Autor: Laércio Cosentino
O antigo usuário de software não existe mais. Tratar de forma genérica todos os profissionais que utilizam soluções de tecnologia é um erro. As empresas que não derem destaque ao indivíduo, mesmo dentro de um ambiente de trabalho, estão fadadas a fracassarem em um futuro próximo.
Por trás de um login e uma senha, há uma identidade, um ser multitarefas que vive em um ambiente ultradinâmico. A rápida evolução das redes sociais e do acesso às informações colaboram para que cada pessoa exerça a sua própria individualidade. Facebook, Twitter e YouTube são ferramentas cada vez mais importantes na cultura global e já influenciam até debates presidenciais em todo o mundo. E essa conexão chega ao dia a dia das corporações. Os jovens profissionais já estão acostumados com os seus papéis e se relacionam de forma natural com as novidades tecnológicas.
Com as novas gerações vem também os novos comportamentos. E, nesse ambiente, a tecnologia da informação é o meio pelo qual o profissional poderá desenvolver suas tarefas da forma mais eficiente. Mas, para isso, é importante que a TI seja pensada de forma mais personalizada e menos padronizada.
É fato que as pessoas mudam mais rápido do que as empresas. Não faz muito tempo que o meio corporativo era o precursor na adoção das novidades tecnológicas (lembra quando PC só tinha no trabalho?), mas hoje as pessoas fazem isso com muito mais velocidade. Nesse sentido, a inovação serve de estratégia para impulsionar essa transformação e colocar as empresas de volta no páreo para atender não só as necessidades dos colaboradores, mas também as dos clientes que serão atendidos por eles. Criar soluções com interfaces mais simples e incentivar a conexão entre os profissionais, empresas e mercado é a chave para reconhecer o papel e a responsabilidade que cada indivíduo tem dentro do seu ecossistema.
Outro ponto que é preciso deixar claro ao oferecer a TI como ferramenta de apoio ao desenvolvimento profissional é o contexto de cada função ou de um módulo de uma solução, por exemplo. Os jovens profissionais precisam entender o que estão fazendo e o porquê realizam determinados processos; caso contrário perdem o interesse. É neste ponto que a customização ganha força no lugar da padronização. Desenvolver ferramentas personalizáveis com as quais cada pessoa escolhe o que e como usar é o que fará a diferença no final do dia.
Vivemos uma época de mudança de paradigma impulsionada fortemente pela tecnologia como base de conexões entre pessoas e a maneira como elas se posicionam no mercado de trabalho. Não há mais limites pré-estabelecidos entre o ser profissional e o pessoal e as organizações precisam entender isso para evoluir.
Dar voz a essa nova geração pode ser vital para as empresas e uma maneira de começar é conferindo-lhes uma identidade ao invés de lhes atribuir um usuário.
FONTE: CorpTV
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