quinta-feira, 26 de abril de 2012

Brasil perde 2 posições em ranking de acesso à TI e é ultrapassado pela Bósnia



O Brasil perdeu duas posições e foi ultrapassado por países como Bósnia e Herzegovina e Omã no ranking que classifica 152 países de acordo com o nível de acesso, uso e capacidade das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Agora, o país aparece em 64º lugar, duas posições abaixo que o registrado em 2008. Na América Latina, está atrás de Uruguai, Chile e Argentina, respectivamente nas posições 54, 55 e 56. No topo da lista, Coreia, Suécia, Islândia, Dinamarca, Finlândia e China.


No ranking regional das Américas, o País ocupa o 8º lugar.


Outro dado do estudo, divulgado nesta quinta (15) pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), é que o Brasil está em 96º lugar em uma lista que ordena 165 países de acordo com o preço dos serviços de telecomunicações em relação à renda per capita. Segundo o relatório "Medindo a Sociedade de Informação 2011" (PDF), os brasileiros gastam cerca de 5% de sua renda com o pagamento de serviços de comunicação.


Em último lugar está a Nigéria, com comprometimento de 71,6% da renda. No topo, Mônaco, onde em média apenas 0,2% da renda dos moradores é gasta com esse serviço.


De acordo com o estudo, o preço dos serviços de telecomunicações caiu 18% mundialmente entre 2008 e 2010, com a maior queda em serviços de internet banda larga fixa, que teve redução de 52%. Mas, segundo o relatório, a conexão à internet de alta velocidade continua inacessível em muitos países de baixa renda. Na África, por exemplo, no final de 2010, os serviços de banda larga fixa custavam em média o equivalente a 290% da renda média.


O relatório mostra que os preços dos serviços de telecomunicações também têm diminuído no Brasil, mas não o suficiente para melhorar a posição do Brasil no ranking. Na telefonia fixa, o custo das cestas de serviços em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita caiu de 6,8% em 2008 para 4,8% em 2010; na telefonia fixa, de 4,2% para 3,4%; na telefonia móvel, de 9,2% para 8,5%; e na banda larga fixa, de 6,9% para 2,5%.


Ainda segundo o relatório, entre 2009 e 2010, a cobertura de 2G no Brasil saltou de 97% para 100%; a 3G atendia 67% da população, quando, em 2009, eram 55%.


O estudo aponta que continua havendo grandes disparidades na velocidade e na qualidade dos serviços de banda larga fixa e móvel. Em muitos países em desenvolvimento, a velocidade mínima para banda larga, de 256 kbits por segundo, é considerada inadequada para aplicações e serviços com muitos dados. Já na Coreia, por exemplo, a velocidade média é 50 megabits por segundo.


O relatório também observa que a atual velocidade usada tanto por consumidores de banda larga fixa como móvel é frequentemente muito mais baixa do que a recomendada e pede que os órgãos reguladores tomem medidas para incentivar as operadoras a fornecer aos consumidores informações claras sobre cobertura, velocidade e preços.


FONTE: CorpTV

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