segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Tecnologia: o que esperar em 2013?

Estamos no final de 2012. E, aparentemente, os maias erraram.

Aliás, prever o futuro é quase impossivel. De maneira geral a previsões falham porque não conseguimos identificar as informações realmente relevantes em meio ao ruído de dados e informações que nos cerca. Muitas vezes, limitados pelas nossas experiências, presumimos que a realidade atual vai se repetir indefinidamente. E não consideramos disrupções e quebra de paradigmas.

Em fins do século XIX, o jornal londrino The Times previu que a sujeira dos cavalos soterraria Londres em menos de 40 anos. Mas poucos anos depois surgiu o automóvel, que foi uma disrupção nos meios de transporte. Na área de TI os últimos dez anos trouxeram muito mais mudanças que os 50 anos anteriores. Portanto, há dez anos nenhuma tendência incluiria smartphones, tablets, Facebooks e Twiters (leia-se mídias sociais) e cloud computing. E com a aceleração crescente das mudanças tecnológicas, as chances de acerto de qualquer previsão diminuem drasticamente!

Interessante que todo final de ano os analistas de indústria insistem em publicar suas previsões para o ano seguinte. Em minha opinião, prever tendências tecnológicas é bem diferente de lançamentos de moda. Não existe a cor do ano, mas tendências que vão se consolidando com o tempo. Muitas vezes, ao olharmos em curto prazo, não conseguimos distinguir grandes diferenças, pois nossa percepção das mudanças é linear. Somente com o passar do tempo é que sentimos quão impactante foi para a sociedade e as empresas o surgimento de uma determinada tecnologia ou conceito.

Assim, neste post vou dar minhas opiniões (e enfatizo que são pessoais) do que provavelmente veremos acontecer nos próximos cinco anos.

Creio que, nos próximos cinco anos, ficará claro que a convergência tecnológica de quatro forças ou ondas que ainda estão em formação, ou mesmo ainda são tsunamis em alto mar, estarão causando disrupções significativas na indústria de TI e no uso da tecnologia. Sim, falamos de cloud computing, mobilidade, social business e Big Data. Olhá-las de forma isolada é enganoso. Mas juntas provocam uma transformação na tradicional TI como nós conhecemos.

Interessante que observo que ainda existe muita relutância em adotar estas tecnologias. Encontro algumas explicações para o fato. Uma é que os avanços tecnológicos têm se tornado tão rápidos que ultrapassam nossa capacidade de entendê-los e utilizá-los de forma diferente das que usamos hoje. Não reconhecemos a quebra de paradigmas que eles embutem.

Thomas Kuhn, no seu fantástico livro “The Structure of Scientific Revolutions”, disse : “Think of a Paradigm Shift as a change from one way of thinking to another. It’s a revolution, a transformation, a sort of metamorphosis. It just does not happen, but rather it is driven by agents of change”. Mas é difícil perceber estas mudanças quando estamos no meio delas. Mais difícil ainda é começar a pensar de forma diferente quando todos os outros pares pensam sob o paradigma dominante. O efeito “multidão” é altamente inibidor. Apenas reconhecemos que o que temos não nos atende mais, mas ainda não percebemos que um novo paradigma já está sobre nós.

Outra explicação é a tradicional relutância diante do novo. Douglas Adams, famoso escritor de ficção, autor do conhecido “O Mochileiro das Galáxias”, escreveu: “Everything that’s already in the world when you’re born is just normal. Anything that gets invented between then and before you turn 35 is incredibly exciting and creative and, given opportunity, you can make a career out of it. Anything that gets invented after you’re 35 is against the natural order of things and the beginning of the end of civilization as we know it, until it’s around for about 10 years, when it gradually turns out to be alright”.

As áreas de TI, que antes eram porta de entrada das tecnologias nas empresas, estão sendo sobrepujadas pelos usuários. Vem deles a adoção de tecnologias inovadoras e a força da chamada “consumerização de TI” é muito mais impactante do que parece à primeira vista. Na verdade, desloca o eixo gravitacional da adoção de TI para fora da TI, pela primeira vez na história da TI corporativa. Esta nova geração de TI pode ser definida de forma simplista como de uso fácil e intuitivo, altamente móvel e social. Bem diferente da TI do teclado e mouse, que precisa esperar meses pela aquisição e entrada em operação de servidores físicos, além de armazenar e tratar as informações basicamente para atender aos sistemas transacionais. TI é hoje uma organização centralizadora, gerenciada por processos, que pastoreia seus usuários, definindo o que pode e o que não pode ser usado. Mas em cinco anos continuará assim? Pesquisas mostram que, em 2016, 80% dos investimentos de TI envolverão diretamente os executivos das linhas de negócio, e que eles serão os decisores em mais da metade destes investimentos.

Uma TI tradicional, com seu imenso backlog de aplicações, conseguirá justificar durante muito tempo todo este aparato quando, com um simples clique de um botão virtual em um tablet, podemos fazer download de uma aplicação intuitiva e fácil de usar (dispensa manuais), contratar serviços de um aplicativo SaaS ou, até mesmo, disparar um processo de criação de uma aplicação inovadora, como pode ser feito por serviços como o TopCoder?

Hoje vejo que existem duas percepções diferentes. TI olha a vinda destas tecnologias sob sua ótica tradicional e as tenta colocar sob o paradigma de comando e controle pela qual o próprio departamento de TI foi construído. Por outro lado, os usuários não querem mais ser tutelados desta forma. E aí, creio que neste ponto, é que veremos as tendências se consolidando nos próximos anos. Estes tsunamis tecnológicos nos obrigarão a buscar uma convergência das visões e percepções tanto de TI quanto dos usuários. Os extremos tentarão encontrar o ponto de equilíbrio. Mas, para mim, uma consequência é indiscutível: TI não poderá mais se manter burocrática e quase ditatorial como hoje. Caso se mantenha indiferente ou contrária a estes movimentos, o termo “shadow IT”, que hoje denomina a TI que corre por fora do controle da área de TI, impulsionada pelos usuários, passará ser a denominação da própria TI…

Mobilidade
Analisando as tecnologias, começando pela mobilidade, vemos que em 2 a 3 anos o número de tablets vendidos anualmente ultrapassará o de PCs. E por que as empresas ainda não tratam os tablets com a mesma importância que os PCs? Em muitas empresas, tablets ainda são considerados “coisa de usuário”, e TI gerencia apenas os PCs. Uma explicação simples: TI se estruturou ao longo destas duas últimas décadas em torno do ambiente cliente-servidor e dos PCs baseados em Windows. iOS, Android e HTML5 são novidades (o iPad surgiu em 2009!), são territórios ainda não mapeados e, portanto, geram receios para explorações. Os processos de BYOD (Bring Your Own Device) e mesmo BYOC (Bring Your Own Cloud) não podem ser combatidos, mas TI deve ajustar seus processos a eles. Proibir uso de aplicativos e facilidades como DropBox não será uma medida aceita por muito tempo. Por outro lado, TI não pode ignorar suas responsabilidades com a segurança e a integração de dados e sistemas. Portanto, a única alternativa é buscar conciliar o modelo tradicional de controle implementado no mundo dos PCs com a liberdade de acesso das apps stores. Neste item, a tendência não é apenas o uso crescente da mobilidade, que já é um fato, mas a transformação que a área de TI deverá fazer para entender e incentivar (e não inibir) estas tecnologias.

Mídias Sociais
Se olharmos as mídias sociais veremos uma sinergia muito grande com mobilidade. Pelo menos metade dos usuários do Facebook acessa a plataforma via smartphones e tablets. Facebook, por exemplo, é a quarta aplicação em número de downloads para aparelhos Android. O mundo está cada vez mais móvel e social, e social business já é realidade. Social business não é apenas uma conta no Twitter ou uma fan page no Facebook, mas uma verdadeira transformação nos negócios. Recomendo ler o relatório da McKinsey, intitulado “The social economy: unlocking value and productivity thhrough social technologies”, para termos uma ideia do seu impacto. Bem, social business não é da competência de TI. É uma transformação dos negócios que deve ter suporte de TI. Novamente um desafio para o setor de TI: como potencializar (entrar no mundo do “social everything”) e não inibir o uso de plataformas que muitos CIOs nem usam?

Cloud Computing
Outro conceito que aparece com destaque é cloud computing. Também não considero mais uma tendência, mas realidade. Até o fim da década nem mais usaremos o termo cloud computing, mas apenas computing, pois este será o modelo (ou paradigma computacional) dominante. Interessante que ouço alguns questionamentos, como segurança, de gestores de TI que têm um data center de pequeno a médio porte, e que nem aos menos têm uma politica de segurança colocada em prática… Me parece que é a percepção que a segurança é dada pela sensação de controle fisico, quando o servidor está sob suas vistas. O que, na verdade, é uma percepção falsa, pois os bits acessados ou alterados indevidamente não são vistos fisicamente… Na média, um típico data center apresenta mais indisponibilidades (outages) que um data center de um bom e confiável provedor de nuvem. Cloud Computing também vai proporcionar a criação de novos modelos de negócio, em todos os setores, inclusive TI. A consultoria IDC estima que, por volta de 2016, cerca de ¼ do espaço dos grandes data centers americanos serão de provedores de cloud, e que a Amazon se tornará um dos fornecedores de servidores top 3, embora estes sejam virtuais.

Big Data
E finalmente Big Data. Segundo a IDC, em 2013, o universo digital, o total de dados criados e replicados, será de 4 ZB, quase 50% mais que este ano e quatro vezes maior do que em 2010. Mas a maioria das empresas ainda não percebeu o tsunami que é Big Data, porque ele ainda está em alto mar. Mas rapidamente estará no litoral, provocando disrupções. Em minha opinião, Big Data embute tanto o potencial de mudanças quanto nanotecnologia e computação quântica. Os desafios que Big Data ainda apresenta são inúmeros, mas eu acho que o principal é a falta de expertise e skills para lidar com o conceito e suas tecnologias. A demanda por novas funções, como CDO (Chief Data Officer) e data scientist, começarão a exigir respostas rápidas da academia. Big Data demanda conhecimento em novas tecnologias e, principalmente, mudanças no mindset da empresa. Seu valor está diretamente relacionado com o conceito de openness, ou seja, a empresa sem silos entre departamentos e mesmo aberta a conexões com clientes e parceiros.

Portanto, ao falar de tendências não se atenha a tecnologias, mas às mudanças pontuais que já estamos observando e que, em breve, estarão claramente disseminadas e visíveis nas áreas de TI e, também, por consequência, nos provedores de serviços e produtos de TI. A área de TI, caso não queira ser relegada a um simples departamento de PBX, deverá ser redesenhada. Deverá entender, adotar e aceitar o papel de liderar as transformações que a tecnologia está (e estará) exercendo sobre as empresas nos próximos anos. Portanto, a principal tendência para os próximos anos, é a mudança do papel de TI, passando a ser o impulsionador das transformações de negócio, e não mais um centro de custo subordinado ao CFO ou diretor administrativo.

FONTE:CorpTV

O futuro do jornalismo digital não é movel. É, sobretudo, responsivo


Em 2012, Mark Zuckerberg, CEO e fundador do Facebook, acalmou seus investidores ao revelar que a empresa que ajudou a criar em fevereiro de 2004 tornaria-se também móvel. Diz o senhor das redes: “Nós somos uma companhia móvel”. Aos 28 anos, Zuck usa esse argumento para rebater o maior problema encontrado na rede: a falta de um modelo de negócio – e atenção – à plataforma. O mesmo poderia ser aplicado ao Jornalismo. Quem pensa assim, contudo, está enganado. O setor necessita de uma mudança maior: seu conteúdo precisa ser, sobretudo, responsivo.

Estima-se que, hoje, uma a cada sete pessoas no mundo tenha em mãos um smartphone. Segundo a consultoria Gartner, mais de 100 milhões de tablets foram vendidos só em 2012 – a expectativa é que esse número seja triplicado em quatro anos. O acesso à internet, portanto, começa a ultrapassar as barreiras tecnológicas para ingressar a um mundo já conhecido: carros, brinquedos, espelhos, etc.

O Jornalismo, como tantas outras carreiras, precisa se adaptar com certa urgência às novas tecnologias. Como um foguete, celebrou – e gastou – para criar versões adaptadas aos vários modelos de dispositivos com acesso à web: aplicativos para sistemas operacionais Apple e Google – com versões para tablets e smartphones -, além de serviços disponíveis aos novos produtos que chegam ao mercado, como o Windows 8. Há algum tempo, portanto, era necessário desenvolver, no máximo, cinco produtos diferentes para atender esse mercado. Tornou-se impraticável. Chegou o momento, contudo, de avaliar todas essas plataformas e desenhar produtos jornalísticos mais flexíveis – responsivos.

Projetar sites jornalísticos responsivos pressupõe projetar seu conteúdo para ser atendido prontamente não só a um monitor de computador, mas a um tablet, um telefone celular, um brinquedo – usando técnicas avançadas de CSS3. No exterior, esse cenário começa a ganhar maior destaque. Nas últimas semanas, publicações como The Guardian, NPR, TIME e BBC adotaram o design responsivo – Boston Globe, do grupo do The New York Times, fez seu uso em dezembro de 2011. No Brasil, o Globo.com é o único serviço digital de notícias do país a fazer tal uso.

Na prática, o maior interessado da estratégia, no caso, o leitor, só tem benefícios: visualização customizável e rapidez ao abrir uma página de uma dessas publicações. O britânico The Guardian, por exemplo, já começa a colher frutos: sua audiência ‘móvel’ cresceu 63% em um ano. Hoje, três a cada dez leitores da publicação digital acessam o Guardian a partir de um dispositivo móvel. É um passo, portanto, obrigatório para oferecer uma boa experiência web. Assim, é necessário tomar um único cuidado: o formato dos conteúdos disponíveis. Aplicações em Flash ou em outro formato, às vezes, não se adequam em alguns dispositivos. Pensar Jornalismo Digital é importante; pensar multitarefa e responsivo, imprescindível. Nossos leitores agradecerão.

FONTE: CorpTV

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

IBRI conclui enquete sobre "Divulgação de Informações Contábeis"

A 4ª enquete do IBRI, sobre "Divulgação de Informações Contábeis", demonstra a preocupação das empresas abertas (com ações em Bolsa) brasileiras em agilizar a disponibilização das informações contábeis e de maneira eqüitativa (com maior uso de instrumentos eletrônicos de fácil acesso).

A 4ª Enquete IBRI procurou identificar quais os meios mais comumente utilizados pelas companhias abertas para se comunicarem com o mercado quando da divulgação de seus resultados contábeis.

As enquetes do IBRI constam de questionários específicos, em busca de respostas que funcionarão como um termômetro das tendências de mercado de RI, ajudando a orientar futuras ações institucionais e oferecer aos associados um retrato atualizado do que acontece no dia-a-dia das companhias.

Preferência é a publicação de Relatórios Anual on line
A primeira pergunta da enquete foi sobre as formas de divulgação que a empresa utiliza para divulgar informações anuais. A resposta demonstra a preferência do relatório eletrônico ao impresso. Dos entrevistados, 96% responderam que utilizam a divulgação pelo Relatório Anual On Line; 92% publicação em Jornais e Revistas Especializados; 92% divulgam em Reuniões Públicas; 88% utilizam Teleconferência Anual (em português). Dos entrevistados, 73% publicam o Relatório Anual Impresso. Cabe destacar que os analistas de investimentos encontram no meio eletrônico um canal mais rápido de informações, sendo que para este público o Relatório Anual impresso não é uma fonte necessária. Por outro lado, há outros públicos estratégicos que tem interesse no relatório impresso, como ONGs, acadêmicos e pequenos acionistas.

Informações trimestrais on line são priorizadas
A segunda pergunta da enquete é sobre as formas de divulgação que a empresa utiliza para divulgar informações trimestrais. A resposta demonstra a preferência pelo Relatório Trimestral On Line (96%), seguido pela Teleconferência Trimestral em português (88%); pela Teleconferência Trimestral em inglês (81%); E-Mail Alert (73%); Relatório Trimestral Impresso (73%) e Reuniões Públicas (69%).

Publicação de informações anuais utilizam formato impresso, pdf e html
A terceira pergunta refere-se ao formato de divulgação das informações anuais: 54% responderam que utilizam diversas formas (impresso + PDF + HTML); 19% impresso + PDF e 15% HTML + PDF. A disponibilização de informações em diversos formatos indica que as áreas de RI atendem à diversos públicos segmentados, com necessidades tecnológicas diferenciadas.

Publicação de informações trimestrais utilizam formato impresso, pdf e html
A quarta pergunta é sobre o formato de divulgação de informações trimestrais: 35% utilizam impresso + PDF + HTML; 35% impresso + PDF e 15% HTML + PDF.

Empresas utilizam internet e telefone para as teleconferências
A quinta pergunta é sobre teleconferências: expressivos 65% dos respondentes informaram que utilizam tanto webcast como com o uso do telefone; 19% utilizam só a teleconferência por telefone e 15% disponibilizam a webcast com slides e transmissão pela internet.

Maioria conhece pronunciamento do CODIM sobre teleconferências
A maioria significativa dos entrevistados (88%) conhece o pronunciamento do CODIM (Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado - www.codim.org.br) sobre teleconferências. Cabe lembrar que o CODIM é formado por oito entidades de mercado e tem em sua coordenação o IBRI e a APIMEC.

Apenas 4% deixarão de realizar reunião Apimec este ano; 27% farão mais de 6
Em relação a reuniões públicas nas Apimecs (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), 27% dos entrevistados responderam que suas empresas farão mais de seis reuniões públicas, ou seja, a cultura de ir onde o investidor esta disseminasse pelas áreas de RI. Como a Apimec tem seis regionais e várias sub-regionais, este percentual significa que as reuniões públicas estão ocorrendo em locais não visitados anteriormente pelas companhias abertas.

Empresas farão reuniões públicas além das programadas nas Apimecs
Com relação à oitava pergunta: "Sua empresa pretende realizar reuniões públicas em 2006, além das programadas nas Apimecs (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais)": 81% responderam sim e o restante (19%), não, denotando a busca de outras alternativas para dialogar com o potencial investidor.

Empresas disponibilizam e-mail e telefone no site de RI
As empresas (88% dos respondentes da enquete) disponibilizam e-mail e telefone para contato com a área de Relações com Investidores no website;, reafirmando o caráter de transparência nas informações de contato.das áreas de RI no Brasil.

Participação de pessoas físicas cresce entre 10% e 25% em 2005
Com relação à 10ª pergunta da enquete "A participação do investidor individual está crescendo no Brasil. Em sua percepção a demanda destes investidores no ano de 2005, em relação a 2004" teve: 50% uma evolução entre 10% e 25%; 23% mais de 25%. Esta percepção está em linha com vários programas em curso pela Bovespa e INI, bem como o crescimento de reuniões públicas com investidores (questões anteriores).

Participação de investidores estrangeiros cresce mais de 25% em 2005
Com relação à 11ª e última pergunta da enquete "A procura do investidor estrangeiro está crescendo no Brasil. Em sua percepção a demanda destes investidores no ano de 2005, em relação a 2004" teve: 38% mais de 25%; 27% uma evolução entre 10% e 25% e 23% uma evolução de até 10%. Estes resultados refletem o inicio do ano de 2006, no qual ocorreu uma grande procura de investidores estrangeiros por ativos de mercados emergentes.

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FONTE: CorpTV

Estudo sobre o e-consumidor paulistano e a vantagem de um e-commerce “regional”


Uma pesquisa recente da Fecomercio apontou diversas características do e-consumidor paulistano, seus principais motivadores e desmotivadores no momento da compra no comércio eletrônico. Mais da metade dos paulistanos já são e-consumidores, 62,71% tem o hábito de realizar compras online segundo a pesquisa, um crescimento de 11,21 pontos percentuais em relação a 2011. Esses dados indicam uma série de vantagens que podem ser utilizados por donos de e-commerce locais, quer saber como?


A praticidade ainda é citada como o principal fator pela escolha do comércio eletrônico, apesar disso esse fator apresentou uma queda em nivel de importância para a compra online e fatores como a diversidade de produtos (como importados) e o marketing feito pelas lojas virtuais foi o que mais ganhou relevância para os internautas.

Veja abaixo como esses fatores variaram:
- Praticidade – 39,27% (-15,19 p.p. comparado a 2011)
- Preço – 25,12%
- Confiança – 16,38%
- Variedade – 11,13% (+10,16 p.p. comparado a 2011)
- Marketing – 5,56% (+5,37 p.p. comparado a 2011)

Variedade e marketing ganharam muita expressão no último ano, mostrando a importância da boa gestão de portifólio e de uma gestão mais profissional do marketing.

Outros indicadores da pesquisa mostram as principais razões para os paulistanos não aderirem ao e-commerce, o receio de fraude é o indicador mais significativo atingindo 61,04% (+8,35 p.p. comparado a 2011) desse público, somado a fatores como a necessidade de ver pessoalmente o produto que é um fator impeditivo para 12,55% das pessoas e também o medo de não receber o produto que afeta 10,39% da amostra analisada são algumas das principais razões para o paulistano evitar o e-commerce.

Pensando nisso pode-se dizer que há vantagens significativa para varejistas e lojistas regionais aderirem rapidamente ao e-commerce, focando principalmente no público da sua região.

Veja as vantagens do e-commerce regional:
- Os clientes da região conhecem sua loja e sabem que ela ‘existe’, isso diminui o risco de fraude para eles
- A presença local pode diminuir o medo de fraude na hora da entrega, já que o consumidor sabe que o produto está próximo.
- Uma loja na região pode acabar com o receio de não ver o produto pessoalmente, pense na loja como um showroom, principalmente para produtos de valor elevado.
- Uma loja virtual é uma ótima maneira de trabalhar seu portifólio, produtos de menor giro que antes não poderiam ocupar a prateleira podem ser oferecidos online sem adição de custo extra ao negócio.

Se você ainda tem dúvidas sobre o e-commerce regional, saiba que no primeiro semestre de 2012 mais de 5 milhões de e-consumidores fizeram suas primeiras compras online segundo o e-bit, além disso é muito fácil montar sua primeira loja online. Salvas as devidas proporções (Não espere abrir uma Amazon em 1 mês) é possível contratar serviços de loja virtual e meios de pagamento e rapidamente tornar seu negócio digital.

A expansão da internet em regiões do interior do Brasil podem acelerar muito esse movimento, lembre-se que o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) quer oferecer conexão de banda larga para todo o país e está começando a acelerar, aproveite essa oportunidade para aumentar suas vendas!

FONTE: CorpTV


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Virtualizado e Consolidado?


Procurar por uma agulha em um palheiro já é um desafio. Imagine se o palheiro não existisse fisicamente, mas sim em um mundo abstrato como no filme “Matrix”, onde pudesse ser replicado, movido e eliminado com o toque de um botão? (Ok, se você for um hacker talentoso, talvez encontre a agulha rapidamente).

Da mesma forma, identificar desafios de aplicações e da performance da rede já é uma tarefa complicada em ambientes físicos. Direcionar pacotes de dados, integrar aplicações e ferramentas de rede e ganhar visibilidade em pontos cegos são apenas alguns dos obstáculos que as soluções devem superar.
Com a virtualização de rede, os gerentes são apresentados a um mundo novo de desafios de monitoramento e soluções de problemas em seus ambientes. Arquiteturas evoluídas significam novos protocolos e uma série camadas, ou seja, complexidade.

Mas esse é o “novo normal” que acontece todos os dias em empresas do mundo inteiro conforme elas consolidam suas infraestruturas de TI, e movem aplicações corporativas de locais físicos para ambientes virtuais.

Máquinas Virtuais, uma faca de dois gumes
No passado, gerentes de redes podiam identificar a raiz de um problema de desempenho de um aplicativo por meio de uma inspeção de tráfego através dos tuneis da rede. Agora, todos esses elementos podem rodar como máquinas virtuais no mesmo host físico, reduzindo a capacidade de resolução de problemas dos sistemas tradicionais de monitoramente de rede. A implantação de máquinas virtuais é rápida e fácil, mas as mudanças na configuração da rede podem afetar a performance dos dispositivos e encobrir a raiz da causa de problemas.
Isso quer dizer que o tempo de resolução de um problema pode ser significativamente maior em um ambiente virtualizado na comparação com o físico e são os usuários finais que, infelizmente, encontram o problema primeiro.

Olhos de águia em ambientes virtualizados
Ao reconhecer este desafio, gerentes de rede adotam novas abordagens para ganhar visibilidade e controle de ambientes virtualizados com o objetivo de automatizar o monitoramento e acelerar a solução de falhas
A preparação para uma pequena mudança de infraestrutura exige profundo conhecimento do inventário atual. E com as dependências complexas que existem em uma rede corporativa e o grande número de aplicações, é fundamental saber como as mudanças podem impactar a rede. Portanto, é essencial ter um método escalável para identificar aplicações, servidores e dependências do cliente. Esse conhecimento fornece uma base para tarefas críticas de gerenciamento de rede, incluindo planejamento de reconfiguração, localização de falhas e detecção de anomalias.

Vista 100% desobstruída

Software Defined Networking (SDN) e Virtual Desktop Infrastructure (VDI) são ótimas maneiras de facilitar o gerenciamento da infraestrutura de TI, mas somente até que as falhas aconteçam. Simplificando, a complexidade end-to-end envolvida na entrega dessas soluções cria uma inerente falta de visibilidade para a solução de problemas.

O usuário final pode assumir que é uma falha da rede e procurar o gerente para exigir por uma rápida correção. Ao se preparar para esse cenário, o responsável pela rede deve se perguntar se a ferramenta de gerenciamento de performance (NPM) pode fornecer visibilidade em túneis UDP que encapsulam tráfego de rede em ambientes SDN, e se a ferramenta NPM entende quais aplicativos os usuários do VDI acessam. Esses recursos ajudam a eliminar o trabalho de busca de anomalias no sistema e a resolver os problemas com mais rapidez.
Qualidade e experiência do usuário

Monitorar o tempo de resposta dos aplicativos entre os componentes da sua infraestrutura e compreender a razão de mudanças na performance normal são duas capacidades fundamentais para solucionar problemas antes que os usuários finais percebam a queda no desempenho.

Soluções modernas de NPM oferecem custo competitivo e estruturas escaláveis. Primeiro, usam o fluxo de dados para analisar toda a rede e apresentar resultados em tempo real em um painel de fácil compreensão. Em segundo lugar, se alguma métrica de alto nível mostrar sinais de queda de desempenho, uma inspeção profunda de pacote (DPI) estará disponível em um clique para analisar o exemplo problemático de tráfego, pacote por pacote. Por fim, distinguir entre comportamento normal e anormal das aplicações e da rede não deveria ser um trabalho de adivinhação. Análise comportamental é um recurso poderoso que aprende o comportamento padrão e gera alertas ao gerente em caso de mudanças significativas.

Hoje em dia, a rede é o centro dos negócios. Máquinas virtuais, SDN, VDI e nuvem privada oferecem às empresas eficiência e flexibilidade. Porém, as equipes de infraestrutura (inclusive de rede) ainda estão preocupadas com performance de aplicativos, e o comprometimento da visibilidade poderia facilmente negar os benefícios de uma TI virtualizada e consolidada.

FONTE: CorpTV

Cerca de 70% dos brasileiros comprarão presentes de natal online


Uma pesquisa conduzida pelo Deloitte mostrou que 70% das compras de natal, esse ano, serão realizadas pela internet. Sendo os jovens de 18 a 29 anos, correspondente a 55% do público que trocará as lojas de departamento e shopping centers pela Web, e cerca de 46% dos consumidores de 45 e 60 anos também utilizarão o meio eletrônico.

Em média 37% dos usuários afirmaram que utilizarão os dispositivos móveis para realizar as compras.“Esse comportamento é diferente do ano anterior, quando esses equipamentos eram menos utilizados. Isso indica que o brasileiro vem adquirindo hábitos de consumo mais próximos de países onde a mobilidade é muito mais comum”, afirma Reynaldo Saad, sócio líder para o atendimento a empresas varejistas da Deloitte.

Em média 46% das pessoas devem fazer as compras na primeira semana de dezembro, que coincide com o recebimento do 13º salário, e entre os presentes, itens como vestuário e sapatos aparecem com 80% e 49%, respectivamente, seguido pelos aparelhos eletrônicos, como tablets, celulares, computadores e players, com 26%.

FONTE: CorpTV

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Vai abrir um negócio? 10 dicas de como a tecnologia pode ser usada a seu favor

Para quem quer começar o próprio negócio, não há momento mais oportuno. Fatores como a estabilidade da economia brasileira, incentivos fiscais e a criação de um ministério próprio para as micro e pequenas empresas confirmam a boa fase. Por conta disso, publicações e artigos têm saído com grande frequência na mídia e lendo recentemente uma matéria no portal PEGN, que falava sobre 40 dicas para quem quer empreender, resolvi escrever algo mais sintetizado e focando apenas em tecnologia.

Confira as dicas:

1. ESCOLHA CORRETAMENTE OS EQUIPAMENTOS
Na contabilização dos investimentos que serão necessários para abrir um negócio, é impossível não considerar o gasto com computadores, servidores, notebooks ou tablets. Principais aliados na hora de manter o controle sobre o negócio, estas ferramentas merecem atenção na hora da compra. Se basear por preço e economizar pode significar gastar mais depois. Também, não se deve comprar um tablet se ele de fato não for necessário. Compre um equipamento que seja suficiente para o dia a dia da empresa (um escritório de arquitetura, que utilizará programas “pesados”, com certeza não terá o mesmo equipamento que um depósito de materiais precisa apenas para controlar o estoque e emitir NF) e, se precisará ir ao cliente, leve em conta a mobilidade. Não se esqueça do servidor, caso a empresa tenha mais de três usuários – facilitará na centralização de arquivos e será um equipamento que trabalhará para você.

2. DÊ ATENÇÃO AOS PROGRAMAS QUE VAI UTILIZAR
Assim como na escolha dos equipamentos, é necessário que as empresas utilizem os softwares corretos. Por isso, é necessário observara melhor opção para cada negócio. Escolher o melhor programa para o dia a dia do negócio não é fácil, seja ele um editor de textos ou um ERP. Porém, é fundamental analisar corretamente as soluções (e se possível testá-las) para evitar investimentos desnecessários ou arrependimentos futuros. Aqui cabe uma observação: independente do porte de sua empresa, nunca opte por software pirata, pois os problemas que ele pode trazer comprometerão o seu negócio.

3. SELECIONE COLABORADORES PELA INTERNET
Atualmente, existem grandes portais na internet especializados na seleção de candidatos e disponibilização de vagas. Eles oferecem diversos serviços, como triagem de currículos de acordo com o perfil da vaga, testes online para os interessados, base salarial, entre outros. E o melhor é que para as empresas, normalmente, esses serviços são gratuitos, pois os portais cobram dos interessados pelas vagas e anúncio de seus currículos.

4. FAÇA REUNIÕES ONLINE
Sempre que possível, faça conferências pela internet. Isso evita deslocamentos desnecessários (ainda mais em grandes cidades), além de economizar tempo.

5. UTILIZE FERRAMENTAS DE MENSAGEM INSTANTÂNEA
Uma boa forma de diminuir os custos com telefonia é utilizar programas como o MSN ou o SKYPE para falar com clientes e fornecedores. Além do recurso de mensagem, alguns oferecem inclusive suporte para chamadas por VoIP, chats com mais de dois participantes, videochamadas, transferência de arquivos etc.

6. ABANDONE O PAPEL
Depois de pouco tempo de atividade, qualquer empresa já começa a acumular uma grande quantidade de papel – notas fiscais, contratos, guias de recolhimento – o que, de certa forma, traz custos adicionais para as empresas, já que alguns documentos devem ser armazenados por mais de dez anos. Manter esses documentos de forma digital traz economia e agilidade na consulta às informações, além de terem validade legal. Hoje, já existe no mercado soluções para as empresas de menor porte.

7. SMARTPHONES NÃO SÃO LUXO
Hoje, até mesmo o preço não é mais desculpa para quem não possui um smartphone. Existem opções para todos os bolsos e com certeza o ganho de produtividade valerá a pena. Seja simplesmente controlando sua agenda e tarefas ou até para acessar remotamente o escritório, esse tipo de celular auxilia o empreendedor a manter o controle e a organizar o seu negócio. Há infinitos aplicativos que com certeza serão uma ajuda extra para sua empresa.

8. E-COMMERCE
Se você que abrir um comércio, invista em uma loja virtual e conquiste mais clientes. Atualmente, o número de usuários conectados no Brasil, e com acesso à banda larga, não para de aumentar e são sem dúvida um grande atrativo. Além disso, estudos de mercado mostram que cada vez mais as pessoas passam a comprar pela internet até mesmo depois de conhecerem o produto em lojas físicas. Outra grande vantagem é que os provedores oferecem soluções prontas, dispensando a contratação de programadores e web designers.

9. INVISTA EM COMPUTAÇÃO NA NUVEM
Acredito que todos já utilizem algum serviço na nuvem – emails do Gmail, Hotmail e Yahoo! já são soluções baseadas na nuvem. Porém, hoje em dia, existem mais serviços disponíveis nessa plataforma. A Microsoft acaba de lançar o Office 365, que disponibiliza na nuvem os programas do tradicional pacote Office, licenciando por usuário e com pagamento mensal o acesso às ferramentas. Há diversas outras soluções e até mesmo servidores na nuvem, vale a pena conhecer melhor as opções para o seu negócio.

10. CRIE UM CANAL DE COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO COM AS REDES SOCIAIS
O Brasil sempre foi um dos países com maior adesão a esse tipo de plataforma. Diariamente milhares de pessoas criam contas em redes como o Twitter e o Facebook e, por isso, é uma ótima forma de interagir e conquistar novos consumidores. Essas redes permitem uma maior proximidade com seu cliente quando ele não está na sua empresa e leva sua marca a uma quantidade maior de pessoas. Crie uma estratégia e ingresse hoje mesmo em uma rede social, porém, ofereça conteúdo diferenciado e com regularidade, para não dar um “ar de abandono”, o que com certeza trará resultado oposto ao esperado.

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FONTE: CorpTV

A internet e os filtros-bolha: não somos tão livres assim

O modelo de comunicação em rede, onde os usuários podem se conectar uns aos outros em qualquer canto do planeta, certamente provocou um profundo impacto na política, na economia, na cultura e nos negócios. Conceitos como Ciberdemocracia, wiki, Creative Commons e outros só existem porque a nossa comunicação não é mais mediada apenas por grupos editoriais por trás dos jornais e programas de TV, mas sim por servidores, operadoras de telefonia e motores de busca. A comunicação ficou mais horizontal, interativa, abrangente, inclusiva e participativa.

A evolução das tecnologias mediadoras - bem como dos interesses corporativos por trás da galáxia internet - estão enviesando essa pretensa liberdade sem que, muitas vezes, ninguém perceba. As operadoras podem copiar seus dados de navegação para fins publicitários na surdina, por exemplo - vide o caso da parceria entre a Oi e a Phorm. Outras vezes, somos nós quem concedemos essa liberdade - quando um aplicativo do Facebook solicita muitas permissões, digamos, e não nos preocupamos em revogar ou questionar.

Eli Parisier, jovem CEO de uma empresa de tecnologia, aponta outra vereda pela qual a Web está trilhando. E tem a ver com moderação espontânea e algorítmica de conteúdo nos mecanismos de busca e redes sociais. Quanto mais a Grande Teia se torna semântica, quanto mais ela busca evoluir no sentido de identificar o comportamento do usuário e levar conteúdo classificado pelas equações como relevantes, mais nós nos isolamos em uma bolha de interesses. E isso nos atinge de uma maneira imperceptível e entorpecente, um lacre informacional manobrado por algoritmos que quantificam e qualificam a vida online do usuário.

Há mais de uma década, o sociólogo Manuel Castells identificou esse tipo de comportamento ao relatar que existe uma tensão, uma dualidade entre a identidade do usuário e a Rede.

Em uma palestra no TED (confira o vídeo abaixo), Parisier aponta como esse fenômeno está se manifestando de forma imperceptível, porém bastante incisiva. "Aconteceu uma mudança na forma como a comunicação está fluindo online. Ela é imperceptível. E se não tomarmos cuidado, isso poderá vir a ser um grande problema", diz.
Se você não tem tempo ou paciência de assistir os 10 minutos de vídeo, eu explico: só aparecem na timeline do Facebook as postagens de perfis com os quais o usuário tem maior interatividade - seja através de comentários, curtidas, compartilhadas ou cliques. Mas quem decide isso não é o usuário. Da mesma maneira se dá a classificação de relevância no motor de busca do Google. O termo "Egito" para um determinado usuário pode redirecioná-lo a resultados genéricos, enquanto para outro aparece toda a cobertura sobre os protestos e a queda de Hosni Mubarak. Segundo Parisier, existem até 57 sinais que o Google observa sobre o usuário antes de determinar o que é interessante ou não (conte-me mais sobre o Mac que você está utilizando, ou sobre esses sites que você visitou semana passada). E aqueles filmes sugeridos na Netflix não são aleatórios, mas baseados na sua classificação de outros títulos e gêneros.

"Não é apenas o Google ou o Facebook. É algo que está varrendo a internet. Há uma série de empresas que estão fazendo esse tipo de personalização [...] E isto nos leva muito rapidamente para um mundo no qual a internet nos mostra aquilo que ela pensa que queremos ver, mas não necessariamente o que precisamos ver"

O conjunto desses filtros de personalização forma o filtro-bolha, segundo Parisier, o seu "universo pessoal" de informação.

De certa forma isso é bom. Já li e ouvi várias críticas ao imenso universo de informações relacionadas a apenas um termo, e como isso acabava "desinformando" o usuário - ninguém vai verificar cada um dos 100 mil resultados da busca no Google, por isso os engenheiros trabalham para colocar na primeira página os resultados mais interessantes para nós. Como empresa, os caras atuam para atender as necessidades do usuário, tomando a liberdade de classificar o que é mais relevante e, com isso, gerar lucro. O Facebook, mais do que nunca, precisa provar para os investidores que é uma plataforma lucrativa e, com isso, a rede vai definir quais são os posts prioritários na nossa timeline com base em quem paga. A linha editorial agora é exercida por algoritmos, não mais por editores de carne e osso.

Parisier defende que essas empresas tenham uma postura mais cívica em relação às informações para evitar a formação de bolhas viciosas em torno do umbigo dos usuários, impedindo que eles tenham acesso a outras informações, a outros filmes, a outras notícias que não fazem parte do seu escopo de relevância. Baseado em como agem os gigantes da comunicação midiática há décadas, eu não seria muito otimista em relação ao cumprimento desse dever cívico. As empresas de internet estão assumindo o bastão da velha mídia, e não acredito que serão mais éticos do que o grupo de Rupert Murdoch.

O que eu defendo é que os usuários sejam mais protagonistas em relação à sua própria vida online e saibam utilizar a tecnologia sem se tornar dependente das classificações de relevância impostas por essas empresas. Existem dezenas de comandos na programação do mecanismo de buscas do próprio Google que, se forem utilizados corretamente, podem levantar exatamente a informação que o usuário realmente precisa. Quer informações? Vá atrás por diversos meios, visite bibliotecas físicas, consulte jornais impressos e compare com os resultados que você obteve - não espere que as empresas façam isso por você, elas não têm essa obrigação.

Além disso, mais do que nunca as pessoas precisam conversar, trocar oralmente experiências e informações. Esse ainda é o meio mais eficaz para você conhecer novas bandas, novos escritores preferidos, novos filmes. Se você já leu tudo de Stephenie Meyer, talvez seja a hora de conhecer algo mais Douglas Adams ou Charles Dickens. Depois de assistir uma maratona das 10 temporadas de Friends, que mal há em conferir Firefly? Não deixe que a internet viva a sua liberdade.

FONTE: CorpTV

“O conteúdo é rei no marketing digital”: Será?


Com a profissionalização do uso da mídia social por empresas e marcas de diversos segmentos, criando fan pages, perfis, blogs e bolando campanhas, fala-se muito sobre como empregar os esforços de modo relevante, que dê resultados. Nisto, citamos consistência, inovação, feedback imediato e grande parte dos profissionais chegou à conclusão de que o rei nesta história é o conteúdo. Independente da plataforma, ele deve ser instigante, trazer um diferencial e reforçar a marca, colaborando para consolidá-la como referência. É com certeza um elemento-chave em uma presença digital saudável. Mas é mesmo dono da coroa?

Vamos pensar no conceito clássico de soberania de um rei. Rei é aquele que é líder de um povo, claro, mas também o que dá a última palavra. O conteúdo é, talvez, a “ferramenta” mais eficiente da era digital e certamente um líder. Mas, pensando de modo mais amplo, ele não dá o veredicto de nada: As estratégias de comunicação e de produtos são estruturadas visando um público-alvo. É aceitação dele, independente de qualquer mandamento imposto, que vai determinar se um conteúdo obteve sucesso ou não. É óbvio que qualidade é fundamental, mas ela precisa agregar valor para alguém ou de nada adianta.

Já li também que relacionamento é rei na era digital, não o conteúdo. O problema é que isto implica fundamentalmente no mesmo erro. Com quem você deve se relacionar? Quem vai decidir se você está sendo prestativo e relevante? E se ele for do tipo que não quer conversar, e aí? Isso pode acontecer, sim. A única constante em qualquer desses fatores é o consumidor.

É por este motivo que os profissionais mais lúcidos, inclusive considerados “gurus”, falam tanto em estratégia em torno do comportamento, não da ferramenta. Saber como usá-la é essencial, mas para garantir que o emprego seja o mais eficaz possível, é preciso pesquisar, analisar, acompanhar e ouvir o público. Enfim, entendê-lo o máximo possível, como um melhor amigo, para ter uma idéia do que vai deixá-lo feliz. Lembre que trabalhamos tanto convencimento quanto “encantamento” aqui.

É inútil falar em relevância e eleger seu soberano sem levar em consideração que, em última instância, quem dá a palavra final não é você. Não é o conteúdo que é rei, mas seu leitor, seu seguidor, seu fã, seu espectador, seu ouvinte: O seu público-alvo está no trono e não pode ser deposto. É ele que vai te ignorar, te elogiar ou te atacar se for contrariado. E é ele que se não se sentir satisfeito e não gostar do seu malabarismo pode mandar cortar a sua cabeça.

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Conheça seis tendências do marketing digital para 2013


O início do segundo semestre de 2012 foi marcado por uma série de eventos mostrando novidades e tendências do marketing digital para empresas de todos os portes. Antecipamos as seis principais oportunidades em 2013 para você incluí-las desde já no seu planejamento e ficar um passo à frente da concorrência.

1. Mobilidade e sites responsivos
Segundo projeção da IDC, o Brasil deverá ser o quarto maior mercado de smartphones do mundo até 2016, o que significa mais pessoas acessando a internet por meio de aparelhos móveis. Sinal de que é preciso começar já a adaptar o seu site para ser acessado com facilidade em celulares e tablets. Novas tecnologias permitem já permitem desenvolver com facilidade sites “responsivos”, que se ajustam automaticamente suas páginas ao tamanho da tela em que estão sendo exibidos.

Segundo Larry Allen, VP de desenvolvimento de negócios do RealMedia Group, uma das preocupações deve ser a velocidade de carregamendo. Cada segundo a mais de carregamento representa 7% a menos de conversão.

2. e-Commerce portátil

As recomendações sobre mobilidade valem sobretudo para os sites de e-commerce. De acordo com a Câmara e-Net, houve crescimento de 400% nas compras realizadas por celulares e tablets somente no primeiro semestre de 2012 e esses números devem continuar em rápido crescimento nos próximos anos. O desafio do varejo é adaptar suas lojas aos aparelhos móveis, de modo que tenham a mesma facilidade de acesso, navegação e pagamento que suas versões para desktop e notebooks.

3. Conteúdo touch
O enorme sucesso da tecnologia touch iniciada com o iPhone, que se estendeu para o iPad e hoje domina os aparelhos móveis tende a ser assimilada também pelos desktops e notebooks, como já deu a entender a Microsoft com o Windows 8. O desafio para as empresas, portanto, é adaptar o conteúdo a esse novo formato. Isso significa pensar em formas inovadoras das pessoas acessarem e interagirem com textos, imagens, fotos e vídeos. Larry Allen, do RealMedia Group, destaca como exemplo dessa nova tendência o site Flipboard, uma rede social em que cada usuário personaliza tanto as fontes como também o formato em que são apresentados.

4. TV + Internet + Redes Sociais
Segundo o estudo Social TV do Ibope Nielsen Online, um em cada seis brasileiros navega na internet enquanto assiste à televisão. Esse comportamento tem um grande impacto na interação entre conteúdo das mídias e o telespectador/intermauta. Pode ver uma oferta na TV e imediatamente fazer uma pesquisa para comparar preços, ou trocar idéias com os amigos nas redes sociais sobre o capítulo da novela enquanto está assistindo, permitindo conhecer os diferentes graus de interesse do enredo e dos personagens.

Lidar com este novo cenário requer também mudanças na gestão do marketing digital. Will Margiloff, CEO da Ignition One, ressalta que a área ganha papel estratégico, tende de estabelecer como metas: simplificar e integrar plataformas de tecnologia (como por exemplo as diversas redes sociais); planejar, desenvolver e executar as ações de forma a criar sinergia, ao invés de se focar em determinados canais; e fazer uso dos dados obtidos através de ferramentas de business intelligence e CRM.

6. Games e aplicativos
O poder de retenção, viralização e engajamento dos games sempre representou um enorme potencial para o marketing, mas esteve restrito ao relativamente pequeno universo de jogadores. Mas a popularização da internet, o lançamento do Nintendo Wii (que revolucionou o conceito de jogos eletrônicos, tornando-os simples e acessíveis para pessoas de todas as idades), a explosão das redes sociais e dos smartphones e tablets vem transformando os games como recurso perfeito para as empresas e marcas interagirem com seus potenciais consumidores e clientes.

Apesar de ser o quarto maior mercado de gamers do mundo, com 61 milhões de jogadores somente na internet, as iniciativas em advergames ainda são bastante tímidas, o que abre um grande potencial de oportunidades para as empresas que investirem nessa forma dinâmica de marketing digital.

FONTE: CorpTV

Entidades de direitos digitais querem evitar que a ONU controle a Internet


Enquanto governos, teles e indústrias do ramo se preparam para uma conferência em Dubai no próximo mês para rever os regulamentos internacionais de telecomunicações, dois grupos já se declararam contra às propostas que dariam à União Internacional de Telecomunicações (UIT) mais poder sobre a Internet.

De acordo com um relatório encomendado pelo Associação das Indústrias de Computadores e Comunicação (Computer and Communications Industry Association, em inglês, ou apenas CCIA), muitas das propostas, em grande parte apresentadas por Estados árabes antes da Conferência Mundial sobre Telecomunicações Internacionais (WCIT), podem violar as obrigações comerciais internacionais existentes.

Enquanto isso, o grupo europeu de direitos digitais EDRi disse que a UIT não é confiável o suficiente para ter mais controle sobre a Internet. Isto reflete o pensamento do Parlamento Europeu, que disse em uma resolução na semana passada que a UIT não é um órgão competente para ter a autoridade regulatória sobre a Internet.

O relatório da CCIA, realizado pelo Centro Europeu para Economia Política Internacional (em inglês, European Center for International Economy, ou ECIPE), diz que muitas das propostas são contrárias aos compromissos estabelecidos pelos países membros no âmbito do Acordo Geral da Organização Mundial do Comércio sobre o Comércio de Serviços. Este acordo, até agora ratificado por 99 membros, garante que os membros da OMC recebem acesso aberto e podem usar as redes públicas de telecomunicações em condições razoáveis ​​e não discriminatórias.

"Há um conflito ideológico inerente entre a UIT e a concorrência de mercado centrada na OMC", diz o relatório.

O documento diz ainda que "o progresso em limitar práticas discriminatórias nos mercados de telecomunicações no âmbito da OMC pode ser revertido", à medida que algumas partes tentam usar a renegociação dos regulamentos de telecomunicações para impor condições da era do monopólio da telefonia de voz sobre todas as formas de telecomunicações.

A CCIA, que representa os interesses de empresas da indústria mundial de comunicações e computadores, está mais preocupada com os planos que redefinem os serviços de Internet, como telecomunicações, de modo que eles cairiam no âmbito dos ITRs (Regulamentos de Telecomunicações Internacionais). "Como consequência, um serviço de internet banking ou um blog pode ser obrigado a solicitar uma licença de operador de telecomunicações. Claramente uma tentativa de contornar as regras da OMC", disse o relatório.

Enquanto isso a Edri disse que teve acesso a um log de notícias da UIT seguindo uma dica do site alemão de notícias, o Golem. A página disse que a UIT tinha deixado o acesso ao seu newslog desprotegido, com o nome de usuário "admin" e a senha "admin".

"Poderíamos ter mudado todas as configurações do blog da UIT. Poderíamos tomar o controle completo do site, postar links para páginas comprometidas com malware ou instalação de código malicioso", disse a organização em um comunicado.

"Apenas os usuários mais inexperientes não alteram as configurações padrão para o acesso administrativo de um blog. Esta é realmente a instituição que deve regular a Internet e estar no comando da segurança cibernética para o mundo inteiro?", perguntou a Edri.

A UIT é o braço das Organização das Nações Unidas para o indústria de telecomunicações. Sua missão original era distribuir o espectro de rádio global e órbitas de satélites e desenvolver normas técnicas de interoperabilidade. No entanto, a Internet não existia quando os primeiros regulamentos foram elaborados.

FONTE: CorpTV


Facebook passa Google como site mais acessado no Brasil



A queda por cerca de uma hora durante a tarde dessa segunda-feira, 26, levou o Google para a segunda colocação no ranking de sites mais acessados no País. Segundo o Alexa, ferramenta que mensura diariamente as páginas mais visualizadas mundialmente, o gigante de buscas perdeu a liderança no Brasil para o Facebook.

A rede social já tinha figurado à frente do Google, mas o ranking nacional apresentado pelo Alexa nesta terça-feira, 27, resulta na primeira vez que o Facebook lidera a lista em um dia útil. Nas demais ocasiões, o site criado por Mark Zuckerberg só superou o site de buscas durante finais de semana – fato que também ocorre de acordo com o ranking mundial do Alexa.

Com o Google fora do ar, o Facebook serviu justamente como espaço para promoção de brincadeiras e discussões relacionadas ao ocorrido. Comentarista de TV da rádio Jovem Pan, José Armando Vannucci afirmou, afirmou, em seu perfil na rede social, que a queda do site de buscas estava relacionada com o fim do mundo. “O mundo acabou: o Google caiu. Não haverá nada hoje e amanhã. O que você faz sem o Google?”, questionou o jornalista. Também no Facebook, a conta da TV Esporte Interativo perguntou se o Google seria rebaixado à Série B da internet.

Depois que voltou ao ar, o Google Brasil emitiu uma nota na qual afirma que a empresa não encontrou nenhum problema em seus servidores. “Soubemos que alguns usuários tiveram problemas para acessar algumas de nossas ferramentas, mas não encontramos problemas em qualquer serviço até agora. Continuamos monitorando nossos sistemas, e avisaremos sobre qualquer novidade”, informou.

Segundo o site de O Globo, usuários de algumas operadoras de banda larga, como a GVT, conseguiram ter acesso ao Google durante toda a tarde, sem interrupções. O veículo ainda divulgou que teve casos em que as páginas do Google foram abertas normalmente quando procuradas por números que identificam o endereço eletrônico na web, em substituição do Domain Name System (DNS – nome de domínio no sistema).

FONTE: CorpTV


Brasil gasta somente 12% da sua economia com softwares e serviços de TI



De acordo com o relatório Economy Report 2012, da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) sobre a indústria de software nos países em desenvolvimento, o Brasil gasta apenas 12%, do total da sua economia com softwares e serviços de tecnologia, ficando atrás da Bolívia e da Venezuela, ambos com 14%.

Divulgado ontem pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o estudo apontou que a América Latina destina apenas 11% dos seus gastos para softwares e serviços de tecnologia, tendo uma participação mundial de 2% no mercado de softwares. Já a América do Norte e a Europa atingem uma fatia de 80%.

Segundo a pesquisa, o Brasil ficou de fora do ranking dos 20 países que mais exportaram softwares em 2010. Entre aqueles em desenvolvimento presentes na lista está a Índia, que apareceu em segundo lugar, ficando atrás apenas da Irlanda.

O relatório disse que o Brasil se encaixa entre os países onde o software é importante para a economia, mas a intensidade de exportação é baixa, assim como a China, Rússia e África do Sul. “Na América Latina, enquanto a Costa Rica e o Uruguai têm se centrado nas exportações, o grande mercado local do Brasil é mais significativo”, afirmou o relatório.

Entretanto, o estudo concluiu que, mesmo exportando pouco, o Brasil não consegue atender à demanda local. O relatório apontou o acesso limitado a investimento de capital privado como a principal barreira para o crescimento de software na América Latina. O segundo maior obstáculo é a falta de mão de obra qualificada.

FONTE: CorpTV


MARKETING DIGITAL: A mídia é o consumidor

Sabe-se que o boca a boca é uma das melhoras ferramentas do marketing. Qualquer pessoa sente-se influenciada após ouvir comentários sobre um produto que alguém comprou e gostou. Quando o comentário é negativo, a influência sob a decisão de compra é mais intensa e pode gerar repúdio instantâneo à marca. Nas redes sociais, onde os consumidores cada vez mais compartilham suas experiências de consumo, a influência corre à velocidade da internet e inaugura uma nova mídia: o consumidor.

Este é o comportamento do consumidor na era digital: antes de se decidir por uma marca, produto ou empresa ele busca informações na web, seja em sites oficiais ou nas mídias sociais. Na maioria das vezes, a intenção é de se relacionar com a marca, ouvir quem já usou, experimentar novos produtos ou até mesmo co-criá-los e, em seguida, compartilhar suas impressões com suas redes de contatos.

Com tanta gente participando desse ciclo, as buscas chegam às informações postadas por pessoas desconhecidas, mas que mesmo assim são capazes de influenciar na decisão de compra. Isso ocorre até mesmo se o post ou o vídeo forem antigos, pois o boca a boca digital tem mais alcance e deixa rastros.

O exemplo mostra o quanto o consumidor está “muitíssimo mais poderoso” e com isso algumas exigências vêm sendo feitas. O bom relacionamento das marcas com seus clientes tem sido a palavra de ordem para as companhias comprometidas em acompanhar a evolução dos mercados.

E muitas empresas já estão percebendo essas mudanças como oportunidade e não como ameaça. Ora, sempre existiram consumidores que amam ou odeiam determinadas marcas e, até há pouco tempo, as insatisfações eram divididas somente com algumas pessoas. Hoje com a reclamação pública e vasta na internet os gestores antenados têm acesso a essas informações e mais controle da situação. Conclusão: é possível trazer o reclamante para o seu lado e reverter a situação.

O objetivo do marketing digital é entender como as pessoas estão utilizando as tecnologias em suas vidas, tirar proveito do meio digital e das suas ferramentas para influenciar o consumidor e, claro, vender mais. E já há uma certeza: cada vez mais as compras serão influenciadas pelos meios digitais. Quem ainda vai esperar para atualizar as ferramentas de gestão e se encaixar nessa realidade?

FONTE: CorpTV

Pré-commerce – a próxima tendência do e-commerce?


Eu posso prever que o próximo grande chavão do e-commerce será pré-commerce.


Em termos simples, uma possível definição de pré-commerce é “comprar coisas que ainda não existem”. Em termos “mais adultos”, é um framework para as empresas estabelecerem demanda de mercado barata por uma ideia de novos produtos e adquirirem fluxo de caixa para produzi-lo.

Pré-commerce é a resposta da indústria de varejo para o arranque da metodologia da indústria MVP (Produto Viável Mínimo). No Vale do Silício e seu reino prolongado, o MVP é um método usado por jovens empresários para avaliar as suas ideias de uma forma barata e sem risco.

Um exemplo de como um MVP pode se manifestar são as landing pages fictícias. Um empresário com uma ideia coloca um site de uma única página que descreve um problema e uma solução com um botão “Compre agora!”, que não faz nada quando você clica nele. Se ele recebe um grande número de cliques, então a hipótese é validada (as pessoas querem comprar essa coisa!), e o empresário está em uma posição muito mais segura para investir na construção da solução. É um antídoto eficaz para o cenário de pesadelo de passar meses na construção de algo que ninguém vai querer.

Se o MVP é para o software, então o pré-commerce é para os bens físicos. Eu acredito que o pré-commerce possui aplicações diretas e imediatamente benéficas para o grande consumo, indústrias de eletrônicos, moda e entretenimento, mas ainda está para ser adotado fora do mundo do desenvolvimento indie.

Uma campanha de pré-commerce pode simplesmente ter este formato:

1) Estabelecer a ideia para o consumidor
Isso pode assumir a forma de um site ou um vídeo. Nenhum produto físico ainda foi criado ou, no máximo, um único protótipo físico foi desenvolvido para demonstrar melhor a ideia. Para o pré-commerce fazer sentido, esta etapa deve ser realizada de forma barata.

2) Faça uma oferta para o consumidor
Uma oferta comum é a pré-venda, quando fizermos o primeiro lote.

3) Avaliar a viabilidade de mercado
Se forem feitas vendas o suficiente, mude a ideia em fase de produção com seus novos fundos. Se não há vendas suficientes, a sua proposta não está na demanda, então acabe com a ideia e reembolse o dinheiro de todos.

Ao adotar o pré-commerce, uma empresa pode negociar o risco e o custo por liquidez – ao mesmo tempo em que se torna socialmente mais envolvente. Uma campanha de pré-commerce vai ajudar a validar sua ideia do produto: não há pessoas suficientes realizando transações? Isso provavelmente significa que sua ideia é de baixa qualidade, e você não deve passar para a fase de produção de forma alguma. Assim, você economiza milhões de dólares. O pré-commerce decididamente faz desenvolvimento de produto com mais ciência do que arte.

Com as novas plataformas para o comércio, um jogador sempre se estabelece como o titular. A vantagem competitiva no nível da plataforma é escalar – por exemplo, para os leilões, é o eBay, para os classificados online, já é o Craigsliste, para as compras coletivas, é o Groupon. Para o pré-commerce, é o Kickstarter, no qual projetos que são pouco mais do que uma ideia ou um protótipo com uma boa equipe agora podem levantar milhões de dólares em vendas de pré-commerce. Dito isso, ainda há absolutamente lugar para o pré-commerce executar com sucesso em verticais mais especializadas ou nos canais de marca – afinal, o pré-commerce funciona melhor quando se atinge um público altamente segmentado.

Vamos explorar o que o pré-commerce é e não é.

O pré-commerce não é uma ideia crowd-sourcing
Ao executar uma campanha de pré-commerce, você não está se obrigando a trabalhar continuamente no desenvolvimento de como o produto deve ser. Algumas campanhas são administradas dessa forma, e isso pode ser um incentivo para o consumidor comprar, caso ele sinta que fará parte do processo de desenvolvimento do produto. No entanto, algumas das campanhas de pré-commerce mais bem sucedidas têm acontecido quando uma equipe apresenta uma ideia bem formada, demonstra a capacidade de execução e simplesmente diz: nos informe se esse produto é algo que você deseja.

O pré-commerce não é crowd-funding
As campanhas de pré-commerce devem ter um produto entregável. O consumidor deve receber um benefício tangível para que a campanha seja bem sucedida. Isso é diferente de angariação de fundos para uma causa – as campanhas de pré-commerce serão um sucesso ou um fracasso baseadas simplesmente na demanda do mercado.

As campanhas de pré-commerce não são pré-vendas
No desenvolvimento de jogos de videogame, a pré-venda é uma estratégia comum de vendas no varejo. No entanto, nesse contexto, ela não é uma alavanca para a avaliação da viabilidade do produto e certamente não é utilizada como método para a fabricação de financiamento. Pré-vendas são simplesmente utilizadas pelos varejistas para estabelecer o consumidor fixo e sua lealdade. No momento em que um jogo está pronto para pré-venda, ele também está em desenvolvimento, e o desenvolvedor já passou por uma fase de pesquisa custosa a portas fechadas para estabelecer a demanda do mercado.

As campanhas de pré-commerce não são Grupos de Foco
É possível argumentar que, se o pré-commerce for sobre a criação de demanda, então os Grupos de Foco já servem para esse propósito. O objetivo do pré-commerce é aproveitar o ambiente digital (social, e-commerce) para conduzir um Grupo de Foco aberto, altamente escalável e que pode comprar imediatamente. É uma conversa aberta, e não algo que acontece internamente em reuniões de P&D com dois espelhos bidirecionais.

Pré-commerce é uma transação
Ao contrário de um MVP, o pré-commerce funciona melhor quando há uma transação real. Não adianta clicar em um botão “curtir”. O que realmente importa é um consumidor dizendo: “Eu vou comprar isso agora”, mesmo que o consumidor saiba que há um risco de que o produto não será produzido (caso em que eles obterão o dinheiro de volta) e que a linha de tempo para produzi-lo é incerta.

Pré-commerce é social
As campanhas de pré-commerce são sobre chegar a clientes reais em canais sociais existentes. Trata-se de ouvir os clientes em uma escala maciça, aprendendo o que eles querem e agindo de acordo com os seus feedbacks. É sobre a criação de grupos de consumidores que amam a sua ideia, podem evangelizá-la para seus amigos, os quais também podem gostar da ideia, aumentando ainda mais a viabilidade dela.

Pré-commerce é testar
As empresas precisam estar cientes de que o pré-commerce é um teste. Às vezes, você vai perceber que a sua hipótese estava errada e está tudo bem com isso, especialmente se consumidores reais fazem parte da equação. Se a sua campanha de pré-commerce falhar, você terá economizado custos consideráveis e aprendido mais sobre os seus clientes – o tempo todo tendo uma conversa com eles. Para qualquer empresa, essa é uma vitória líquida.

Eu acredito que o comércio eletrônico chegou a um ponto de inflexão. Nos últimos 10 anos, temos criado lentamente ou melhorado comportamentos de diversos consumidores:

Mais pessoas estão comprando coisas online
A paisagem social significa que há uma maior responsabilidade e, portanto, a segurança do consumidor é maior.
Está mais barato do que nunca para ideias de nicho encontrarem seu público-alvo.

Esses três fatores deram origem ao pré-commerce. Eu acredito que não só o pré-commerce diversificará para além do Kickstarter em setores especializados, mas também que se tornará um comportamento inteiramente normal do consumidor e será aceito como uma forma de comércio para projetos menores de um negócio ou projetos de paixão. Eu acho que nós estamos a aproximadamente 18 meses de distância de ver uma grande adoção de marca de pré-commerce como um meio para a venda de uma nova linha de calçados, diversificando em uma nova categoria de produto eletrônico ou assinaturas de venda para uma série de TV, ainda a ser criada.

FONTE: CorpTV