Algumas tendências novas de TI devem ganhar muita força neste ano e continuar em ascensão até 2017. Tecnologias como computação em nuvem, memória flash, hypervisors, in-memory computing e armazenamento de objetos vão conduzir o pensamento das áreas de tecnologia de empresas que tenham uma visão revolucionária, somadas às práticas tradicionais.
A tecnologia Flash-Array será amplamente utilizada para acelerar aplicações e atingirá desde servidores virtualizados e desktops, até ambientes OLTP (processamento de transações online) e serviços de arquivos. As empresas continuarão a integrar o uso de flash em todas as áreas da arquitetura de storage. Os grandes fornecedores de storage estarão em alta anunciando os frutos de aquisições ou os resultados de iniciativas de desenvolvimento próprio. Além disso, na medida em que o foco em Nand flash (memória usada por MP3 players, câmeras digitais e USB) atinge o seu auge, outras tecnologias de storage solid-state estarão no foco também. No Brasil, essa tendência também será forte neste ano. Clientes que demandam por desempenho e necessitam de um tempo de resposta mais rápido, especialmente em transações online onde milesegundos fazem a diferença, como no mercado financeiro, terão um grande interesse em Flash-Array.
Uma segunda tendência fortemente presente em 2013 vai ser a migração por cloud computing. A nova realidade de restrições nos orçamentos de TI vai aumentar o uso de serviços em nuvem, sendo que mais de 30% das organizações irão mover pelo menos uma de suas aplicações corporativas para esta modalidade. A previsão é de que elas irão implementar serviços ligados à nuvem de uma forma mais ampla para disaster recovery, backup ou arquivamento. Parcerias entre empresas de storage corporativo e prestadores de serviços na nuvem irão aumentar em 2013 para ajudar os clientes a tirar proveito dessa tecnologia. As empresas não precisarão mais escolher entre segurança, confiabilidade e disponibilidade de uma implementação e a escalabilidade e a flexibilidade econômica dos serviços na nuvem. No Brasil, há bastante espaço ainda para o crescimento da computação em nuvem, porém a demanda não chegará a ser tão grande quanto globalmente. No entanto, já existe muito interesse das empresas. Por hora, estão sendo migradas aplicações menos críticas, mas a experiência fará com que outras sejam incluídas em breve.
Em 2013, os clientes terão mais opções para seus ambientes virtualizados. Os hypervisors, softwares que permitem às empresas fazer a virtualização, serão mais procurados pelas companhias. Na maioria dos casos, elas poderão operar com mais de um fornecedor: o Microsoft Hyper-V, por exemplo, vem ganhando uma posição mais firme no mercado corporativo, graças a penetração antecipada do Windows Server® 2012 em implementações de nuvem privada. Surgirão várias alternativas de código aberto, incluindo CloudStack e OpenStack na orquestração de grandes ambientes de nuvem.
Poucas tecnologias estão prontas para trazer um impacto tão dramático sobre o cenário de TI como a In-Memory Computing, que é uma forma de acessar os dados quando esses residem na memória RAM do computador, em vez de acessar os dados discos físicos. Este tópico estará na boca dos CIOs em todo o mundo conforme mais dados são gerados e as empresas desejam tomar ações sobre esses dados em tempo real. A tecnologia SAP® HANA, que foi uma das pioneiras em In-Memory Computing, irá gerar grande interesse sendo um exemplo de uma nova classe de plataformas combinadas OLTP e analítica. No Brasil, essa solução ainda está em estágio inicial, porém é uma boa alternativa para empresas que necessitam de uma velocidade muito maior do tempo de resposta para acessar e correlacionar informações em banco de dados, como por exemplo, aplicações contra fraudes de cartões de crédito.
Outra tendência que deve se consolidar neste ano trata do armazenamento em cluster. O tempo de inatividade não planejada nunca foi tolerado, esta realidade é cada vez menos aceitável no mercado de TI. Mais empresas devem abraçar o conceito de infraestrutura de dados consolidada, eficiente e disponível. Como resultado, cada vez mais profissionais de TI não precisarão perder seus finais de semana fazendo atividades planejadas, como migrações de dados. Essa é uma das principais áreas de atuação da NetApp atualmente. As vantagens do armazenamento em cluster são muitas, destaque para as operações que precisam ser realizadas sem interrupção do trabalho. O cenário global será o mesmo previsto para o Brasil neste segmento.
As empresas irão se voltar à flexibilidade de modelos de infraestrutura convergente para permitir uma rápida inovação. Aqueles ambientes inflexíveis de diversos fornecedores continuarão a perder mercado para as soluções convergentes de infraestrutura com componentes pré-validados de implementação claras e concisas. O ano de 2013 será um ano de enorme visibilidade para a plataforma de datacenter FlexPod da Cisco e da NetApp, na medida em que as organizações procuram gastar menos esforço para integrar os componentes de sua infraestrutura. A realidade do mercado brasileiro ainda é um pouco diferente da internacional, por isso esta tendência deve demorar um pouco mais para ser vista por aqui.
O Dropbox, serviço para armazenamento de arquivos baseado no conceito de computação em nuvem, deve ganhar outro cenário. Aternativas de dropbox privados irão surgir para oferecer o acesso consolidado aos dados corporativos, o que permitirá a adoção desses serviços por novas empresas. Essa tendência mundial deve se firmar no Brasil também. Com esse tipo de solução em um formato mais privado em vez de público, as empresas ganham segurança e controle dos dados demandados ao mesmo tempo atendendo às necessidades de acesso móvel e colaboração dos usuários.
Neste ano, veremos o crescimento em grande escala do armazenamento de objetos. A evolução massiva da internet com seus dispositivos inteligentes e móveis levarão ao crescimento do armazenamento de objetos na nuvem. O mercado brasileiro está começando a entender a necessidade do armazenamento de objetos e esse segmento deve crescer muito mais no Brasil. Entre as áreas que já descobriram o valor do uso desta tecnologia está o setor público, com iniciativas como o monitoramento por câmeras de cidades, a gestão de conteúdo de museus e bibliotecas, além de projetos de digitalização de processos judiciários.
A comentada briga na oferta de PaaS levará à cooperação entre fornecedores. A guerra fria entre fornecedores de plataformas PaaS (OpenStack, CloudStack, Eucalyptu, etc.) vai crescer. Nenhum vencedor surgirá em 2013, porém, no segundo semestre, devemos ter uma compatibilidade mais aberta entre as soluções de PaaS, mais visivelmente entre Amazon Web Services, OpenStack, CloudStack, entre outros). Por aqui, essa oferta ainda não uma realidade forte e não deve ter grande crescimento neste ano.
A infraestrutura de softwares definidos também vai se tornar tangível em 2013 tanto no exterior quanto no Brasil. Servidores virtualizados, armazenamento em cluster e redes de softwares definidos irão convergir para um modelo de agilidade em escala no data center. Este ano será um período para educação neste quesito, com clientes compreendendo os benefícios dessa tecnologia.
Dado o ritmo acelerado da inovação nos sistemas de storage, três companhias deste setor devem falir em 2013 no mundo todo. Em seus lugares, a previsão é de que 30 novas empresas serão criadas. O ritmo da mudança tecnológica vai continuar a ser tão rápido que ser o primeiro neste mercado pode ser um risco para as empresas que apostam cedo demais nas tendências erradas. Já no Brasil, não há empresas de start-up, apesar de o país estar no radar das empresas de tecnologia, uma vez que o país possui demandas sofisticadas e o mercado possui grande representatividade.
FONTE: CorpTV
Nenhum comentário:
Postar um comentário