sexta-feira, 7 de junho de 2013

Mídias sociais: modismo ou tendência?


A pergunta no título deste texto é frequente em grande parcela de empresários, sobretudo os de médio e pequeno porte. Também os políticos têm-se perguntado se compensa o esforço. O êxito obtido por Barack Obama estimulou a todos, mas surgiram algumas ressalvas. Dentre elas, a mais patente é se as mídias sociais são mais um modismo ou uma tendência da internet.

Antes de detalhes, considerar-se-ão alguns pontos. O brasileiro é reconhecido internacionalmente por sua sociabilidade. E na internet, a prova disto é a presença expressiva nas diversas mídias sociais, que seria maior, não fossem os empecilhos ao acesso à tecnologia. Outro dado a sublinhar, diz respeito à nova etapa da própria web, traduzida pela noção de que estar na internet é estar em alguma mídia social. Nessa perspectiva, há uma segunda possibilidade: a das mídias sociais serem uma internet dentro da internet, sendo aquela o centro no qual as pessoas se conectam umas as outras.

Para a compreensão adequada da questão central deste texto convém definir alguns conceitos de modismo e tendência. O primeiro é usado aqui no sentido de algo de grande repercussão e aceitação, porém efêmero, passageiro, que após o ápice se esvai fugazmente. A tendência, por sua vez, remete a algo que será ou está consolidado e permanecê-lo-á no longo prazo. Portanto, a questão chave é se as mídias sociais são um fenômeno efêmero ou permanente?

Para efeito de análise, considerar-se-á o Orkut como o site-ferramenta introdutor dos atuais conceitos de rede social. A ideia era ajudar as pessoas a conhecer outras e a manter relacionamentos. Entretanto, quando lançado em 2004, outros softwares já proporcionavam essa relação. A grande novidade/sacada do Orkut reside na publicização/exposição da própria interação, de fazer público o privado. Ou seja, o saber que as interações estão sendo assistidas por outros, tendo estes à possibilidade de presenciar, apenas, ou de participar.

Desde a criação do Orkut até hoje, passaram-se mais de nove anos. E, apesar da decadência por que passa, ainda é usado por mais de 30 milhões, sendo mais da metade composta por brasileiros (2012). É um período razoavelmente longo e que por si só concede às mídias sociais o status de tendência. Mas vamos além.

O Facebook é a rede das redes. E caminha a passos largos no sentido de torna-se uma internet dentro da internet, como já preconizado aqui. Ele reúne não só pessoas, mas grandes corporações. “Tudo” e “todos” estão no Facebook. E se estas grandes organizações aderiram aos fascínios desta rede é porque constaram a sua potencialidade, caso contrário, sequer fariam o menor esforço quanto mais investir cifras milionárias.

Vamos a um exemplo. A página no Facebook do Guaraná Antártica, marca de refrigerante brasileiro, possui quase 11 milhões de curtidas. Isto significa que o alcance direto pode chegar próximo de 11 milhões de pessoas. Imagina a proporção de acesso indireto, isto é aquele oriundo de curtidas e compartilhamentos de uma publicação. É incrível.

O custo mensal no que tange a equipe ou contratação de empresa especializada no gerenciamento e produção de conteúdo para estes canais sociais é outro aspecto que os viabiliza. Se antes se gastava milhões para atingir milhões, hoje 1/10 de milhão é suficiente – quando muito – para alcançar o mesmo público. A isto, somam-se os benefícios de se estar diante de um canal direto de interação.

E as pequenas e médias organizações podem tirar proveito das mídias sociais? Podem não, devem. Desconsiderá-las é perder uma excelente oportunidade e, ao mesmo tempo, dar margem de crescimento aos concorrentes. Mas para tanto, não basta estar presente, é fundamental ter conteúdo. E são poucas que o tem feito.

Para tirar todo o proveito, é fundamental que por trás destas mídias exista uma equipe de comunicação capacitada. Sem isto, tem-se mais a perder do que a ganhar. Lembre-se, internet não é só flores, pelo contrário, ela costuma ser impiedosa com os que a navegam desprevenidos. Se não há recursos para bancar um departamento de comunicação, terceirize a atividade. É o mais recomendável. Agora se mesmo isso está fora do seu alcance, há dois caminhos: a consultoria período ou adiar o ingresso até ter condição de suprir uma estrutura mínima.


As mídias sociais vieram para ficar, quanto a isto não restam dúvidas. Por motivos tais: quanto aos usuários, mídia social é hábito e sinônimo de internet, sentimento positivo em saber que está sendo visto; por parte das empresas, canal de comunicação direto de custo reduzido e de alcance extraordinário. Estes são apenas alguns. O importante é que se compreenda, em última instância, que os nomes das ferramentas (Orkut, Facebook e etc.) podem até mudar, mas a lógica por trás das mídias sociais prevalecerá. Quem apostar em contrário perderá. E como perderá!

FONTE: CorpTV

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