que nunca, em mais locais e formas de maximizar a capacidade das redes e de descobrir como rentabilizá-las continuarão a dominar as discussões.
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FONTE: CorpTV
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