Autor: Felipe Dreher
Os últimos doze meses foram duros para venda de computadores no Brasil. A edição 2015 representou a primeira vez em 26 anos que o professor Fernando Meirelles viu o relatório que publica anualmente estampar queda nas vendas de PCs e tablets no Brasil. As 20,4 milhões de máquinas compradas no período representaram uma retração de 10,48% frente ao ano anterior.
O cenário, porém, não é de terra arrasada. “Dos doze pontos de destaque, apenas um é negativo”, minimizou o responsável pela Pesquisa Anual da FGV/EAESP-CIA Mercado Brasileiro de TI e uso nas Empresas, durante apresentação dos resultados do estudo na quinta-feira (16/04), reforçando que a comercialização de computadores tem uma evolução anual histórica consistente.
Aliás, de acordo com levantamento, o Brasil tem atualmente 128 milhões de PCs e 24 milhões de tablets em uso. O volume representa uma penetração de 75% de mercado, ou seja, três em cada quatro brasileiros possuem computadores. E as estimativas de Meirelles são positivas para o futuro. Ele constata que o número de máquinas dobra a cada quatro anos, isso tende a se manter.
A previsão do professor aponta que 22 milhões de computadores serão vendidos em 2015. Se isso ocorrer, será um incremento de 8% frente ao ano anterior. Mais da metade dessas vendas serão de tablets. “Vamos chegar a uma proporção de um computador por brasileiro em 2017, mais tardar em meados 2018”, projeta.
Para o triênio que começa em 2017, o professor estima vendas anuais de computadores da ordem de 32 milhões no País, um incremento sobre a média de 25 milhões verificada até lá. Vale resaltar que segundo o estudo da FGV, aproximadamente 3,8 computadores do mundo estão no Brasil.
Computadores de mão
De acordo com o levantamento da FGV, há mais smartphones do que computadores em uso no Brasil. O levantamento aponta 154 milhões de dispositivos móveis inteligentes nas mãos dos brasileiros.
Somando ao número dos computadores há um total de 306 milhões de dispositivos conectáveis em utilização no País. Em outras palavras: três aparelhos para cada dois habitantes. E isso tende a se intensificar ainda mais. Ao final de 2016, Meirelles estima que esse número chegue a 400 milhões.
FONTE: CorpTV
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