terça-feira, 14 de junho de 2016

TV Corporativa: saiba como é a utilização em grandes empresas


Os sonhos que as empresas tinham em atingir todo o seu corpo de funcionários de uma só vez com notícias, reuniões ou treinamento de forma ágil tornou-se uma realidade com o advento da TV Corporativa. Essa solução, além de transmitir de forma imediata os interesses da companhia, trata-se de um veículo de comunicação mais barato – evitando deslocamentos desnecessários, moderno e potencialmente mais assertivo no tratamento homogêneo da comunidade corporativa.

Diversas empresas passaram a adotar a TV Corporativa como canal de comunicação para diversas finalidades. Quer conhecer algumas aplicações nesse universo corporativo? Vamos lá.

Companhia Industrial Cataguases (CIC)

A Companhia Industrial Cataguases é uma empresa líder no mercado Têxtil brasileiro em tecidos de algodão para camisaria, com presença em mais de 20 países e mais de 1400 funcionários. Trocou os quadros de avisos e murais de notícias tradicionais por telas de LCD espalhadas por suas unidades, oferecendo a seus funcionários informações mais diversificadas e de forma mais ágil. A implantação da TV Corporativa também foi uma estratégia de trazer para as equipes um conceito de modernidade e evolução, substituindo o velho quadro de notícias por telas com conteúdo dinâmico.

AmBev

Adotou como uma ferramenta de comunicação. Além de favorecer no treinamento de seus funcionários, principalmente da equipe de vendas, a TV AmBev viabiliza a interligação das operações de norte a sul do País, atingindo cerca de 20 mil pessoas e transmitindo as informações da empresa e de suas marcas. Apresenta o telejornal Agente AmBev no Ar em vários horários e com sete quadros, dentre eles o “aGente quer saber” e “Memória Viva”, sobre a empresa, e “aGente em Ação”, sobre a rotina dos funcionários da empresa.

Unimed

A Unimed Brasil recebeu prêmio pelo seu canal no qual clientes do Hospital assistem a programas recheados de entrevistas com profissionais em sua maioria da cooperativa. Um projeto de iniciativa da Unimed Vitória transmite conteúdos institucionais e entretenimento variado produzido internamente.

Petrobras

Inovando com o Canal Panorama Petrobras, através da WebTV corporativa, atinge cerca de 44.000 profissionais no País. Seu propósito é favorecer as ações de comunicação interna de forma a consolidar uma boa imagem da empresa para o corpo de funcionários, apresentando o desempenho econômico, planejamento estratégico, patrocínios concedidos e as grandes campanhas implementadas pela direção.

O Boticário

Aproveita para se aproximar de seus colaboradores, procurando alcançar a todos, inclusive em datas comemorativas, como exemplo o dias dos pais em que a empresa homenageou os funcionários com uma série de dez vídeos em que crianças apareceram desenhando, com trilha sonora e frases comemorativas.

Itaú

O principal objetivo foi melhorar o relacionamento da empresa com seus colaboradores, estimulando a participação nas campanhas internas. As TVs ficam disponíveis em locais de grande circulação dos colaboradores, como restaurante interno, enfermaria, recepções e locais de socialização. Foi bastante útil no processo de associação do Itaú Unibanco, de forma a manter os colaboradores constantemente informados a respeito dos principais acontecimentos e transmitindo mensagens dos executivos.

Ri Happy

Visando melhorar a comunicação com os funcionários, multiplicar a cultura organizacional, padronizar o ambiente de loja e aumentar as vendas, implantou a Tv Corporativa interna com transmissões mensais e conteúdo composto por reuniões com a diretoria e escritório central, campanhas motivacionais e treinamentos. Também disponibiliza o canal comercial, exibindo diariamente filmes, clipes musicais e comerciais de produtos e serviços.

FGV

Apresentou ao mercado o primeiro canal de televisão digital interativo produzido, no Brasil, por uma instituição de ensino, o Canal FGV Online. Disponibiliza conteúdo diferenciado e exclusivo, preparados por professores de renome, para o desenvolvimento do capital intelectual das empresas.

Embraer

Iniciou a implantação com 50 monitores na sede em São José dos Campos e Taubaté para posteriormente contemplar todos os escritórios ao redor do Brasil e em 8 Países no mundo, nos quais a Embraer desenvolve suas atividades, trazendo mais agilidade e qualidade à divulgação das informações,redução de custos e de impacto ambiental com a eliminação de materiais impressos.

Carrefour

Tem a cara dos funcionários. São eles os principais protagonistas de cada edição que vai ao ar de 45 em 45 dias e cada um deles tem 16 minutos de duração. Os funcionários têm acesso ao conteúdo meia hora antes do expediente. O conteúdo é composto por entretenimento, informações institucionais e de alinhamento ao negócio.

Unilever

Inicialmente foi instalada entre as lâminas do jornal-mural, na sala do café, apresentando informações gerais, como valor do dólar, clima/ tempo, classificados e propagandas da Unilever de circulação na tv aberta, de forma a deixar os funcionários por dentro das ações que o grupo desenvolve para o público externo.

Rodobens

Utilizando transmissão digital, realiza projetos de transmissão envolvendo eventos corporativos, lançamentos de produtos, campanhas internas, treinamentos, dentre outros.

A TV Corporativa tem sido uma grande aliada das empresas que resolveram adotá-la como facilitadora do processo de comunicação com o seu público interno e externo, propiciando uniformidade na informação, através de conteúdos ao vivo ou pré-gravados para todas as filiais. Ao adotar este veículo, a empresa se beneficia com o fortalecimento da marca, abrangência, comunicação direta, e significativa redução de custos. A transmissão pode ser ao vivo ou via satélite atingindo a todos de forma eficiente.


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FONTE: CorpTV

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Em defesa da franquia na internet fixa


Autora: Eduarda Chacon

Demi Getschko, presidente do NIC.br (O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR) e membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil, foi uma das muitas vozes na audiência pública realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, no último dia 18 de maio de 2016, sobre a polêmica da adoção - ou não - do modelo de franquia limitada para a internet de banda larga no Brasil.

O interessante sobre o pronunciamento de Getschko - e é por isso que abro meu texto falando nele - foi que saiu do padrão que se tem adotado a respeito do assunto: “discordo porque não” e “concordo porque sim”.

Demi Getschko, aliás, trouxe uma metáfora muito interessante. Segundo ele, é despiciendo falar – como se tem feito – em conteúdo quando se discute franquia de internet fixa porque as operadoras não produzem material algum, apenas transmitem. Os provedores de internet seriam como "canos" e os conteúdos seriam como os "líquidos" que circulam nas tubulações.

Ele defendeu a não limitação porque, segundo esta representação dos canos, toda a tubulação já está, afinal, à disposição dos provedores (vez que estes são os próprios canos) e o conteúdo está perfeitamente acessível a eles, bastando que ajustem a velocidade do tráfego ao transportarem o líquido de uma ponta (origem do conteúdo) até a outra ponta (consumidor do conteúdo).

É fundamental abrir um parêntese aqui para ressaltar que não entrarei no mérito importantíssimo da equivalência ou não entre a velocidade contratada e a velocidade efetivamente entregue aos usuários da banda larga. Com isto em mente, prossigamos.

Quer dizer: para Getschko, fechar ou interromper este "fluxo" seria arbitrário (por parte das operadoras) e apenas uma forma a mais de exercício de controle (em proveito delas), considerando que hoje já comandam a velocidade com que o conteúdo é entregue (e não haveria porque gerirem ainda em que quantidades).

Em outras palavras, o líquido fluir não afeta a “vida” do provedor em nada. Na prática, segundo (a minha compreensão de) Getschko, uma mudança no modelo só serviria para os provedores instalarem um hidrômetro que ficasse ali, controlando o volume de líquido, sem nenhuma finalidade “útil”.

Partindo do pressuposto de que Getschko esteja correto e que, de fato, não exista uma razão técnica para a instituição das franquias como, por exemplo, uma eventual incompatibilidade entre demanda e capacidade operacional (tratarei desta hipótese adiante), a motivação das operadoras para a instituição da franquia seria, necessariamente, aumentar a rentabilidade do negócio.

Muito bem. Peço que segurem esse raciocínio [em defesa do “não”] – ele será importante adiante.

O resultado mais interessante da audiência pública, ao menos para quem não pôde participar do debate pessoalmente, está sendo o ensejo de comparar os argumentos contrários e favoráveis pela primeira vez com maior clareza e objetividade.

Confesso que estava tendo dificuldade em localizar na mídia manifestações nos dois sentidos que fossem além do "porque sim" ou "porque não". Vejam bem: nunca faltaram pronunciamentos fervorosos em ambas as linhas, mas faltam argumentos bem pontuados e alicerçados que sejam convincentes lógica e tecnicamente. E, nisso, eu me perguntava: se as pessoas defendem ambas as posições tão passionalmente, quais as justificativas (ou reais interesses) delas?

Luís Oswaldo Grossmann escreveu uma série de artigos em resposta ao citado evento realizado na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. Em um destes textos, relatou que a Vivo e a Claro alegaram, como argumento em prol da limitação, que apenas 2% de seus clientes usam 20% ou mais da capacidade da internet e que não se pode vender como ilimitado o que é limitado.

Na mesma matéria, Grossmann afirmou que Carlos Duprat teria explicado que, como está hoje, alegoricamente, “a moto paga igual à jamanta”, referindo-se aos usuários que consomem pouco e acabam arcando com os custos do consumo daqueles 2% do parágrafo anterior.

Em suma, a advocacia da limitação pelas empresas opera em duas frentes, uma técnica e uma ética: limitação da capacidade da internet e isonomia (no sentido de tratar igualmente aos consumidores iguais e desigualmente aos desiguais).

Até agora, vejam bem, as ponderações das partes manifestantes parecem bastante razoáveis.

Daí, a ANATEL se pronunciou, consoante retrata o mesmo repórter, afirmando que impedir o modelo de franquia poderia matar a telefonia celular pré-paga.[3] Será?

Improvável. De todo modo, teve início um debate em paralelo.

O raciocínio é o seguinte: um grupo de pessoas defende que o Marco Civil veda o modelo de franquia porque só pode haver bloqueio de serviço mediante falta de pagamento, leia-se: na data do vencimento da fatura.

Para se opor a esse grupo, a ANATEL e os apoiadores da limitação da banda larga afirmaram que o pré-pago é um modelo de contratação por quantidade (limitado, análogo à franquia) e, como tal, sofre bloqueio por uso de volume máximo de dados, não por falta de pagamento.

A pretensão da ANATEL é forçar ao entendimento de que ou o Marco Civil libera tanto a internet pré-paga quanto a franquia de banda larga, ou veda obrigatoriamente aos dois.

Quer dizer, a ANATEL está dizendo que a Lei Geral de Telecomunicações (LGT) não é incompatível com o pré-pago (utilizado por 80% dos consumidores no setor) porque, ali, está expressamente prevista a exceção de que o bloqueio pelo não-pagamento só se aplica quando o serviço é contratado por prazo (mensalidade, isto é, no pós-pago).

No caso da internet, todavia, a ANATEL defende que o Marco Civil deveria ter feito a mesma ressalva da LGT afirmando que o bloqueio por não-pagamento só se aplicaria para os planos mensais (dizendo “olha, pode pré-pago”) e, como não fez, estaria proibindo a modalidade.

A única maneira de evitar essa proibição, segundo a ANATEL, seria a adoção da interpretação/política favorável à franquia, permitindo a limitação de quantidade de dados na internet em qualquer das duas situações.

Com isso, a ANATEL espera incentivar os partidários do movimento contra-franquia a recuarem, sob pena de a internet pré-paga se tornar inviável. Mas o fato é que este não me parece o caminho mais persuasivo.

Do modo como vejo, quando a internet pré-paga deixa de funcionar, o que ocorre, verdadeiramente, é um bloqueio por falta de pagamento. E, sinceramente, quando a internet móvel pré-paga deixa de funcionar também é por falta de pagamento.

Explico: o usuário deposita um crédito (pagamento); quando o crédito acaba, o serviço deixa de funcionar (é cortado), por falta de crédito (pagamento).

Esta é precisamente a orientação do Marco Civil e da LGT: cortar o serviço APENAS por falta de pagamento. O pré-pago se diferenciaria, assim, de ambos os modelos mensalistas, tanto móvel quanto fixo, embora o primeiro seja por franquia e o segundo seja por velocidade. O pré-pago, destarte, seria uma terceira categoria.

Na minha opinião, portanto, a ANATEL está fazendo muito barulho, e criando um confronto paralelo, por nada. Como é comum às lides paralelas, aliás, o prolongamento lateral do debate costuma mais protelar a questão do que apresentar uma solução.

Voltemos sem mais tardar, pois, ao impasse a respeito do tema principal que é a instituição da limitação de dados na internet fixa.

Pensando sob o ponto de vista estritamente capitalista, sempre me pareceu razoável que como regra quem use mais, pague mais. Coincidentemente, neste caso, esta ideia vai de encontro ao argumento ético das operadoras sobre proporcionalidade e (des)igualdade de consumo e pagamento. Por outro lado, opiniões às quais respeito profundamente continuam se opondo a esta lógica para defender a internet ilimitada.

É aí que a metáfora do Getschko vem a calhar. Voltemos a ela.

O modelo atual de internet de banda larga no Brasil funciona da seguinte forma: o usuário contrata a tubulação (internet) de acordo a sua necessidade ou desejo de eficiência para o recebimento do líquido (conteúdo). A obtenção não interessa a essa relação. Também não importam volume, distância ou frequência com que ocorrerá a transferência de uma ponta (origem) à outra (consumidor/usuário) por meio dos canos (provedores).

Concretamente, contrata-se uma garantia de maior ou menor agilidade.

O que ocorre é que dado consumidor pode optar por uma velocidade extremamente rápida e transportar uma quantidade irrisória de dados; enquanto outro pode achar por bem transmitir uma quantia excepcional de dados a uma baixa velocidade. Ou a variação pode ser relativa à frequência: um consumidor utilize a rede 24h/7d enquanto outro use-a eventualmente. E há a cumulação entre estes fatores.

Em qualquer combinação de variantes, os preços pagos sãos os mesmos, a depender apenas da velocidade contratada.

Quando uma operadora não se conforma que seu cliente pague pouco - contrate uma baixa velocidade - e transporte muito - carregue demasiados dados, ela está correta. Sim, porque trata-se de atividade privada e não de filantropia.

O interesse de policiamento de volume de conteúdo com propósito de lucratividade não é, a meu ver, absurdo. Não, na medida em que a operadora é refém de seus próprios pacotes de velocidade – e os usuários também são – sem poder ajusta-los às necessidades individualizadas de cada um.

Eu não acho que se trate de uma manobra das operadoras para limitar conteúdo. Se alguém quiser limitar conteúdo, somente quem tem esse poder, com ou sem franquia, são as pontas – origem e destinação – mediante contratação, acordo, pagamento, etc. (seriam escritórios, jornais, revistas, pessoas, blogs, canais, sites, etc., que podem vender, dar, negociar, limitar, e controlar o acesso aos dados que interessam ao usuário consumidor).

Os provedores, na condição de canos por onde trafega o conteúdo, poderiam até “fechar o registro”, mas seria um comando meramente mecânico sem nenhuma força sobre os dados em si. O mais próximo de influência sobre conteúdo por parte das operadoras são os acordos de Zero Rating e Fast Lane, este último já proibido é o primeiro sob debate. Nesta linha, concordo com Getschko sobre abolir conteúdo da discussão.

(Parêntese)

Sobre Zero Rating, não se sabe ao certo se a prática estaria proibida com o novo Decreto – o que já ficou esclarecido, em consenso satisfatório, foi a proibição do chamado Fast Lane. [4]

O Zero Rating é aquele serviço comumente veiculado em propagandas de operadora de internet móvel que prometem acesso a determinados aplicativos sem desconto na franquia de dados do usuário (grátis) [5]. Já quando uma empresa oferece internet patrocinada (como é comum em aeroportos), não se definiu ainda se esta prática se enquadraria como Zero Rating.

No cenário global, a União Europeia teria aprovando a prática desde 2015 [6]; enquanto Estados Unidos e Canadá irão rever as regras que permitem o artifício.

A razão de invocar o Zero Rating quando se discute franquia na internet de banda larga fixa, é que a tendência predominante no Brasil, por enquanto, parece ser pela aceitação desta prática, mesmo com o Decreto. Sendo assim, trata-se de um pequeno gesto de não-limitação dentro do limitado mundo da internet móvel.)

Voltando à metáfora dos canos, a internet móvel pós-paga é um sistema no qual o usuário paga pela circulação (tráfego) de uma quantidade ou franquia LIMITADA de líquido (dados) pelos canos (operadoras) mensalmente, sem opção de escolher velocidade. Ponto. Final.

Significa que na internet móvel pós-paga só existe UM critério que é a quantidade contratada de dados, renovada mensalmente mediante pagamento.

Observe-se que a internet fixa – relembrando – é um modelo onde se paga pelo uso da tubulação para o transporte LIVRE de líquidos mensalmente com opção da velocidade do trânsito. Isto é, na internet de banda larga existe UM critério que é a velocidade contratada para o tráfego, também renovada mensalmente mediante pagamento, e que, diferentemente da internet móvel, não se exaure ao longo do mês.

A implementação de franquia na internet de banda larga iria, na prática, fundir os dois sistemas, de modo que o usuário teria que contratar um pacote de dados somado a uma velocidade de tráfego.

A questão é: de que modo isto seria implementado?

Ainda não me considero satisfeita quanto à profundidade dos argumentos que encontrei ou à variedade deles. Nada obstante, não me alinho àqueles que defendem a limitação da internet de banda larga e, tampouco àqueles que são contra. Sigo o caminho do meio.

Acho que o modelo atual da internet de banda larga é bom, mas que pode ser aprimorado. Penso assim por dois motivos, o primeiro técnico e o segundo ideológico:

No regime privado – no qual o serviço de internet se enquadra hoje e deverá permanecer - não há espaço para filantropia. Deste modo, não acho razoável um consumidor transportar grandes volumes de dados diariamente no Netflix e pagar o mesmo que outro que mal usa a rede.

Quando instalei internet fixa na minha casa, somente uma empresa tinha cobertura na área - e estou falando de uma quadra do Plano Piloto de Brasília. Esta única empresa tinha uma única velocidade disponível. Eu, como usuária, preferiria poder optar por uma velocidade que me servisse melhor - e por que não contratar também uma franquia de dados? E minha linha móvel pós-paga não me atende e não vivo perfeitamente bem com minha escolha?

O que interessa são os propósitos e os porquês.

Como eu disse a antes, as operadoras têm duas justificativas, uma moral e uma técnica. Nenhuma das duas me atende.

Quanto à técnica eu respondo o seguinte: “não é problema meu, consumidora”. Quanto à moral, deixo para o debate acadêmico, mas não lhe atribuo credibilidade como razão legítima para a operadora se mobilizar por uma mudança no modelo da internet fixa.

Se a razão for financeira, como insinuou Getschko, eu respeito. E se for servir para aprimorar e ampliar a qualidade e a cobertura da rede, excelente (insisto, contudo, que isso é problema das operadoras, justamente por se tratar de serviço privado).

A respeito das restrições e incapacidades técnicas que serviriam de justificativa para a limitação da internet, compreendo que não se pode adivinhar os cenários do futuro, mas vivemos hoje sob os auspícios da revolução da IoT e da inteligência artificial que se anuncia com o Amazon Echo e o Google Home, por exemplo.[9] Portanto, é apenas natural que os usos e capacidades da internet fixa sejam projetados muito além do mais vanguardista que se possa antecipar[10].

“O estudo Cisco Visual Networking Index (VNI), divulgado nesta terça-feira, 07/06, revelou um dado que pode fazer a diferença na discussão sobre franquia de dados na banda larga fixa no Brasil. 

Segundo a Cisco, o consumo médio de banda por usuário era de 15,8 GB por mês, em 2015, e passará para 32,5 GB em 2020” (Prescott, Roberta. Banda larga fixa: Consumo de dados no Brasil vai pular de 15.6 GB para 32.5GB até 2020. Convergência Digital)

Nada obstante, aqui estamos nós, nos lamentando de nosso reduzido potencial e pensando em restringir o uso da rede. Me preocupa que achem que a resposta é nos adequarmos ao problema ao invés de vencê-lo.

Particularmente, me parece que o Brasil está focando sua energia em regular o presente enquanto feitos extraordinários se anunciam no horizonte digital e eletrônico. Imagino que ignorar o potencial das mudanças seja mais fácil do que admitir (certa) incompetência em se antecipar a elas, mas aí está a beleza da internet: ninguém espera que seja possível a antecipação, pelo menos não em termos regulatórios.

Assim, mesmo que a franquia não afete significativamente a vida operacional das operadoras, penso que traria mudanças financeiras razoáveis e que não interferiria no controle sobre conteúdo em si – que continua com os originadores e usurários – mas apenas aumenta o poder sobre o trânsito dele – com exceção da polêmica a respeito do Zero Rating, a ser definida.

De todo modo, o poder de bloqueio por interrupção do tráfego sempre existiu, só não é hoje institucionalizado; do mesmo modo que uma operadora pode facilitar acesso ou dar acesso gratuito ou subsidiado, também pode bloquear, como se viu no Brasil com a ordem judicial sergipana a respeito do WhatsApp.

Este recurso (bloquear) igualmente tem o originador do conteúdo, só que de ao invés de parar o tráfego, como faria o provedor, pode interromper a distribuição (cortar no fornecimento) e até o possui o próprio usuário que pode se negar a receber determinados conteúdos.

Neste caso, a franquia não cria um poder, apenas o regulamenta. Se é assim, em sentido estrito, a franquia mais limita do que amplia a autoridade da operadora sobre o conteúdo.

Consideremos o serviço prestado pelos Correios.

O remetente que se dirige a uma agência dos correios precisa submeter o pacote a uma pesagem (limitação de volume) e depois optar por um tipo de remessa – PAC, SEDEX, SEDEX 10, etc. – que determinam o tempo aproximado da entrega (velocidade). É um sistema híbrido.

Com a internet fixa, o nó da questão seria garantir que os pacotes fossem excepcionalmente generosos, considerando que a demanda de banda larga é muito mais exigente do que a da internet móvel.

Os números iniciais oferecidos pela por uma das operadoras foram a partir de 10GB, com velocidade de 200kb/s, a 130GB, com velocidade de 20Mb/s, por mês. Me corrijam se eu estiver errada, mas estes me parecem valores irrisórios para representarem, proporcionalmente, o consumo mínimo e máximo.

Rodrigo Ghedin escreveu em 04 de março de 2016 um artigo intitulado “Quantos gigabytes uma pessoa gasta, por mês, numa conexão de banda larga fixa”. Indo direto ao ponto, Ghedin, que mora sozinho e é um consumidor padrão/padrão-alto (usuário de smartv, tablet, smatphone, redes sociais, Netflix, Youtube, Spotify) calculou seu consumo mensal em 150GB, 5GB por dia.

Ghedin ressaltou ainda que pelo padrão do IBGE uma família média de 3,34 pessoas residentes no mesmo domicílio que tenham, cada uma, metade de seu consumo, ainda assim teriam ao final do mês utilizado 225GB.

Aproveito para abordar o conceito de heavy users como internautas que consomem acima da média, seja por escolha pessoal, por necessidade profissional ou por ambas as razões. É bom esclarecer que a franquia não visa punir ninguém[13] porque ser usuário pesado não é ilegal, imoral nem injusto. Este discurso de punição é equivocado pelo simples fato de que o serviço de internet está à venda e é livremente negociado, não está sendo usado gratuitamente.

Ora, se a contratação não estabelece limites, não há limites. Logo, não existe abuso. O que precisa ser feito, como dito antes, é uma adequação do serviço ao perfil individual dos consumidores, mas não por punição, sim por observância à natureza do livre mercado que pressupõe a busca pelo lucro em contrapartida ao aprimoramento do serviço ou produto).

Sem atentar neste texto para a questão da definição e fiscalização da velocidade, falta às operadoras mais reflexão sobre as ofertas de franquias de dados. Na prática, não tenho certeza de que seria necessário um pacote com dados ilimitados, o que é imprescindível e inegociável é um plano coerente com as necessidades reais dos assinantes. Estou falando aqui de pacotes que variem em torno de 50GB a 1TB para pessoas físicas, com valores diferenciados (maiores, claro) para pessoas jurídicas e, talvez, uma política especial para adequação à realidade do home office e de heavy users.

Frise-se que ninguém está discutindo custos e preços. O custo e o preço são inerentes a fatores como esforço, benefício, evolução, escassez e a uma série de elementos que não convém listar. Com isto em tela, as operadoras devem compreender que os planos de franquia não podem refletir a limitação da infraestrutura da rede (que deve ser ampliada com os recursos auferidos com a mudança no sistema), mas sim espelhar a real demanda e o gasto médio efetivo dos usuários.

Despiciendo dizer que a velocidade deverá ser coerente com o volume de dados potencialmente trafegável, ou seja, com uma capacidade da taxa de transferência viável.

Lembrando ainda que a norma do art. 63 da Resolução nº 614, de 28 de maio de 2013, que aprovou o Regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia - SCM, disciplina a franquia, reconhecendo-a por implicação lógica. Significa que quanto a proibir limitação de dados via franquia, Inês é morta.

O ponto aqui é reconhecer como mais prático tentar encontrar modelos aceitáveis para a franquia de internet fixa que virá - não nos enganemos - do que tentar uma repressão a ferro e fogo.

Em nome da retórica, o Comitê Gestor da Internet aprovou uma resolução no dia 03 de junho a respeito do debate que se limita a duas sugestões e não traz qualquer posicionamento ou argumento técnico:

[O Comitê] RESOLVE

Afirmar que qualquer decisão a respeito do atual debate sobre franquia de dados na banda larga fixa no Brasil deve ser embasada por estudos técnicos, jurídicos e econômicos com validade legal, teórica e empírica, observando-se também a experiência internacional a respeito;

Recomendar que a ANATEL, a SENACON, o CADE, o CGI.br, associações de usuários e empresas, provedores de acesso e operadoras de telecomunicações, todos colaborativamente em prol do desenvolvimento da Internet no Brasil, busquem, inclusive por meio de consultas públicas, soluções que atendam de forma equilibrada aos diversos segmentos atingidos.

Talvez em resposta ao ambiente bélico, a Anatel decidiu (o que é muito positivo) abrir um processo de análise técnica a respeito do tema que incluirá reuniões públicas com o governo (Fazenda, Justiça, MCTIC), os provedores (Abranet, Abrint), os consumidores (Proteste, Idec), a OAB, o CGI.br, o Ministério Público e as operadoras (Sinditelebrasil).

Desde já, me assumo favorável à franquia da internet fixa, embora por motivos diversos dos que me foram apresentados e com um formato bem diferente do incialmente proposto pelas operadoras. Penso eu que está faltando ao debate perspectivas novas que projetem uma luz sobre a tela revelando o que está oculto à vista de todos: a necessidade da evolução do modelo de banda larga.

FONTE: CorpTV

terça-feira, 17 de maio de 2016

Demanda por profissionais que dominam open source segue em alta


Na última década, o desenvolvimento de código aberto se tornou um dos pilares da indústria de TI. Consequentemente, a demanda por profissionais que dominem software open source segue alta. Pesquisa recente da Dice para a Linux Foundation revela que 65% das 400 empresas ouvidas em todo o mundo, dos mais diversos segmentos, incluindo governos, planejam aumentar a contratação de profissionais com competências open source. Perto 59% já têm planos definidos para a incorporação de perfis técnicos.


Tarefa difícil. Entre os 4,5 mil profissionais de código aberto ouvidos para a mesma pesquisa, 87% consideram que não há talentos disponíveis na área para atender a essa demanda.

Para enfrentar essa realidade, 79% das empresas ouvidas estão aumentando incentivos, na tentativa de reter seus atuais colaboradores. Entre ele, 43% começaram a oferecer condições mais flexíveis, como o trabalho remoto.

DevOps está entre as habilidades mais procuradas: 58% das empresas estão buscando profissionais DevOps, embora a necessidade de desenvolvedores continue no topo sua lista de 74%. “O desenvolvimento de projectos em código aberto vai obrigar os profissionais a atualizações de competências, incluindo DevOps e redes”, declarou Jim Zemlin, diretor executivo de Linux Foundation.

Outras duas áreas de competência também estão em destaque na edição 2016 do Open Source Jobs Report: Openstack e Cloud Computing. Praticamente metade (51%) das empresas participantes assinala essas competências importantes na hora de contratar profissionais especializados em código aberto, ultrapassando a tecnologia de redes (21%).


A pesquisa quis saber dos 4,5 mil profissionais open source entrevistados como eles fazem para manter suas habilidades atualizadas. A maioria (90%) citou tutoriais gratuitos on-line (90%); 60% citaram cursos online pagos (60%), 45% conferências e eventos (45%) e 42% as redes sociais e profissionais.


FONTE: CorpTV

Como explorar o excesso de dados a favor dos negócios


Big Data já se transformou em um termo familiar a diversas esferas do mundo corporativo. Companhias, grandes ou pequenas, buscam formas de tirar vantagem do conceito. Mas os benefícios e prejuízos causados pelo volume excedente de dados gerados ainda é algo que precisa ser melhor compreendido para gerar valor. A seguir, listamos alguns pontos que ajudarão na reflexão dessa questão.

1. Excedente é todo dado que não está no núcleo de seu negócio

Os “dados em excesso” ganharam dimensão extra com a massificação de smartphones e redes sociais. Hoje, a geração de dados é insana. Mas, falando em termos corporativos, Big Data deve “primariamente” se relacionar a funções centrais de seus negócios, o que não tiver essa conexão central é o excesso". Para um banco, por exemplo, os dados centrais vinculam-se às transações de crédito ou débito dos correntistas. Dados secundários incluem informações como o percentual de transações que os clientes fazem em um terminal de autoatendimento (ATM) ou via celulares. A partir da análise desses comportamentos dos dados “em excesso” é possível criar padrões e melhorar as rotinas operacionais e estratégicas.

2. Trata-se de algo, tipicamente, maior
O termo “Big Data” é relativo. De maneira ampla, refere-se àquilo “que é tão grande que não pode ser inspecionado manualmente ou trabalhado registro por registro”. Geralmente, o excesso de dados tende a ser ainda maior que isso, por estar além do limite coletado pelas empresas originalmente – são informações extras que nascem a partir do processamento de outras informações. A partir do momento que são utilizados e entregam valor, esses registros passam a assumir uma função primária no Big Data.

3. Possui um grande potencial
Data Exhaust pode ser extremamente útil. Mantendo o exemplo de um banco: saber como os correntistas direcionam sua transação por canais eletrônicos pode amplificar o relacionamento com aquele cliente a partir da compreensão e contextualização gerada a partir de uma análise de dados primária.

A ideia é que esse excedente contenha elementos importantes de informação que, a princípio, não estavam sendo olhados, mas são extremamente úteis. Esse valor pode não ser coletado imediatamente.

4. Cuidado com os riscos associados ao uso
Podem haver riscos atrelados ao excesso de dados, afinal, muitas vezes trata-se de algo que os clientes que fornecem essas informações não sabem que você irá utilizá-las para alguma rotina. Antes de começar a cruzar essas informações, é prudente fazer uma análise legal das implicações.

5. Norteadores de decisões

O fator fundamental para uma abordagem que considere o uso dos dados em excesso é ser seletivo sobre quais dados são valiosos e, assim, merecem ser guardados. Um ponto de partida está na compreensão dos desafios de negócios aqueles registros são capazes de ajudar sua empresa a responder.

FONTE: CorpTV

Por que o iPhone é considerado o "produto mais rentável da história"


Com frequência, o iPhone é descrito como o "produto mais rentável da história".

Mas será que é mesmo? E o Viagra? E a Coca-Cola? E os softwares de sistemas operacionais de computadores?

A verdade é que em todos os setores há produtos com vendas extraordinárias – e que conseguiram lucros astronômicos.
Mas a definição de "produto mais rentável" é muito ambígua.

Se estamos tratando da margem de lucro obtida por venda unitária, o iPhone, por exemplo, pode não ter o mesmo desempenho de um produto digital, como uma música ou um jornal.

Estes podem ser baixados – os custos de produção de cópias adicionais praticamente inexistem e, por isso, a margem de lucro é enorme.

Mas, para explorar o tema, a BBC decidiu se concentrar na pesquisa da rentabilidade total do produto durante toda sua vida útil.

O iPhone

Mas qual é a rentabilidade de um iPhone? Em 2015, quando a receita da Apple foi de acima de US$ 230 bilhões, a empresa americana afirmou que dois terços do valor vinham da venda de iPhones, ou seja, US$ 155 bilhões.

Porém, para determinar os ganhos é preciso subtrair os custos de produção e venda, dados que a Apple não revela.

O que se sabe, no entanto, é que o lucro gerado por todos os produtos vendidos pela companhia em 2015 foi de US$ 53 bilhões, o mais alto que uma empresa já conseguiu – sem intervenção governamental – na história.

Se o iPhone representa dois terços das vendas da Apple, poderíamos calcular que isso se traduz em dois terços dos lucros: US$ 35 bilhões.

Mas essa cifra provavelmente é muito baixa. Também há a possibilidade de que o smartphone seja responsável pelo grosso dos lucros, ou de que o dispositivo renda a mesma faixa de lucro do que os outros produtos da Apple.

No caso de um equilíbrio entre os lucros gerados pelos produtos, poderíamos estimar, em 2015, US$ 44 bilhões obtidos graças ao iPhone.

Da história?
Mas como comparar um lucro desses com o potencial comercial de outros produtos?

Já sabemos que itens como o Viagra e o Windows 10 são mais rentáveis em um sentido: para a farmacêutica Pfizer ou para a Microsoft é muito barato fazer cópias extras. A margem de lucro por cada cópia é enorme, muito mais do que a de um iPhone.

Porém, o total de ganhos com o iPhone deve ser difícil de superar.

Então, como se pode comparar, por exemplo, com os ganhos de Coca-Cola, Pfizer ou Microsoft?

Os lucros da Pfizer em 2015 foram de quase US$ 49 bilhões, mas apenas US$ 1,7 bilhão é relativo ao Viagra.

O medicamento de maior sucesso da companhia, o Lyrica, registra ganhos de menos de US$ 5 bilhões.

E a Coca-Cola? A empresa garante que vende 1,9 bilhão de bebidas por dia, o que significa que a cada dez horas vende mais latas de Coca-Cola do que todos os iPhones já vendidos.

É importante considerar, no entanto, que uma Coca-Cola é muito mais barata que um iPhone e que a logística para o envio do refrigerante a todas as esquinas do mundo é impressionante.

Além disso, os ganhos da companhia tipicamente são de menos de US$ 1 bilhão por ano por toda a variedade de produtos.

Microsoft

Em 2015, a Microsoft recebeu US$ 55 bilhões em pagamentos por licenças de softwares, e presume-se que a maior parte tenha sido gerada por vendas do sistema operacional Windows e do Office (pacote que inclui os programas Word, Excel e outros).

O dinheiro da venda de licenças representa mais da metade da receita da empresa. Como o resto vem de hardware como Surface (híbrido de notebook e tablet), Xbox e celulares, é possível que os softwares sejam responsáveis pela maioria dos lucros.

Nos últimos anos, a Microsoft tem reportado um lucro em torno de US$ 20 bilhões.

Logo, mesmo se atribuímos todos os lucros ao Windows e ao Office e tratamos os dois como apenas um produto, este ainda ficaria longe do iPhone se analisarmos os ganhos anuais.

Mas se avaliarmos as perspectivas de lucro histórico, ou seja, desde o início da venda de cada produto, é possível que a Microsoft chegue perto.

Isso porque a empresa vende o Windows desde 1985, ou seja, teve ganhos de US$ 80 bilhões com o sistema operacional e o Office antes de o iPhone ser lançado, em 2007. E lucrou mais de US$ 150 milhões desde então.

Como estimamos anteriormente, os lucros com o iPhone no ano passado podem ter sido de US$ 44 bilhões – e ele já está no mercado há nove anos.

No começo, porém, a Apple vendia apenas uma pequena fração do volume de iPhones vendido hoje em dia.

Por isso, talvez o Windows e Office juntos possam competir com o iPhone. Algo de que poucos produtos podem se gabar.

FONTE: CorpTV

19 Dicas para Empreendedores que tem um Blog


Autor: Neil Patel

Um blog famoso pode te transformar em referência e trazer novos clientes.

Mas blogs de negócio dão trabalho. Perca o foco e você perderá anos de blogging e ficará sem resultados para mostrar.

Para começar um blog, aqui estão minhas 17 dicas mais importantes para criação de conteúdo.

Eu organizei essas dicas em quatro categorias principais:
- organize sua criação de conteúdo
- escreva algo inspirador
- faça do seu blog uma leitura obrigatória
- divulgue suas idéias

Organize sua criação de conteúdo

1. Seja consistente

Para construir e manter uma audiência, você precisa definir quantidade e freqüência de artigos a serem publicados.

Comprometa-se a um cronograma de publicação. Planeje-o para que ele funcione para você e para os seus leitores.

Seth Godin faz um blog post diariamente. Mas nem todo mundo é Seth. Não tente fazer mais do que você realmente consiga. Um estudo do site Moz descobriu que blogging diariamente apresentou apenas uma pequena vantagem.

2. Faça um esboço
Fazer um esboço para o seu blog post o impede de escrever sem rumo e acelera a sua edição.

Siga modelos de estruturas de textos já comprovados. Não desperdice o seu tempo reinventando a roda. A maioria dos blog posts seguem uma estrutura simples.

3. Perguntas = blog posts

Blogueiros inteligentes começam respondendo perguntas. As perguntas são uma grande oportunidade para ajudar a resolver problemas imediatos.

Quando um cliente faz uma pergunta, adicione-a à sua lista de ideais para postagem no blog.

4. Técnica Pomodoro

Use um timer para trabalhar em períodos curtos.

Conhecida como Técnica Pomodoro, estudos mostram que você é mais produtivo ao trabalhar intensamente em períodos curtos de 30-40 minutos, com pequenos intervalos entre eles.

5. Escreva algo inspirador

As pessoas não estão interessadas em seus discursos de vendas e listicles reciclados. Se você está pronto para construir um blog de negócios, então comece publicando algo muito bom. Realmente, algo muito, muito bom.

6. Conheça o seu público

Do que eles se orgulham? Quais são os seus maiores desejos? O que lhes dá raiva?

Conheça o ponto fraco dos seus leitores e ofereça soluções.

7. Qual é a finalidade do seu blog?

Depois de conhecer o seu público, pense em como você está ajudando seus leitores a alcançarem objetivos (pense grande).

Um blog não é só sobre você ou o seu negócio. É uma forma de obter exposição para o seu negócio e se conectar com seu público.

Blog posts devem estar no topo do funil de vendas, gerando consciência da marca sem vender diretamente.

8. Escreva títulos sedutores

Seus títulos devem ser tão bons para que as pessoas fiquem super curiosas e cliquem neles.

Títulos bons têm algumas das seguintes características:
- Escreva de forma emocional
- Use números
- Provoque a curiosidade
- Visite blogs populares. Verifique os conteúdos mais populares para ver quais títulos tiveram melhor desempenho.

9. Comece forte

Desde o início você deve cativar o leitor.

Siga estes passos para escrever um ótimo primeiro parágrafo:
- Seja simpático
- Prometa tornar a vida melhor
- Reforce ao seu leitor que suas dicas serão fáceis

10. Concentre-se em seu nicho

Não se importe em ter que pisar na ponta do pé. Para manter um blog de forma eficaz, concentre-se em seu público e ninguém mais.

Sinta orgulho tanto do seu público alvo quanto daquele que você não escreve para. Você vai conquistar algumas pessoas, mas fortaleça o vínculo com as que contam.

Faça do seu blog uma leitura obrigatória

Para criar um blog que as pessoas gostam, fique firme no que você acredita. Reescrever algo trocando algumas palavras não vale.

Siga estas dicas para criar um blog de leitura obrigatória:

11. Use o seu próprio nome

Blogging em seu nome é mais do que compartilhar as suas reflexões pessoais – pode ajudar o seu negócio.

“Se eu começasse do zero, eu criaria todos os meus perfis e meu blog principal usando meu nome real ao invés do meu nome de blogueira.” – Kristi Hines

Jordan Fried, fundador da Buffered VPN, que tem tem blogs sobre sua vida pessoal e profissional na rede virtual privada (VPN). Fried se tornou uma forte influência na indústria VPN.

Caso em questão: tanto faz se escrevo para o meu blog pessoal de marketing de conteúdo ou para meus blogs de negócios, estou sempre escrevendo sobre marketing.

12. Pare de dar voltas, vá direto ao ponto

Mantenha tudo o mais simples possível.

Os melhores blogueiros de negócios escrevem com clareza.

Por quê? Quando você escreve de forma clara, as pessoas prestam atenção.

Tire o excesso do seu conteúdo. Corte se, mas e talvez. Rabisque os jargões. E pare de afirmar o óbvio.

Comece a colocar valor em cada palavra que você escrever.

13. Cite especialistas

Vá além de mostrar o seu conhecimento sobre o assunto usando citações de especialistas, crie provas sociais:

“Se [um influenciador tem uma] reputação positiva, qualquer outra coisa que ele está envolvido é vista de forma mais positiva por associação. É por isso que depoimentos de pessoas influentes funcionam” – Ed. Hallen, Buffer

14. Conte a sua história

Bons títulos conseguem cliques, já histórias são compartilhadas. Abra-se para os seus leitores e compartilhe histórias sobre sua vida.

“Contar histórias propositalmente para ganhar é uma manobra na proposta de negócio que qualquer um pode fazer e começar a ver os resultados imediatamente.” – Peter Gruber

Não há problema em ser um pouco vulnerável, mesmo em um blog de negócios.

15. Divulgue suas ideias.

Para divulgar suas idéias, pare de vender. Pare de vender a si mesmo e o seu produto. Em vez disso, comece a se conectar.

Use essas táticas para se conectar com seus leitores e propagar as suas ideias:

16. Construa sua lista

Independentemente do propósito do seu blog, você precisa fazer uma lista de e-mail. Não é uma opção. É obrigatório.

Comece a fazer sua lista desde o primeiro dia. É a melhor maneira de compartilhar conteúdo com o seu público.

Sua lista é a sua linha direta de comunicação com seus leitores e como tal é o seu bem mais valioso.

17. Otimize seus posts

Use SEO para a sua vantagem. Não fique preso nas táticas de SEO e atualizações, é só fazer o básico.

Siga uma lista simples de verificação de SEO para que os mecanismos de busca possam encontrar seus posts de forma rápida.

18. Guest blog

Se você está apenas começando, guest blogging é a maneira mais rápida para obter mais tráfego e novos clientes.

Guest blogging é simples. Aqui está o meu processo:
- Entre em contato com sites da sua área de atuação.
- Escreva guest posts.
- Corra atrás de sites mais fortes.
- Repita o processo.

19. Crie um exército que compartilha

Quando entrar em contato com leitores e outros blogueiros, mantenha as informações desses relacionamentos atualizadas em uma planilha ou ferramenta de CRM. Esse é o seu “exército que compartilha”.

Quando você publicar um novo conteúdo, avise a todos sobre a novidade. Quanto mais o seu exército crescer, mais pessoas irão gostar e compartilhar o seu novo conteúdo, criando assim, um efeito de bola de neve.

Conclusão

Você pode seguir todas essas dicas, fazer um check list e criar blog posts “perfeitos”.

Em suma, ter um blog de negócio de sucesso se resume a uma coisa: ter ideias que merecem ser compartilhadas.

Tenho certeza de que há muito mais dicas de blogs de negócios para empreendedores.

FONTE: CorpTV

O que o meu chefe espera de mim?


Autora: Vanessa de Oliveira

Cada chefe tem o seu estilo próprio, mas estudos recentes comprovam existir expectativas universais nos líderes. Geoffrey James, autor de “Tudo o que você precisa saber para ser promovido”, dá 8 dicas para você aplicar no trabalho. São elas:

1- Cumpra suas promessas – Todo líder quer a segurança de que o prometido será realizado. Para conquistar confiança do seu líder é necessário honrar com os compromissos;

2- Mantenha seu chefe informado – Mesmo tendo medo de aborrecer o chefe com uma má notícia, tal opção é melhor que deixá-lo surpreender-se com problemas. Mantenha-o atualizado sempre;

3- Leve o seu trabalho a sério – Brincadeiras de mau gosto e sarcasmo tiram o foco do que realmente importa e geram uma imagem pouco profissional. Chefes gostam de gente focada e que faz o melhor desde a primeira vez;

4- Aceite as decisões depois de tomadas – Se a liderança consultar sua opinião para tomar uma decisão e sua recomendação não for acatada, aprenda a aceitar. Não tente sabotar o projeto, trabalhe alinhado aos objetivos traçados;

5- Ofereça soluções, não reclamações – Uma das coisas que mais irritam os chefes é o funcionário que adora reclamar e não pensa na solução. Não é errado pedir ajuda, mas focar no problema nunca é uma boa opção. Seja proativo;

6- Comunique-se de forma clara – Seja claro e conciso. Evite prolixidade. Isso facilita o trabalho de seu chefe, faz você ganhar tempo e torna mais fácil o reporte das informações para as instâncias superiores, tais como o CEO;

7- Faça o seu melhor no trabalho – O líder espera que você dê o melhor de si em cada atividade. Trabalhe com empenho, amor e paixão pelo que faz. Da mesma forma que a qualidade gera a imagem da marca no produto, a qualidade de seu trabalho gera a sua reputação;

8- Faça o seu chefe ter sucesso – Independente do que está escrito na sua descrição de cargo, este é o seu verdadeiro papel. Nessa parceria, se o seu chefe vai bem, você vai bem, e isso serve para qualquer nível na organização.

FONTE: CorpTV

Três mitos da TI híbrida que precisam ser derrubados


Autor: Kong Yang

Estamos em meio a uma mudança que acontece uma vez a cada década no panorama tecnológico.
Os especialistas do setor antecipam um crescimento anual de 44% nas cargas de trabalho baseadas na nuvem nos próximos anos, e espera-se um crescimento de 19% ao ano no mercado de infraestrutura de nuvem nos próximos dois anos. Apesar desse crescimento explosivo, a maioria das empresas e dos profissionais de TI reconheceram que a nuvem pode ser para todos, mas não para tudo.

Na verdade, uma recente pesquisa da SolarWinds concluiu que somente 15% dos profissionais de TI brasileiros afirmam que suas organizações não migraram pelo menos parte da infraestrutura para a nuvem, mas 64% alegam ser improvável que toda a sua infraestrutura chegue a ser passada para a nuvem.

O meio-termo, uma estratégia conhecida como TI híbrida (migrar alguns dos serviços de TI para a nuvem, mantendo alguns serviços críticos localmente), oferece às organizações o melhor de ambas as alternativas, sendo considerado o futuro da TI. Contudo, ainda existem muitos conceitos errôneos e preocupações com relação à sua operação. Desmascaramos aqui alguns dos mitos mais prevalentes sobre a TI híbrida.

Mito 1: A nuvem não proporciona o mesmo nível de desempenho e disponibilidade que a infraestrutura local.

Existe, certamente, um elemento de verdade mas, como a maioria dos mitos, ele deve ser esclarecido. Alguns anos atrás, quando a computação em nuvem acabava de decolar, o desempenho consistente e a disponibilidade confiável eram considerados verdadeiros obstáculos à adoção.

Mas com o amadurecimento natural da tecnologias e a introdução de ferramentas importantes de monitoramento, gerenciamento e ajuste do desempenho da nuvem, as organizações podem ficar tranquilas, sabendo que a nuvem pode atender aos requisitos de desempenho e disponibilidade, mesmo de alguns dos aplicativos mais exigentes.

Vamos tomar o armazenamento na nuvem como exemplo: há alguns anos, os sistemas de armazenamento compartilhado na nuvem apresentavam um desempenho muito imprevisível, o que às vezes implicava em uma grande desaceleração. No entanto, a arquitetura dos sistemas de armazenamento na nuvem de hoje, com frequência baseada em unidades SSD, instâncias otimizadas para armazenamento e opções com desempenho garantido, oferece até 48 mil IOPS, um desempenho mais do que suficiente para atender às necessidades de processamento da maioria das organizações.

E, embora há alguns anos interrupções e tempo de inatividade na nuvem fossem de fato algo corriqueiro, os SLAs dos provedores de nuvem de hoje, combinados com a simplicidade de definir réplicas, sistemas em espera e a durabilidade dos dados armazenados na nuvem, costumam superar o que os departamentos de TI podem fornecer com um sistema médio local.

Apesar de tudo isso, no final das contas, os profissionais de TI ainda são, em última análise, os responsáveis pelo desempenho e a disponibilidade em geral. Portanto, é importante monitorar a contenção de recursos e os congestionamentos, bem como provisionar estrategicamente as cargas de trabalho usando ferramentas abrangentes de gerenciamento de desempenho que proporcionem visibilidade e permitam a disponibilidade em toda a pilha de aplicativos.

Mito 2: É muito caro migrar para um ambiente híbrido.
Em alguns aspectos, a nuvem pode parecer proibitiva em termos de custos, mas o oposto costuma ser verdadeiro. A flexibilidade que a TI híbrida proporciona oferece às organizações a capacidade de considerar as necessidades de recursos, segurança e desempenho de cada carga de trabalho, entre outras coisas, antes de decidir se ela é adequada à nuvem ou se deve permanecer local.

Além disso, a nuvem pública também proporciona economia de escala, ou seja, as organizações podem comprar serviços ou infraestrutura de nuvem sob demanda somente quando necessário, em vez de gastar seu capital em hardware físico que pode fornecer mais espaço do que a organização de fato usa.

Se o custo for uma preocupação relevante para a organização, ela deve conduzir uma análise criteriosa não apenas das estruturas de preços nos SLAs dos provedores de nuvem, mas também valer-se de ferramentas de monitoramento e gerenciamento para rastrear métricas de alocação e uso das cargas de trabalho do hardware existente nas instalações.

O desperdício nos gastos com infraestrutura do departamento de TI pode chegar a 50% como resultado de planejamento impreciso da capacidade, provisionamento excessivo, recursos zumbis e devoradores de recursos. Em última análise, o posicionamento estratégico de dados na nuvem e o trabalho em parceria com os provedores de serviços de nuvem, bem como a manutenção simultânea de alguns dados locais, resultam em uma estratégia de TI mais econômica e eficiente, que se alinha melhor às necessidades da empresa.

Mito 3: A nuvem elimina a governança e compromete nossa segurança.
Este mito certamente persistiu nos primórdios da computação em nuvem, quando as ofertas eram menos personalizáveis e os departamentos de TI tinham pouco controle sobre o gerenciamento ou a visibilidade.

No entanto, ainda que a migração de aplicativos e cargas de trabalho efetivamente abra mão de algum controle, especialmente da manutenção no dia a dia, as organizações de hoje têm mais liberdade de construir as soluções de que precisam, à medida que os provedores de nuvem continuam a reduzir as barreiras ao consumo de serviços de nuvem.

Isso não significa que os profissionais de TI não devam fazer uma auditoria antes de passar tarefas ou dados específicos para um provedor de nuvem. Além de evitar surpresas com taxas suplementares, esse exercício ajuda a entender mais minuciosamente o provedor escolhido, o que inclui estar a par de novos serviços e capacidades, entender os SLAs, analisar sua arquitetura recomendada e estar bastante ciente de manutenções programadas que possam ter algum impacto.

Com isso, as organizações podem começar a aproveitar os benefícios do uso de uma solução de nuvem pública, como facilidade de uso, uma grande variedade de serviços testados por engenheiros e com garantia de qualidade e eficiência de custos.

Logicamente, sempre que a governança de dados é mencionada, preocupações quanto à segurança e à conformidade não ficam muito atrás. É verdade que essas devem sempre ser considerações prioritárias (segurança nunca é demais), mas também é importante perceber que a infraestrutura e/ou a localização dos dados têm muito menos importância do que a acessibilidade.

Na verdade, qualquer coisa que possa ser acessada externamente – sejam servidores na sala de servidores ou na nuvem – tem a mesma probabilidade de ser invadida. Não são apenas as estatísticas que demonstram que a nuvem oferece uma taxa mais baixa de violações, mas também as manchetes: ocorreram muito poucas violações de alta exposição na nuvem pública, enquanto as violações que envolvem dados nas próprias instalações continuam crescendo.

Vale lembrar que muitos dos provedores de maior porte já implementam programas de conformidade para algumas das políticas mais rigorosas, o que inclui HIPAA, PCI DSS, FEDRAMP, SOX e muitas outras.

Para garantir que os dados estejam devidamente protegidos na nuvem, as organizações de TI devem ter muita clareza quanto à sua prioridade na atenuação de riscos, às regulamentações de segurança corporativa que precisam ser seguidas e às certificações de conformidade que devem ser obtidas, pensando em cada carga de trabalho específica.

A partir daí, elas podem trabalhar com o provedor de nuvem para criar um plano que atenda a todos os requisitos da carga de trabalho e mantenha os dados tão seguros, senão mais seguros, do que se estivessem enfurnados no fim do corredor.

Conclusão

Embora a TI híbrida seja considerada o futuro da TI – ou realidade para a maioria das empresas – a decisão de migrar parte da infraestrutura existente para a nuvem não deve ser subestimada. Os profissionais de TI devem refletir sobre quais sistemas, bancos de dados e aplicativos são mais adequados às instalações e quais podem ser removidos do data center para que possam aproveitar melhor as vantagens da TI híbrida.


Mas no mínimo, considerando a maturidade do mercado de nuvem atual e as ferramentas disponíveis tanto dos provedores quanto de fornecedores terceirizados para gerenciar e monitorar melhor sistemas e aplicativos, a capacidade da nuvem de atender às preocupações com desempenho, custo, governança e segurança não devem ser subestimadas com base em hipóteses antiquadas.

FONTE: CorpTV

9 boas práticas para a arquitetura de TI em negócios digitais


Autor: Marcelo Ramos

O cenário de digitalização dos negócios está forçando as empresas a repensarem suas culturas para garantir que o cliente esteja no centro da estratégia. Com isso, o departamento de TI passa a ter papel importante em gerenciar sistemas legados e integrá-los a inovações que permitam que o cliente tenha uma experiência ágil, constante e multicanal. Mas para alcançar esses objetivos, a arquitetura de TI também deve ser revista. Abaixo estão nove boas práticas para empresas que estão trilhando o caminho em direção aos negócios digitais.

1- Promova a inovação em toda a empresa, mantendo a responsabilidade pela proteção dos dados. Assegure a transparência, sem comprometer a segurança corporativa e conformidade com regulações, por meio da implementação de controle de acesso a APIs.

2- Garanta a integração com serviços de nuvem, disponibilizando serviços de TI comuns para os desenvolvedores. Implemente uma camada de integração centrada em API para a troca de dados com a nuvem e garanta que os serviços de identidade existentes sejam estendidos para novas aplicações em nuvem.

3- Saiba como os dados e serviços estão sendo acessados ​​dentro e fora da empresa. Use sua plataforma API como um ponto central para governar o fluxo de todos os dados de e para os aplicativos em nuvem e mobile, entre as aplicações de negócios, com parceiros, e em todos os serviços voltados para o cliente.

4- Organize ferramentas e processos para passar pela temida auditoria de TI ou de segurança. Use plataformas de gestão de APIs para manter informações irrefutáveis ​​e acionáveis ​​sobre interações com serviços de TI, aplicações na nuvem e mobile. Mantenha todas as APIs seguras contra ataque. Introduza medidas de segurança adicionais (REST e SOAP) para garantir que a camada de controle de serviço API não seja comprometida e bloqueie ataques comuns.

5- Garanta que os requerimentos de nível de serviço sejam atendidos tanto para negócios internos quanto para parceiros e clientes externos. Permita que os usuários técnicos e de negócios meçam, monitorem e ajam de acordo com mudanças no desempenho ou a demanda.

6- Pense em segurança como um recurso (em vez de uma barreira) que abre janelas para acesso móvel, integração de nuvem e colaboração de parceiros.

7- Use infra-estrutura de gerenciamento de identidade, junto com padrões de identidade específicos (OAuth, por exemplo) para permitir o acesso seguro para APIs.

8- Dissocie a exposição de serviços da aplicação de políticas. Ofereça aos desenvolvedores de API um conjunto de regras de política padrão e reutilizáveis ​​que possam ser facilmente aplicados a microsserviços que representam as necessidades específicas de uma determinada aplicação.

9- Proteja os serviços de back-end de padrões de tráfego incomum. Defina limites e expectativas apropriadas para os serviços de API e seus consumidores para gerenciar as expectativas de escala e de trânsito, e também para proteger os serviços de back-end de atividade maliciosa ou picos incomuns.


Por fim, o conhecimento da arquitetura de TI e seu potencial é essencial para o sucesso da estratégia digital, e as qualidades do arquiteto de TI, como visão geral dos negócios e a capacidade de lidar com a interação entre o sistemas novos e legado de uma empresa, decisivas para que a inovação seja absorvida em todos os departamentos.

FONTE: CorpTV

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Anatel determina regras para limite de dados em Internet fixa


A Superintendência de Relações com os Consumidores da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publica hoje no Diário Oficial da União um despacho impedindo as operadoras de telefonia de reduzir a velocidade, suspender o serviço ou cobrar por tráfego excedente após o término da franquia da banda larga fixa, até que sejam cumpridas algumas exigências, como a disponibilidade de ferramentas para que os consumidores possam acompanhar o consumo do serviço; identificar seu perfil de consumo; obter o histórico detalhado de sua utilização; receber notificação quanto à proximidade do esgotamento da franquia; e ter a possibilidade de comparar preços.

A medida cautelar vale inclusive para as operadoras que já tenham embutido a franquia nos contratos. A agência também determinou que as franquias sejam informadas com o mesmo destaque dos demais itens da oferta, tais como preço e velocidade.

As franquias só poderão ser adotadas 90 dias depois que a Anatel verificar a correta aplicação das condições impostas no despacho.

O não cumprimento da determinação acarreta multa diária de mil reais.

Veja a íntegra da publicação no Diário Oficial da União.

A SUPERINTENDENTE DE RELAÇÕES COM CONSUMIDORES DA AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelos arts. 52 e 242, XII, do Regimento Interno da ANATEL, aprovado pela Resolução nº 612, de 29 de abril de 2013, e considerando:

- a relevância do acesso à Internet para os cidadãos e para o desenvolvimento do País, com base no art. 4º da Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014;

- o dever dos fornecedores de prestar informação clara e ostensiva aos consumidores a respeito das diversas condições de prestação dos serviços contratados, especialmente sobre possíveis limitações ou restrições relativas a aspectos qualitativos e quantitativos de bens e serviços que são objeto da relação de consumo, conforme

arts. 6º, III, 31 e 36 do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990);
- a norma do art. 63 da Resolução nº 614, de 28 de maio de 2013, que aprovou o Regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia - SCM, que prevê a faculdade de instituição de franquia de consumo, a qual, se houver, poderá ensejar pagamento adicional pelo consumo excedente ou redução da velocidade contratada;

- que, a despeito da faculdade prevista no art. 63 do Regulamento do SCM, é fato notório que se consolidou a prática de não aplicação da franquia de dados, ainda que eventualmente prevista em contrato, moldando assim os próprios hábitos de fruição do serviço pelo consumidor;

- que as práticas atuais do mercado de banda larga fixa permitem inferir que o consumidor não está habituado com a mensuração de consumo baseada em volume de dados trafegados e não adquiriu o hábito de utilizar-se de ferramentas de acompanhamento desta volumetria;

- os arts. 22, inciso VIII, e 80, da Resolução nº 632, de 7 de março de 2014, que instituiu o Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações - RGC, que confere ao consumidor o direito à ferramenta que lhe permita o efetivo acompanhamento de seu consumo de volume de dados trafegados, bem como o direito de ser avisado sobre a proximidade do esgotamento da franquia contratada;

- a anunciada mudança de prática comercial quanto à franquia de dados, que poderá comprometer o direito do consumidor de contar com período mínimo de 3 (três) meses para que possa identificar seu perfil de consumo, conforme também assegurado pelo art. 22, inciso IX, do RGC;

- que a Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, no âmbito de sua atuação regulatória, tem o dever de adotar as medidas necessárias para reprimir possíveis infrações aos direitos dos consumidores, o que implica a possibilidade de exercer essa prerrogativa por meio de medida cautelar, sem prévia manifestação do interessado (arts. 19, inciso XVIII, e 175, parágrafo único, da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, art. 45 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e art. 52 do Regimento Interno da Anatel, aprovado pela Resolução nº 612, de 29 de abril de 2013);

- que a ANATEL acompanha permanentemente a evolução do mercado e suas práticas de modo a tutelar o interesse dos consumidores, o que impõe a adoção de cautelas necessárias à efetivação de seus direitos, em cumprimento aos arts. 2º, 3º e 19, inciso XVIII, da Lei nº 9.472/1997, independentemente de provocação de entes públicos ou privados, decide:

Art. 1º DETERMINAR, cautelarmente, que as empresas Al- gar Telecom S.A. (CNPJ nº 71.208.516/0001-74), Brasil Telecomunicações S.A. (CNPJ nº 01.236.881/0001-07), Cabo Serviços de Telecomunicações Ltda (CNPJ nº 02.952.192/0001-61), Claro S.A. (CNPJ nº 40.432.544/0001-47), Global Village Telecom Ltda (CNPJ nº 03.420.926/0001-24), OI Móvel S.A. (CNPJ nº 05.423.963/0001- 11), Sky Serviços de Banda Larga Ltda (CNPJ nº 497.373/0001-10), Telefônica Brasil S.A. (02.558.157/0001-62), Telemar Norte Leste S.A. (CNPJ nº 33.000.118/0001-79), TIM Celular S.A. ( CNPJ nº 04.206.050/0001-80), Sercomtel S.A Telecomunicações (CNPJ nº 01.371.416/0001-89), OI S.A. (CNPJ nº 76.535.764/0001-43 se abstenham de adotar, no âmbito das ofertas comerciais do Serviço de Comunicação Multimídia - SCM (banda larga fixa), práticas de redução de velocidade, suspensão de serviço ou de cobrança de tráfego excedente após o esgotamento da franquia, ainda que tais ações encontrem previsão em contrato de adesão ou em plano de serviço, até o cumprimento cumulativo das seguintes condições:

I - comprovar, perante a Agência, a colocação ao dispor dos consumidores, de forma efetiva e adequada, de ferramentas que, nos termos dos arts. 22, V, VIII e IX, 44, 62 e 80, do RGC, permitam, de modo funcional e adequado ao nível de vulnerabilidade técnica e econômica dos usuários:

- o acompanhamento do consumo do serviço;

- a identificação do perfil de consumo;

- a obtenção do histórico detalhado de sua utilização;

- a notificação quanto à proximidade do esgotamento da fran- quia; e

- a possibilidade de se comparar preços.

II - informar ao consumidor, por meio de documento de cobrança e outro meio eletrônico de comunicação, sobre a existência e a disponibilidade das ferramentas referidas no inciso I;

III - explicitar, em sua oferta e nos meios de propaganda e de publicidade, a existência e o volume de eventual franquia nos mesmos termos e com mesmo destaque dado aos demais elementos essenciais da oferta, como a velocidade de conexão e o preço;

IV - emitir instruções a seus empregados e agentes credenciados envolvidos no atendimento em lojas físicas e demais canais de atendimento para que os consumidores sejam previamente informados sobre esses termos e condições antes de contratar ou aditar contratos de prestação de Serviço de Comunicação Multimídia, ainda que contratados conjuntamente com outros serviços.

Parágrafo único. As práticas referidas no caput somente poderão ser adotadas após 90 (noventa) dias da publicação de ato da Superintendência que reconheça o cumprimento das condições fixadas no presente artigo.


Art. 2º. FIXAR multa diária de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) por descumprimento da presente determinação, até o limite de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).

FONTE: CorpTV