quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O desafio de formar profissionais talentosos para o meio digital

Autora: Fernanda Bottoni

Tanto o mercado quanto a academia têm uma percepção preocupante: os mais jovens profissionais do mercado digital brasileiro são superficiais e um tanto despreparados para a vida real. Existem exceções, obviamente, mas a maior parte dá muita importância a modismos, não se atém a conceitos e raramente tenta se aprofundar em qualquer tema. O resultado é que essa geração desconhece as principais referências de sua área e não tem repertório suficiente para sustentar qualquer argumentação, seja internamente ou, o que é mais perigoso, na frente do cliente. No entanto, por trás do discurso, surge sempre uma questão. De que geração, afinal, nós estamos falando?

Vamos lá, mesmo que você tenha mais de trinta e poucos anos - ou quarenta ou mais, o que já não faz tanta diferença -, com algum esforço poderá se lembrar do que seus primeiros chefes - ou até seus professores - falavam sobre você. Agora, por favor, diga com toda sinceridade se essas características do início do texto são mazelas apenas dos jovens que chegam agora ao mercado de trabalho.

"É fácil dizer que os jovens de hoje não querem se aprofundar, mas acho que, quando eu era estagiário, diziam a mesma coisa, a diferença é que não havia tanto para aprender o tempo todo", confessa Paulo Loeb, sócio da F. biz e autor do artigo Não sabem o básico do básico, publicado no site ProXXIma e viralizado nas redes sociais. "Esse mesmo despreparo deve ter sido sentido como quando surgiu a TV como um avanço do rádio, ou quando as fábricas começaram a adotar máquinas de automação em comparação a tradicional manufatura artesanal", acredita Paulo Schiavon, diretor de mídia e business intelligence da iProspect.

"Textos já anunciavam que a juventude estava perdida dois mil anos antes de Cristo", lembra Luiz Fernando Dabul Garcia, diretor-geral da graduação da ESPM-SP, para quem tachar toda a nova geração de superficial, para não dizer coisa pior, seria uma grande ingenuidade. "É ir "fundo no raso", exatamente o erro que apontamos nesses jovens."

Geração wi-fi
Claro que essa geração antenada em tudo (muitas vezes sem um fio de profundidade) tem características bem específicas. Como define Elizabeth Saad Corrêa, professora titular da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, estamos falando de jovens contemporâneos que nasceram no ambiente digital, têm perfil multitarefa, multiplataforma e multitemático. "Eles realmente chegam ao mercado com um conhecimento que apenas "paira" sobre os grandes temas e os ditos "memes" e modismos" diz. Para eles, detalhes e aprofundamentos não são o foco. "É um comportamento muito típico desta geração, que se apoia muito na informação disponível na própria rede, sem filtrar muito. Na dúvida, dê um Google…", explica.

Tentando não generalizar, mas pegando alguns traços mais comuns, Garcia, da ESPM-SP, explica que os jovens que têm hoje entre 20 e 30 anos receberam uma educação em que a autonomia não foi reforçada. "Eles encontraram sistemas de educação seriados e programados, em que não era preciso se preocupar porque sempre havia alguém que se preocupasse por eles", diz. "É a geração a quem tudo foi explicado."

Claro também que essas características são ainda mais intensificadas quando tratamos dos jovens do mercado digital, que se transforma a todo mundo momento e também tem seus atributos específicos. "O digital é tão veloz que, em alguns momentos, é possível ter a sensação de que não adianta aprofundar muita coisa porque logo tudo muda novamente", diz Garcia. "Não estou tentando justificar a superficialidade, mas são tantas as ondas que vêm e vão que é preciso pular algumas, pelo menos aquelas que passam sem alterar o patamar em que estamos."

"Nossa indústria é muito nova", concorda Loeb, que compara os jovens que entram no mercado digital aos que vão para o mercado financeiro. "Os conceitos do mercado financeiro são relativamente bem estabelecidos", afirma. "Se esse jovem fizer uma boa faculdade, tiver bons professores, tem condições de entender o contexto pelas informações que recebeu." Já no mercado digital a situação é bem diferente... "Aqui, tudo é mais fluido, o que é legal não é necessariamente importante, tudo é muito novo e as pessoas confundem plataformas com conceitos", explica.

E, mais uma obviedade, se estamos falando do mercado mais mutante entre os mutantes, é claro também que não existe uma formação adequada para seus profissionais. "O mundo digital anda muito mais rápido - muito mais mesmo - que a estrutura curricular dos cursos de graduação, que depende do MEC, burocracias, autorizações etc", diz Beth, da ECA-USP. "Além disso, mesmo encontrando brechas nesse sistema engessado, é preciso ter um corpo docente muito atualizado, antenado e, especialmente, que entenda que ensino no contexto digital exige uma ponte contínua, fluida e aberta entre academia e mercado."

Consequentemente, como destaca Adriana Gomes, coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM-SP, o que o jovem do mercado digital sabe muitas vezes ele aprendeu na raça, sem ter visão global e sistêmica do negócio. Já pensou o que seria deles se não soubessem "dar um Google"?

Pois é... E há ainda que se considerar a super expectativa que todo o mercado joga sobre esses "juniores". Por acaso você - que já tem aqueles trinta e poucos anos - tinha voz ativa nas reuniões com clientes quando era só um estagiário? Segundo Garcia, parte da população mais adulta está confiando que o jovem vai chegar para ensinar a trabalhar no universo digital. "Afinal de contas, ele nasceu lá", diz, brincando.

E, para completar, existe a enorme carência de profissionais nesse mercado, o que acelera suas carreiras, estejam eles preparados ou não para isso. Se até pouco tempo um jovem profissional tinha 10 anos para amadurecer, hoje, quantos anos ele tem? Dois? No máximo, né? "Não podemos simplesmente "crucificar" os jovens porque certas funções do segmento exigem maturidade pelo nível de complexidade que só é alcançado quando temos certo tempo de atuação", reforça Schiavon, da iProspect.

Antes que seja tarde
Pois bem, a boa nova é que, mesmo todos esses fatores entrelaçados - os atributos típicos da geração wi-fi, a característica mutante do mercado digital, a falta de formação adequada desses profissionais e a necessidade de aceleração das suas carreiras (ufa!) - tanto o mercado quanto a academia conseguem apontar caminhos para reverter o lado ruim da situação.

Do lado das empresas, Garcia, da ESPM, acredita que seja preciso realizar processos de recursos humanos e possivelmente escalonar mais o crescimento desses jovens. "As empresas e agências não podem achar que os recém-formados estão prontos para enfrentar o mercado sem nenhuma orientação", concorda Fernanda Brunsizian, gerente sênior de comunicação corporativa do LinkedIn Brasil. "É preciso um programa de desenvolvimento profissional, um bom gestor capaz de maximizar essa energia produtiva e colocá-la no contexto adequado, mostrando ao jovem à razão final de cada projeto."

Para as escolas, a recomendação de Schiavon, da iProspect, é de incentivar o empreendedorismo, o livre pensamento e a pesquisa. "Há o despreparo, mas há também a oportunidade de autodesenvolvimento, que precisa ser muito mais incentivada nos bancos escolares", diz. Já para os jovens, Loeb alerta: "Há muita gente ligada no que acontece, que sabe de campanhas que estão no ar e que são legais, mas que, na hora de discutir conceitos e viabilidade de ações, desconhece coisas que aconteceram, referências, métricas, tudo o que deveria fazer parte do seu repertório". Ele diz que espertas são as poucas pessoas que se informam adequadamente enquanto a grande maioria não está nem aí. "É mais um toque do que uma crítica", garante. "É preciso saber o que as pessoas que são referências no nosso mercado dizem e fazem, é preciso conhecer os maiores cases, é preciso dominar as siglas de investimento de mídia que sempre são discutidas. Quem é curioso e esperto vai atrás disso e se dá bem."


Para completar, a recomendação de Beth, da ECA-USP, também é clara. "Os que realmente querem entrar no mercado profissional de maneira séria precisam entender que hoje o autodesenvolvimento é ponto fundamental para suas carreiras”.

FONTE: CorpTV

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Dez dicas para tornar o atendimento um diferencial competitivo

Autor: Rodrigo Zimerman

A guerra de preços do comércio eletrônico levou as lojas a buscarem eficiência operacional a qualquer custo. Os investimentos são reduzidos, as equipes são enxutas, a logística vira uma incerteza e os fornecedores tornam-se vilões. Neste cenário, poucas estão conseguindo equilibrar seus resultados e muitas lojas estão no limite, trabalhando sem margem (de lucro?) e ainda perdendo clientes. A perspectiva para elas é desastrosa, pois a guerra de preços não tem fim.

Do outro lado do mundo o exemplo da Zappos chama atenção: a loja não mede esforços nem investimentos para encantar o cliente e cresceu estratosfericamente nos últimos anos. Mas não precisamos ir tão longe para constatar a força de um bom atendimento. No Brasil algumas lojas estão saindo ilesas da guerra de preços. Outras nem entraram. Estas empresas entendem que a loja é virtual, mas enxergam um cliente real.

Como fazem? Selecionamos 10 práticas de atendimento em comércio eletrônico que diminuem a sensibilidade do consumidor sobre o preço. Faça um paralelo entre como sua loja funciona hoje e como poderia funcionar com as propostas abaixo:

#1. Equilibre os investimentos entre atração e recepção
Não adianta gastar todo budget na atração dos consumidores para o site e recepcioná-los mal. Invista mais tempo para aumentar a conversão de quem chega à loja do que em trazer mais e mais visitantes com baixa conversão. Quando a conversão aumentar, volte a levar mais pessoas para a loja. Este ciclo de crescimento é mais consistente e você orienta a evolução aos resultados.

#2. Exponha seus canais de atendimento
As pessoas que compram não são necessariamente as que consomem os canais de atendimento da sua loja, mas ao mostrar que você está acessível durante a compra, e assim continuará durante toda a experiência, gera o sentimento de segurança que influencia diretamente a decisão do consumidor . Por isso, deixe sempre os canais de atendimento expostos e fale abertamente que você estará lá sempre que o cliente precisar.

#3. Reforce o contato nos momentos mais críticos
A facilidade para acessar o atendimento pode ser determinante nos momentos decisivos da navegação, como a hora de inserir o cartão de crédito. Identifique em quais momentos o seu cliente mais abandona carrinhos e se coloque à disposição para ajudá-lo. O chat pode fazer uma abordagem ativa perguntando se o cliente necessita de ajuda, o que aumenta ainda mais a chance do mesmo efetivar a compra.

#4. Escolha os canais apropriados ao seu público
A sua loja é eletrônica e o cliente escolheu comprar seus produtos por este meio. Se ele precisar entrar em contato, provavelmente vai optar pelo canal eletrônico. Por isso , atendimento pessoal, endereço para carta e atendimento telefônico só devem ser usados em casos extremos. Os canais de atendimento online – como chat, e-mail e redes sociais – são os mais adequados.

#5. Use os feedbacks do cliente para evoluir
O momento de contato com o cliente deve ser explorado ao máximo. Se ele solicitou atendimento antes de comprar, trate suas dúvidas e registre-as para verificar se não há oportunidade de melhora na navegação. Se o contato foi após a compra entenda onde seu processo de pós-venda pode melhorar para fidelizar este cliente. Quanto maisusar essas informações para direcionar a evolução do seu negócio, mais os clientes serão fidelizados e menos precisarão entrar em contato.

#6. Automatize os atendimentos de assuntos mais comuns
Existem ferramentas com inteligência semântica que conseguem atender bem os clientes a qualquer hora do dia. Desde que seu problema ou dúvida sejam resolvidos, o consumidor tem se mostrado muito aberto a este tipo de atendimento. O custo por um assistente virtual chega a ser 97% menor do que o atendimento humano.

#7. Esteja preparado para a sazonalidade
O modelo de software como serviço democratizou o acesso a tecnologias que eram restritas aos gigantes. Busque ferramentas que não demandem grandes investimentos iniciais e que o modelo de comercialização seja on demand. Este formato suporta a sazonalidade da demanda e permite que o investimento seja proporcional ao tamanho da loja.

#8. Atenda bem o seu cliente!
Oferecer um canal de atendimento gera expectativa no consumidor. Muitas lojas investem em canais, mas estes não estão disponíveis nos horários de maior acesso. Outra queixa constante é que o atendente não tem autonomia para resolver nenhum tipo de problema e só repete o que está no site. Quanto isso acontece o resultado é o inverso com o consumidor ainda mais insatisfeito. Por isso, atenda o seu cliente enquanto ele estiver no site , crie processos que delegue autonomia para seus representantes e capacite ao máximo sua equipe de atendimento.

#9. Trate o cliente igualmente antes e depois da compra
Se você quer fidelizar um cliente que já comprou, dê a mesma atenção que ele recebeu antes da compra. Nas etapas de devolução e troca do produto, esteja sempre presente, aproveite para encantar este cliente. Ofereça os mesmos canais de atendimento e pense que um eventual prejuízo nesta compra pode não representar o retorno do cliente e uma propaganda positiva da sua empresa.

#10. Meça os resultados
Estas práticas propõem orientações diferentes e investimentos para a maior parte das lojas virtuais. Por isso, meça. Eleja indicadores que reflitam o desempenho da sua loja e acompanhe a evolução deles a cada passo dado . O objetivo destas práticas é ajudar a empresa a sair do ciclo de sobrevivência e entrar no ciclo de prosperidade.


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FONTE: 

As agências estão mesmo fazendo um bom trabalho nas redes sociais?

Autor: Bruno Chagas

Ao mesmo tempo em que se martela aquele discurso batido do poder da mídia social, as agências estão se comportando de forma bastante errática. Se rendem mais a uma superficialidade calcada em chamar atenção com uma maquiagem de postura descolada do que realmente entregar um trabalho de qualidade e relevante.

A verdadeira relevância, aqui, seria a criação de uma atuação de acordo com os conceitos de construção de reputação, relacionamento e, principalmente, atração e retenção negócios. Ou seja: com um objetivo de retorno muito além do proporcionado por um “curte ou compartilha” totalmente fora de contexto. Não é errado de modo algum trabalhar uma comunicação mais descontraída e por vezes espontânea nas redes sociais, mas a função fundamental desta é atender a um propósito mais sólido, com foco em um retorno específico. Senão é perda de tempo.

Digo isso porque vejo muitas destas empresas tratando Twitter, Facebook e afins como se fossem palcos para copiar o programa Pânico na TV ou um stand up do Rafinha Bastos. São gratuítas, metidas a engraçadinhas e estão levando a gestão de perfis corporativos como se fossem as páginas de um grupo do fundão. A não ser que haja por traz disso uma grande causa oculta muito além da compreensão de meros mortais, algo está errado. E isso vale tanto para os trabalhos que são entregues para os clientes quanto para a própria comunicação institucional.

No caso da fan page de uma agência no Facebook, por exemplo, qual seria o objetivo de estar lá? Há alguns itens básicos: Estabelecer presença, se posicionar como referência no segmento e, principalmente, validar e fortalecer fatores que vão colaborar para vender. Como alguém que acompanha o mercado digital, meu objetivo é exatamente o de ver esta qualidade quando clico no botão "Curtir". Ou, no mínimo, uma boa curadoria, algo que me diga “esta agência é boa”. Se quisesse ver imagens com piadas bobas ou de duplo sentido eu curtiria "Humor no Face", não é mesmo? Não vou indicar ou contratar uma agência que não sabe gerir a própria página de forma coerente.

Um exemplo prático foi um post desnecessário no Facebook da agência Black, que no Dia do Ginecologista colocou uma imagem referente à data com a mensagem “sabemos que são estritamente profissionais, mas mesmo assim nós invejamos vocês”. Obviamente gerou polêmica. Muitas pessoas se sentiram ofendidas e o conteúdo causou um buzz muito negativo.

Além da derrapada, a Black postou um comunicado em que cita uma falha no entendimento do "receptor" da mensagem, defende o post problemático e não esboça nenhum pedido desculpas pelo fracasso em se expressar. O que a piada agregou de valor positivo para a agência? Mais do que isso, por que eu contrataria uma empresa que não consegue cumprir sua função mais básica, de gerar uma comunicação eficiente e ainda por cima não realiza uma gestão de crise satisfatória? Minha impressão foi que os responsáveis não têm estratégia própria para a plataforma e não geram conteúdo com um objetivo consistente, só seguem a manada.

Outro caso negativo, apesar de não ser apenas digital, é uma ação da agência Africa (uma supra-sumo do mercado) para a seleção de um estagiário. A proposta do processo, que foi adiado devido à má repercussão, é promover show de calouros ao estilo do programa "Ídolos" em que, em vez de mostrar sua competência ou talento profissional, os candidatos teriam que “dançar, sapatear” ou fazer o que quisessem na frente de jurados como Sabrina Sato e Ceará do Pânico, pelo privilégio de ficar UM MÊS inteirinho na empresa. Um circo em um mercado já problemático e com profissionais desvalorizados.

A diferença entre um conteúdo que faz parte da estratégia da marca e algo que não foi fruto de um planejamento mais profundo é clara. Um bom exemplo é a gestão nas redes sociais do Ponto Frio, que mantém postagens bem descontraídas e focadas em um relacionamento mais informal com os fãs ao mesmo tempo que tem como grande objetivo fidelizar clientes e gerar vendas. Eles usam as brincadeiras e buscam diálogo com seguidores e fans a partir de um foco claro e bem executado. Por isso tem sucesso e ser tornou um case de referência positiva.


Explorar a fundo cada um desses exemplos dá muito pano para manga. Mas o ponto principal é que uma boa parte dos principais responsáveis por demonstrar a real importância da era digital para as marcas e nivelar a comunicação na mídia social por cima, com conteúdo de qualidade, estão nivelando por baixo, sendo gratuitos e, às vezes, até apelativos. Empresas e "especialistas" em comunicação e estratégias de marketing têm a obrigação de usar o “megafone social” (as redes) com bom senso e consciência. A exposição é valiosa demais para se resumir a fotos de gatinhos comemorando a chegada da sexta-feira, que é bonitinho, mas desperdício de investimento e tempo. Ou isso é o melhor que as equipes criativas podem fazer?

FONTE: CorpTV

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O que é B2B, B2C, C2C e o que isso tem a ver com mídias sociais?


De forma simples, B2B, B2C e C2C são nomenclaturas para definir se o tipo de comércio de uma empresa. Em tradução livre podemos considerar o seguinte: B2B (business to business) empresa para empresa; B2C (business to consumer) empresa para consumidor e C2C (consumer to consumer) consumidor para consumidor.

Vamos ver as aplicações e exemplos de redes e mídias sociais que utilizam esses conceitos de comércio e entender um pouco melhor como funciona na prática.

B2B nas mídias sociais:
Existem algumas redes sociais focadas em B2B, mas as empresas podem utilizar ferramentas “tradicionais” da web como o Twitter ou um blog com a estratégia B2B.

Mídias Sociais desse grupo tendem a ser voltadas ao relacionamento entre as empresas com o objetivo de abrir espaço para novas parcerias, novos fornecedores, etc.

Atualmente no Brasil temos um grande exemplo de rede social b2b, o Empreendemia. Uma rede social de “troca de cartões de visita” focada na procura de fornecedores e empresas em segmentos específicos.

B2C nas mídias sociais:
A estratégia mais comum de b2c é o uso de mídias sociais como blogs ou algumas outras com o objetivo de relacionamento com o consumidor final.

Estão crescendo o número de blogs corporativos e cada vez há melhores exemplos do uso desta estratégia disponíveis no mercado.

Já trouxemos aqui através de uma análise de case o blog Pensando Grande, da Microsoft Brasil, um bom exemplo do uso desta mídia social para b2c. Você pode conferir este texto através do link: (Como fazer um blog corporativo?)

Você também pode ver mais informações sobre blogs corporativos através desta tag: blogs corporativos

C2C nas mídias sociais:

O uso das mídias e redes sociais para o c2c pode se dar através de várias formas. O melhor exemplo para ilustrar uma mídia social que utiliza está estratégia podemos lembrar-nos dos sites de leilões, como Mercado Livre e Ebay, onde os usuários são vendedores e compradores ao mesmo tempo e a empresa participa apenas no processo de ajudar/facilitar e intermediar as transações.

FONTE: CorpTV

Evolução tecnológica e Transformação digital

Autor: Cezar Taurion

Com a rápida evolução tecnológica, a convergência de quatro ondas – Mobilidade, Plataformas Sociais, Big Data e Cloud Computing – e a Internet das Coisas, estamos vivenciando um processo de transformação digital em praticamente todos os setores de negócio. O mundo está cada vez mais inter-relacionado e complexo, as crises econômicas estão mais impactantes, e as demandas cada vez mais exigentes do mercado criam enorme pressão nas empresas. O ambiente de negócios está acelerado e volátil. A tecnologia já é amplamente usada há décadas, mas de maneira geral – na maioria das empresas – voltada para dentro, concentrada nas melhorias de eficiência e produtividade.

A Internet, a mobilidade e as plataformas sociais estão mudando este cenário. Manter vantagem competitiva significa, muitas vezes, ter que se reinventar e em velocidades cada vez maiores. As tradicionais práticas de testar um novo serviço ou produto, em um local restrito e específico, já se mostram inviáveis, já que, devido às tecnologias de mobilidade e plataformas sociais, se disseminam em minutos, sendo praticamente impossível manter segredo destes testes. Este cenário obriga as empresas a serem cada vez mais transparentes e se voltarem para fora, criando novas proposições de valor e novas experiências para seus clientes, muitas vezes transformando seus próprios modelos operacionais e de negócio. É o que podemos chamar de transformação digital.

O eixo do poder sai das empresas e vai para o cliente, que agora tem acesso a todas as informações sobre o produto, consulta ofertas de preço da concorrência em tempo real e decide, na maioria das vezes, influenciado pelo seu círculo de relacionamentos – acessado instantaneamente nas plataformas sociais -, o que leva a marca a perder bastante da sua força. A mobilidade permite que o cliente esteja conectado todo o tempo, e dentro dessa realidade surge o fenômeno dos phubbings, união entre as palavras phone e snubbing (esnobar em inglês), que resume o comportamento daqueles que não conseguem mais se desgrudar dos seus aparelhos, chegando a ignorar quem está do seu lado. Essa é uma cena cada vez mais comum na vida social das pessoas, como em um almoço entre amigos no qual todos estão ligados nos seus smartphones e responder ao Whatsapp é mais urgente que a conversa à mesa…

Na verdade, a mobilidade eliminou os limites de tempo e espaço, uma vez que você está sempre conectado e interagindo com outras pessoas em qualquer momento e em qualquer lugar. As plataformas sociais são hoje o principal meio de comunicação – ultrapassando os emails -, e com a geração digital assumindo seu lugar nas empresas, a aceleração deste processo vai se acentuar.

O uso de algoritmos sofisticados que analisam imensos e variados volumes de dados coletados pela empresas em seus sistemas, mídias sociais e outros meios, permite correlacionar fatos antes totalmente ignorados. Com eles é possível identificar prováveis tendências até mesmo na moda. Mas como criar uma transformação digital em uma empresa? Um caminho seria pensar em mudanças em dois eixos: um que redesenhe a proposição de valor para os clientes e outro que redesenhe o próprio modelo de operação da empresa.

O ritmo e intensidade das mudanças vão depender de vários fatores como: objetivos estratégicos, contexto da própria indústria, pressão competitiva e nível de expectativas dos clientes. Nas indústrias com produto físico, a estratégia digital provavelmente começará pelo redesenho das operações, com uso mais intenso da digitalização. Já em indústrias nas quais as expectativas de experiência do usuário tem mais peso, redesenhar as proposições de valor para os clientes torna-se mais prioritário. Dois exemplos muito interessantes nesta linha (que podem ser vistos no link de indicações de leitura) são da Lego e da Tesco, rede varejista inglesa que usa intensamente apps para criar novas experiências de uso para seus clientes.

A transformação digital não é apenas adotar novas tecnologias, mas criar um novo modelo de operação e interação com clientes. Não é um processo instantâneo, mas uma evolução gradual e contínua, porém rápida e que vem para quebrar alguns paradigmas, como criar uma empresa mais aberta – pois ainda existem empresas que impedem seus funcionários de usarem plataformas sociais -, mais integrada ao ecossistema de parcerias colaborativas (sair do conceito fechado do “tem que ser inventado aqui”) e aberta a mudar seus prórios modelos de negócio, que deram certo até hoje, mas que já dão sinais que deixarão de ser garantia de um futuro promissor. Este cenário não é futurista ou fora do contexto brasileiro. Uma pesquisa recente efetuada pela Fesa (consultoria de recrutamento de altos executivos) com 100 CEOs de grandes empresas com sede aqui no Brasil identificou que 32% deles disseram que o principal elemento de inovação nas suas empresas serão as novas tecnologias.

O grande desafio é identificar e inserir novas tecnologias que façam sentido na operação do negócio. O reposicionamento do setor de TI, que de operacional passa a ser “core” do negócio é o primeiro passo. Paradigmas consolidados há décadas, como manter sistemas commoditizados on-premise e operando internamente, deverão dar lugar ao modelo de cloud. Mobilidade, Big Data e Plataformas Sociais deverão fazer parte do dia a dia da TI corporativa. Servidores, sistemas operacionais e gestão de dispositivos são atividades commoditizadas que nada agregam ao negócio e apenas consomem tempo e energia. Então, me pergunto qual a razão para mantê-los dentro de casa?

Depois é fazer acontecer a estratégia digital, com objetivos claramente identificados. Onde queremos estar daqui a cinco anos? E como estaremos se nada fizermos? O desafio é que a competição não necessariamente virá do mesmo setor de indústria, muitas vezes vem de fora e pode jogar uma empresa consolidada para fora do negócio, por isso, olhar para melhores práticas de outras indústrias deve ser adotado. Por que o modelo self-service das empresas aéreas não pode ser adotado pelas locadoras de veículos? Ou o modelo de Internet banking pelas construtoras de imóveis? Acredito que os limites de cada setor começam a se inovar e cada vez mais os negócios serão “cross-industry”. Um exemplo, veículos conectados e a indústria de seguros com um plano individual, adaptado ao uso e perfil de direção de cada cliente, monitorado em tempo real.

Exemplos disruptivos existem aos montes, como a Netflix tirando a Blockbuster do mercado, a Apple redefinindo toda a cadeia de valor da indústria da musica (drasticamente diminuindo o valor de mercado das gravadoras) e a Amazon transformando a indústria livreira. Os negócios tradicionais tendem a serem conservadores, não inovando por temerem a canibalização de seus, até então, lucrativos negócios. O iPhone revolucionou a indústria de celulares e não surgiu das empresas líderes no setor. O Interessante é que ele, no inicio, foi desconsiderado pelos fabricantes tradicionais e visto como um celular estranho e não como o que ele realmente é: um computador de bolso, que entre as dezenas de funções também tem um celular embutido, e que criou todo um novo mercado de smartphones e de apps. O tablet não veio dos fabricantes líderes de desktops. O Skype e o Whatsapp não surgiram das empresas de telco e a Zipcar não nasceu das ideias dos executivos das locadoras de automóveis…


Olhando para frente, por que o varejo não pode adotar impressoras 3D para vendas customizadas? Lembram-se das antigas lojas que mantinham copiadoras e vendiam este serviço? Por que não os varejistas criarem “serviços de cópias 3D” para produtos exclusivos “on demand”? Pensem nisso!

FONTE: CorpTV

7 fortes tendências novas do mercado móvel no Brasil


Para ajudar marcas a se conectar ao mercado móvel brasileiro, um mercado que não para de crescer, identificamos as principais áreas que podem fazer a diferença no planejamento de uma campanha.

No. 1 – O Brasil é líder na América Latina na adoção de dispositivos móveis por volume
Embora o México registre uma taxa maior de adoção de smartphones e usuários de tablets entre seus internautas, o Brasil é líder do mercado móvel na América Latina nas estatísticas gerais. Veja, abaixo, a razão:

- As vendas de smartphones no Brasil cresceram 118% em 2013 e devem crescer 61% em 2014.

- As vendas de telefones celulares comuns devem cair 44% em 2014,

- Em 2013, os smartphones representaram 53% dos celulares vendidos no país, mas, em 2014, os smartphones responderão por 71% dos celulares vendidos no Brasil.

- As vendas de tablets no Brasil aumentaram 119% em 2013 e alcançaram quase oito milhões de unidades. Em 2014, cerca de 11 milhões de tablets serão vendidos no país.

- Juntos, os smartphones e tablets vendidos no Brasil em 2014 representarão 83% de todos os dispositivos monitorados pela IDC, empresa líder mundial em inteligência de mercado.

- No geral, o Brasil é quarto maior mercado mundial de vendas de smartphones e um dos 10 maiores mercados de tablet do mundo.

No. 2 – Mais de 40 milhões de brasileiros usam internet móvel
É óbvio que, para os anunciantes, a ampla adoção de dispositivos móveis não ajuda muito se os compradores de smartphones ou tablets no Brasil não usarem seus aparelhos para acessar a internet. No entanto, de acordo com a empresa F/Nazca Saatchi & Saatchi, 43 milhões de brasileiros conectam-se à internet por dispositivos móveis – em comparação, o IBOPE indicou um total global de 102 milhões de internautas no Brasil. Os resultados da F/Nazca não parecem ser isolados: em dezembro de 2013, a Associação Brasileira de Telecomunicações informou que o uso da internet em dispositivos móveis no Brasil aumentou 438% desde 2010.

Entre outros dados importantes da pesquisa da F/Nazca, podemos citar os seguintes:

- 48% dos usuários de internet móvel no Brasil são das classes AB e 46% pertencem à classe C.

- 68% dos usuários de internet móvel no Brasil têm entre 16 e 34 anos e 11%, entre 35 e 44 anos.

- 54% dos usuários de internet móvel no Brasil são homens e 46%, mulheres.

- 63% dos usuários de internet móvel no Brasil usam um plano de dados pré-pago, 18% assinam um plano de dados pós-pago e 19% não têm plano de dados.

No. 3 – O WhatsApp é o aplicativo mais popular no Brasil
Um estudo conduzido no final de 2013 pela Qualcomm revelou que os brasileiros classificaram o WhatsApp como seu aplicativo favorito, enquanto o WeChat ocupou a segunda posição e o Facebook Messenger (que já foi o aplicativo mais popular do Brasil) ficou em terceiro lugar. Outro estudo realizado pela OnDevice indicou que o WhatsApp estava presente em 72% dos smartphones no Brasil e o Facebook Messenger ocupava um distante segundo lugar, com 49% de penetração.

Em termos de aplicativos estritamente sociais, a Android Brasil informou que o Facebook ficou em primeiro lugar no Brasil em novembro de 2013, seguido pelo Twitter, Google, Orkut, Tumblr e LinkedIn.

No. 4 – Mais de 8 em cada 10 proprietários de smartphones no Brasil usam seus telefones para jogar
Um estudo da empresa de pesquisa Newzoo aponta que o Brasil tem um total de 48,3 milhões de gamers, 53% dos quais afirmam usar seus smartphones para jogar. Isso significa que há mais de 25 milhões de brasileiros que jogam em smartphones. Considerando que existem cerca de 30 milhões de usuários de smartphones no Brasil, isso significa que 85% deles usam seus aparelhos para jogar. O estudo da Newzoo constatou, também, que jogos sociais ou casuais são a plataforma mais popular para os jogadores brasileiros, seguido por TV/console e PCs.

No. 5 – Os aplicativos de jogos são o tipo mais popular de aplicativo entre proprietários de smartphones no Brasil
Um estudo da Mobile Marketing Association perguntou a proprietários de smartphones brasileiros como eles acessavam diferentes tipos de conteúdo, como jogos, redes sociais e música. As opções incluíam aplicativos, redes móveis ou ambos. Quarenta por cento dos proprietários de smartphones brasileiros relataram que acessavam jogos por meio de aplicativos e apenas 11% usavam navegadores móveis. Os proprietários de smartphones no Brasil também pareciam preferir usar aplicativos para acessar redes sociais, e-mail e músicas. Os navegadores móveis eram mais populares que os aplicativos para o acesso a notícias, sites e serviços de comparação de preços.

Estudos realizados em outros mercados comprovam que anúncios dentro de aplicativos são eficazes e, portanto, esses números sugerem que essa tática poderia funcionar bem no Brasil se aplicada a jogos e redes sociais.

No. 6 – A Classe C responde por 35% dos proprietários de smartphones no Brasil
Com uma população de mais de 100 milhões e um consumo que deve superar o das classes A e B em 2015, a classe C continuará a dominar os planos de marketing no Brasil. E o mercado móvel, especialmente smartphones, deve ser visto como outra ferramenta fundamental para alcançá-la. As empresas Nielsen e Mobile Marketing Association fizeram um estudo com usuários de smartphones no Brasil e descobriram que 35% são da classe C, contra 49% da classe B, 12% da classe A e 4% das classes D e E. O estudo também revelou outros dados relevantes que podem influenciar campanhas móveis:

- Os tipos mais populares de aplicativos entre usuários de smartphones no Brasil são os de redes sociais (usados por 77%).

- Outros tipos populares de aplicativos incluem e-mail (75%), notícias (57%), música (45%) e vídeo (43%).

- Mais da metade dos usuários de smartphones brasileiros afirma usar seus dispositivos para comparar preços enquanto procuram produtos em lojas.

- 22% dos usuários de smartphones no Brasil dizem ter visitado um ponto físico de uma loja após ver um anúncio relacionado a ela em seus dispositivos.

No. 7 – O Android continua a ser o sistema operacional para smartphones mais usado no Brasil

No final de 2013, a Kantar Worldpanel informou que, entre janeiro e agosto de 2013, 77% dos smartphones vendidos no Brasil tinham o sistema operacional Android. Outro estudo do site GuiaLocal.com mostrou uma predominância menor do Android no Brasil: 63% dos smartphones usam esse sistema operacional, enquanto 28% rodam iOS, 4% vêm com Windows e apenas 0,19% utilizam Blackberry. Dito isso, esses resultados são coerentes com outros estudos que mostram a vantagem do Android, o que sugere que a segmentação de campanhas por sistema operacional deve ser ponderada de forma correspondente.

FONTE: CorpTV

Por que empresas precisam investir em marketing de conteúdo?

Autor: Ricardo Almeida

A dinâmica de investimentos em marketing costuma seguir uma linha simples – quase simplória – de raciocínio:

1. Primeiro, hábitos de consumo de informação das pessoas são mudados por fatores culturais ou situacionais e elas passam a “adotar” novos meios de comunicação (como redes sociais, por exemplo);

2. Em seguida, quando uma massa substancial de usuários já está trafegando intimamente por um novo meio, algumas empresas “arriscam-se” a testá-lo em seu mix de comunicação

3. Quando casos de sucesso finalmente saem dos guetos, comprovando a eficácia de um “novo” meio de comunicação, números maiores de empresas acabam se entregando a ele e ajustando todo o seu mix de marketing

O mercado de redes sociais está nesse terceiro passo: são relativamente poucas as empresas que, hoje, não consideram como importante ter presença nas redes.

Mas essa “consciência coletiva”, por assim dizer, não significa que todas saibam exatamente porque devem investir, mas simplesmente que deixaram de questionar, ao menos publicamente, a importância desse investimento.

No entanto, quando se pergunta para muitos dos executivos porque criar e cultivar uma página no Facebook ou manter um blog corporativo com alto volume de atualização semanal, a maioria ainda não tem a resposta na ponta da língua.

E por que, então, se deve investir em conteúdo na Web?

O ROI do marketing de conteúdo é tão alto que fica difícil isolar uma única resposta. As principais, no entanto, são já comprovadas por diversos estudos e casos de sucesso nos mais diversos mercados, servindo como uma base de argumentação praticamente inquestionável. Vamos a elas:

Prove quem você se diz ser
Hoje, a grande maioria das marcas busca se vincular a algum conceito que identifique os seus valores e as suas crenças. A Coca-Cola, por exemplo, busca ser vista como sinônimo de “felicidade”. Mas uma coisa é uma empresa de “autodefinir” – outra é o seu consumidor acreditar nessa definição e se identificar com ela, criando um elo emocional traduzido por aumento de ticket de consumo e fidelidade.

Conceitos de marca não são produzidos da noite para o dia: tal qual promessas, elas precisam ser comprovadas por ações. E é aí que entra o marketing de conteúdo: a Coca-Cola mantem uma página no Facebook com cerca de 80 milhões de fãs onde ela fala diariamente sobre “felicidade”, inspira pessoas, divulga ações como a Coca-Cola FM e assim por diante. Centenas de milhares de usuários se identificam diariamente com a marca, curtindo, compartilhando ou comentando cada um de seus posts. Some isso ao mix já existente de mídia em meios tradicionais e se consegue uma receita simples, complementando a propaganda (em que marcas se auto-definem) com engajamento social (onde usuários comprovam entender, concordar e propagar essa definição).

SEO
Quando se dissemina a marca por diversas redes e se produz conteúdo em alta escala, consegue-se um resultado praticamente matemático: estar mais presente nos resultados de buscas orgânicas feitas por usuários. Quando se aparece em mais resultados no Google, consegue-se mais acessos ao site; e, com mais acessos, maiores são as chances de conversão prática, de venda.

E isso não é uma vantagem apenas para sites de e-commerce: afinal, a Web pode funcionar como ponto de tomada de decisão sem, necessariamente, ser o ponto de fechamento de negócios.

Quer um exemplo prático? A construtora Tecnisa tem presença hoje em um blog e em redes como Facebook, Twitter, Pinterest. Google +, Youtube, FourSquare, SlideShare, FlickR e LinedIn, dentre outras. O resultado desse volume de conteúdo em tantos locais distintos (e simultâneos) é matemático: em 2013, 40% de suas vendas foram originadas a partir da Web, incluindo mais de R$ 20 milhões a partir do Facebook.

Sinceridade vale mais do que propaganda
A frase pode até ser considerada batida, mas ela (ainda) é muito verdadeira. Em quem, afinal, você confiaria mais? Em alguém se auto-elogiando ou em um terceiro confiável fazendo uma recomendação direta desse mesmo alguém? Um levantamento feito pela Demand Metric ajuda a responder a essa pergunta: 90% dos usuários de Internet ouvem recomendações compartilhadas por amigos – enquanto 86% das pessoas “pulam” comerciais tradicionais de TV.

Conteúdo é a alma de uma marca
Em mercados supercompetitivos, a empatia de um usuário é fundamental na decisão de compra. A não ser que se esteja falando de uma commodity, em que o elemento decisor é essencialmente preço, o conteúdo ajuda a aproximar os valores dos usuários à marca em si.

Segundo a Content Marketing Institute, 70% dos consumidores sentem-se mais próximos de empresas cujos conteúdos eles consomem. Um outro estudo, da TMG Custom Media, detectou ainda que 78% dos usuários mostram-se mais dispostos a se engajar com empresas que fornecem a eles conteúdo útil.

Onde há oferta, há demanda
Todo o marketing de conteúdo parte do princípio de que haverá usuários interessados na informação disponibilizada pela marca, seja ela inspiracional (como um post no Facebook) ou um artigo técnico de alta densidade. Em muitos casos, as marcas se questionam por que alguém leria algo em seu site ao invés de em um site de um veículo especializado.

A resposta é muito simples: quando usuários buscam se aprofundar em um assunto específico, o limite da sua saciedade por informação varia de acordo com o seu interesse. Ou seja: ele dificilmente trocará um artigo em um veículo por um post feito por uma marca, mas acabará lendo ambos.

E mais: dependendo de como o usuário fizer a busca no Google, é possível que ele chegue antes ao conteúdo da sua marca do que no de um grande portal de conteúdo.

Para exemplificar esse tópico, segue um dado bem prático da Hubspot: empresas que blogam regularmente conseguem 55% mais visitantes em seus sites do que empresas que não blogam.

E o custo?
Em resumo, marketing de conteúdo comprovadamente gera mais empatia, comprova a promessa de uma marca e induz o seu usuário preferi-la em relação aos seus competidores.

Mas a que custo? Propaganda tradicional não seria mais barato? Não.

Segundo a Demand Metric, marketing de conteúdo custa 62% a menos que o marketing tradicional – e gera, em média, o triplo de resultados.


O momento, agora, é claramente outro: já passou da hora de questionar a eficácia de marketing de conteúdo, fazer as contas óbvias e aumentar o investimento em um modelo cujo ROI está mais do que comprovado.

FONTE: CorpTV

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Comunicação Integrada – Os efeitos de um conceito único

Autor: Lucas Mello

Comunicação Integrada nada mais é do que somar esforços para criar um conceito único e “atacar” o consumidor de várias maneiras, mas seguindo sempre a mesma linha.

Parece ser bem fácil na teoria, porém, na hora de colocar tudo isso em prática, a história é completamente diferente. É um tanto difícil encontrar exemplos de empresas que conseguiram essa façanha, mas ainda assim elas estão lá, colhendo os frutos de um trabalho iniciado há muito tempo. Qual a primeira coisa que vem a sua mente quando vê um fundo laranja e um quadrado azul no meio? Ou quando a cor vermelha é usada como base para a palavra “felicidade” numa garrafa? E quando dizem que há algumas coisas que o dinheiro não pode comprar, mas para todas as outras existe… Nem vou terminar a frase, afinal, nas primeiras palavras você já deve ter descoberto qual era o produto. Tudo isso é só uma pequena demonstração do que a Comunicação Integrada pode fazer.

Logo quando comecei a cursar Publicidade e Propaganda, aprendi alguns pontos que podem ajudar a nortear essa busca.

POSICIONAMENTO
O posicionamento é a maneira como a empresa, marca ou produto irá, pasmem, se posicionar perante o cliente. Séria, divertida, jovem, conservadora, prática, refinada, diferente, preocupada com o meio ambiente, específica, popular e etc. Tudo depende do público alvo. Já imaginou a Coca Cola se posicionando de forma conservadora ou séria? Ou então se uma marca de vinhos tentasse transmitir uma aparência jovem, divertida ou descolada? Provavelmente não daria certo, pois a marca não se posicionaria de acordo com os seus clientes, conceitos, missão, visão e valores.

4 P’s DO MIX MARKETING ALINHADOS
Produto, Preço, Praça e Promoção. A Publicidade e Propaganda se encaixa nesse último, mas isso não quer dizer que podemos deixar os outros três de lado. Todo o mix é importante para dar coerência ao produto ou serviço. Precisamos de um bom Produto, que atenda às necessidades, que tenha um Preço adequado, acessível ao público alvo e disponível nos locais (Praça) em que os clientes estão. Somente assim haverá um embasamento para se trabalhar a Promoção e alinhar os 4 P’s visando atingir o consumidor de forma única, abrangente e eficiente.

CONTINUIDADE
Aquilo que é transmitido na televisão deve ser imediatamente conectado ao que é visto no outdoor, que também deve conversar com o que é veiculado numa revista, no site, no e-mail marketing, no Youtube, Facebook ou qualquer outro meio de comunicação. Toda a campanha deve parecer única, afinal, muito raramente um único meio será o suficiente para persuadir o consumidor. Para explicar isso, e também um pouco do processo de comunicação em si, vamos abrir espaço para uma pequena história.

A história de Alcides e o miojo Trinuto (marca fictícia)
Seu Alcides é um homem comum. Típico consumidor de macarrão instantâneo. Numa certa noite, tem o primeiro contato com uma nova marca de miojo chamada Trinuto durante o comercial na televisão. Achou a propaganda interessante, bem bolada e engraçada. Então? Conseguimos convencer o Alcides de que o miojo Trinuto é o melhor? Seria o sonho de todo o publicitário que a resposta fosse sim, mas infelizmente o nosso caminho é bem mais árduo e perigoso. A nova marca de miojo ainda não está totalmente gravada na mente dele. Apenas plantamos a semente.

Depois de algum tempo, enquanto folheava uma revista na sala de espera do dentista, Alcides viu aquele mesmo anúncio da Trinuto, transportado para a mídia impressa, mas sem perder o seu conceito. Agora ele ficou um pouco mais familiarizado com a marca. Estamos regando nossa semente plantada lá no comercial da TV.

Num outro dia, durante o seu trajeto para o trabalho, Alcides pôde imaginar que seus olhos involuntariamente correram para o imenso outdoor do macarrão instantâneo, mas a verdade é que, lá no fundo, seu cérebro reconheceu as cores e formas já familiarizadas pelos outros anúncios e fez com que ele notasse a peça. Agora, nosso protagonista já está muito mais familiarizado com o produto, e arrisco-me até a dizer que os primeiros sintomas da “queredeira” já estão se formando em seu estômago. O nosso fruto começa a ganhar forma.

Assim, quando Alcides for ao supermercado e chegar à seção de massas, seus olhos irão fatidicamente ao encontro do miojo Trinuto, cuidadosamente disposto em sua prateleira enfeitada, se destacando entre as outras. Agora é a hora do tudo ou nada. Alcides comprará o macarrão da Trinuto? Ou comprará o da concorrente, que mesmo sendo vinte centavos mais barato, nunca teve contato com ele? Pode não parecer, mas todo o trabalho que os publicitários tiveram para criar a campanha serviu para, lá no fundo da mente de Alcides, trabalhar, apresentar, argumentar e familiarizar o miojo. Portanto, com toda a certeza, nosso mais novo cliente escolherá com plena confiança o macarrão instantâneo oferecido pela Trinuto. E agora é hora de nós, comerciantes, empresários, publicitários e qualquer outro envolvido nesse imenso projeto, colhermos os doces frutos da Comunicação Integrada.

Conseguiram compreender melhor a importância de desprender uma pouco mais de esforços para deixar todo o conceito amarrado e bem estruturado? O que aconteceria com o miojo Trinuto se a campanha fosse dispersa? Se cada peça caminhasse para um lado diferente e não houvesse uma ponte forte e bem construída entre cada uma, possibilitando que o desejo inconsciente de Alcides caminhasse livremente entre elas sem se perder pelo caminho, e no final nem hesitasse em comprar o macarrão, mesmo sendo mais caro que o concorrente? Talvez seja exatamente por ter cometido todos esses erros que o miojo adversário perdeu para o da Trinuto.

ANCORAGEM
É aquilo que irá nos ajudar a colocar em prática o passo anterior. No momento de criação da campanha, precisaremos de elementos fortes para ancorar toda a continuidade. E é aí que entrarão as cores, formas, elementos gráficos, palavras, ideias, conceitos, slogans, músicas e muitas outras coisas.
Foi trabalhando esses elementos durante muito tempo, e mantendo-os uniformes, que o Banco Itaú pôde veicular um comercial como este:
INTERATIVIDADE
Houve um tempo em que a Comunicação era mais ou menos no esquema de 1 x N. Um anunciante falava para N consumidores. Porém isso é passado, e hoje muitos dos clientes querem exclusividade. Não querem que uma marca fale para muitos. Querem que uma marca fale para ele, que haja de acordo com o seu contexto, respondendo o seu tweet ou post no Facebook. Hoje, a Comunicação caminha para o 1 x 1, uma marca falando para um cliente. E as empresas que já se deram conta disso, como era de se esperar, saíram na frente e conseguiram seu espaço. Como é o caso da Netflix com o seu cliente Trekker, ou então do duelo de rimas entre o Santander e o Itaú e o da Kit Kat contra a Oreo. Alguns podem achar isso besteira e falta de tempo, que não vale a pena se dedicar para interagir com um único cliente. A essas pessoas, somente digo: Os últimos serão os primeiros perdem a maratona.

VERDADE
Esse, tal qual todos os outros, é um aspecto muito importante. Seja para a Comunicação Integrada, para a Publicidade, a Comunicação, o Marketing, seja para você como indivíduo social. Qualquer assunto pode ser manipulado, mas o ciclo sempre terminará naquilo que tem seu direito de vir à tona. A verdade é algo natural, e não importa o que façamos, ela nunca deixará de existir. Ainda mais agora com a internet, onde uma rápida pesquisa no senhor-sabe-tudo pode revelar qualquer segredo. Por isso, nunca deixe a honestidade de lado por algum benefício passageiro.

Espero que agora toda essa história de Comunicação Integrada esteja mais clara e que seja mais fácil colocar em prática. Em hipótese alguma pense que é um trabalho desnecessário, ou que há outras coisas mais importantes a fazer. Itaú, Coca-Cola, Mastercard, Trinuto e outras marcas estão aí para provar que, na Publicidade, nada é tempo perdido.


A Comunicação Integrada é extremamente importante dentro da empresa. Integrar todos os setores estabelecendo metas, objetivos e procedimentos é muito mais fácil com ferramentas tecnológicas que permitem utilizar a mobilidade a seu favor. CLIQUE AQUI para conhecer os produtos/serviços da CorpTV e saber como a tecnologia pode auxiliar a comunicação dentro da sua empresa.

FONTE: CorpTV

Redes Sociais X Empresas: A importância destas mídias

Autor: Flávio Yukio Montonaga

As redes sociais, desde o seu surgimento, funcionam para várias aplicações sociais – daí o nome –, desde as mais comuns, como artistas divulgando momentos do seu dia-a-dia para os fãs até as mobilizações nacionais em 2013 que reuniram as massas do país inteiro e do mundo por meio da internet.

Nesse contexto, a mídia social se torna uma ferramenta de divulgação de ideias. As possibilidades de uso dessas redes são inúmeras e se atrelam inclusive aos negócios. E é nesse momento que devemos aplicar estratégias para usá-las a nosso favor.

Visto que a função das mídias sociais somos nós (usuários) quem damos de acordo com nossos objetivos e metas, uma rede social se orienta, também, conforme a estratégia do negócio de cada empresa. De uma maneira geral, as companhias devem utilizar esta ferramenta para gerar reputação perante seu público-alvo, criar lembrança de marca e, indiretamente, fazer com que as pessoas consumam seus produtos e serviços. Ao fortalecer a marca junto a seu público-alvo, a empresa acaba fidelizando esse cliente e gerando cada vez mais negócios.

As principais mídias sociais hoje (do ponto de vista empresarial) são o Facebook e o Twitter – o LinkedIn também tem ganhado muito espaço –, cada um com sua especialidade. Acredito que o Facebook ainda seja a principal ferramenta, pelo número de usuários e por oferecer diversos mecanismos de marketing. Nessa linha, também encontramos o Google Plus, que está tentando convencer as empresas de que é um bom canal de relacionamento. Porém, particularmente ainda não estou convencido, pois o usuário que você – empresa – precisa não está lá.

Não podemos deixar de citar o Instagram, que teve um crescimento significativo em 2013, principalmente do público mais jovem que se afastou do Facebook para estar longe das vistas de seus pais.

É importante ter em mente que uma rede social é um meio de comunicação “de mão dupla” e muitas vezes o usuário se manifesta ativamente perante o universo de marcas, produtos e serviços. Um exemplo recente é o caso do PlayStation 4. Quando a Sony divulgou o valor do novo console para o Brasil, imediatamente os potenciais consumidores utilizaram todas as redes sociais da Sony Brasil, internacional e do PlayStation para manifestar sua insatisfação. O resultado foi que no dia do lançamento do PS4 na FNAC da Av. Paulista – uma das lojas de eletrônicos de maior visibilidade em São Paulo – nenhuma unidade foi vendida. Esse impacto negativo teve sua origem toda nas redes sociais.

Surge aí uma questão importante: como lidar com esse usuário proativo, que ganha espaço para se manifestar positivamente e negativamente expondo sua opinião para outros potenciais consumidores? Daí a necessidade de as empresas serem extremamente transparentes e oferecerem um serviço aderente às necessidades do público, visto que não há como esconder as falhas que geram uma insatisfação coletiva, como é o caso narrado. As empresas precisam ter consciência de que as redes sociais abrem espaço para um consumidor ativo, e os mesmos meios que podem ajudar a fortalecer a marca podem também ofuscá-la.

As companhias têm utilizado as redes para estarem presentes no dia-a-dia do consumidor e, no geral, existe um efeito. Os resultados podem ser mensurados a curto ou a longo prazo, dependendo de cada negócio (normalmente empresas que usam as redes sociais para divulgar produtos de um e-commerce, por exemplo, têm uma resposta mais rápida.


Em suma, as redes sociais são poderosas ferramentas de marketing e podem trazer bons resultados para as organizações. O importante é passar uma boa imagem da marca, transmitir conteúdo relevante, atingir o público-alvo e, principalmente, saber lidar com o consumidor insatisfeito. Como tudo que acontece para quem pensa em marketing, para dar certo, é necessário planejamento e estratégias.

FONTE: CorpTV

Outsourcing pode ser alternativa para manter empresa modernizada

Vista como estratégica por grande parte das empresas, a área de TI deve ser responsável por movimentar 3,8 Trilhões de dólares em todo o mundo ainda em 2014. A estimativa da consultoria global Gartner ainda apontou um crescimento de 6,8% no setor de softwares empresariais. Segundo Miguel Ruiz, presidente da MR Consultoria, empresa com 15 anos de experiência em outsourcing de TI e apoio na seleção de sistemas, esses dados mostram como a área ganhou uma importância vital para as companhias.

“Os números apontam como a produtividade das empresas está cada vez mais relacionada com as estratégias e investimentos em TI. Esse movimento de capital demonstra que investir em tecnologia tornou-se uma necessidade para diversos setores por todo o mundo”, explica.

Enfrentando desafios
Em um cenário como esse, muitas empresas acabam perdendo sua competitividade por problemas recorrentes em gerir grandes áreas de TI. Questões como o “apagão de talentos” e o alto nível de rotatividade do setor, assim como os altos custos para manter uma equipe extensa de TI, afetam diretamente a produtividade.

“Aquele conceito de que ao terceirizar sua área de TI a empresa se fragiliza já não se sustenta. O outsourcing tem ajudado muitas empresas a resolverem problemas corriqueiros como carência de profissionais, dificuldades de inovar e até renovação de parques tecnológicos obsoletos e ultrapassados, que impedem o crescimento e estouram orçamentos”, comenta.

Mantendo-se competitivo
Por conta desses fatores, segundo Miguel, é cada vez mais interessante e viável para a empresa terceirizar essa área fundamental. Essa opção, explica o especialista, pode ainda trazer outros benefícios para a competitividade.

“Empresas de terceirização bem estruturadas têm profissionais que atuam em vários segmentos, do financeiro ao automotivo, do têxtil ao de serviços. Ao contar com talentos com esta formação, as empresas ampliam seus horizontes e podem melhorar suas estratégias de negócios, incorporando conhecimentos gerados em outros segmentos. Esse conhecimento ampliado pode ser vital em situações de troca de sistemas ou até mesmo implementações de softwares complexos como ERP ou CRM.”, comenta.

Nova mentalidade
Ruiz lembra ainda que a questão do outsourcing de TI já é realidade em grande parte das empresas. Antes considerada um tabu ou até como ameaça à segurança, a terceirização vem sendo praticada com contratos de prestação de serviços bem estruturados, que garantem a qualidade do atendimento e que resguardam os interesses da companhia.

“Para algumas organizações, a terceirização vai além do pessoal, alcançando mesmo a infraestrutura, que passa a ser fornecida por empresas especializadas. A prática tem demonstrado que essa escolha elimina problemas com gestão de pessoal e permite que a empresa possa crescer rápido, pois a área de TI deixa de ser um gargalo”, finaliza.


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FONTE: CorpTV

Há privacidade na era digital?

Autor: Mauro Segura

Dois anos atrás eu fui convidado para dar uma entrevista sobre "privacidade na internet". Chamarei a jornalista de Márcia (o nome verdadeiro é outro) e pouparei o nome do veículo por motivos óbvios, mas a base da entrevista era debater se ainda é possível manter a privacidade na web nos dias atuais. A jornalista tinha uma teoria de que sim, é possível manter a confidencialidade e preservar a privacidade nos tempos atuais, mesmo na internet. Eu, naquela época, já tinha um conceito diferente: acho que estamos todos escancarados e a nossa privacidade já era.

A entrevista foi por telefone. A conversa se tornou mais um debate do que entrevista, pois Márcia insistia no ponto de que a privacidade individual é algo que pode ser preservado, mesmo no mundo transparente da internet que vivemos. Num determinado momento, ela disse mais ou menos o seguinte: "veja o meu caso, por exemplo, eu mantenho a minha privacidade. Não quero ver a minha vida aberta e disponível para os outros. Eu acho que consigo controlar bem a minha privacidade online".

Esperei ela terminar de argumentar e respondi o seguinte: "Márcia, há quase dois anos você teve um baque muito forte em sua vida. Sua mãe, que sempre foi sua melhor amiga, faleceu depois de um acidente. Você pirou, mudou de emprego, e viveu meses fora do Brasil. Foi para França e voltou revigorada. Parece que você se recuperou bem e refez a sua carreira no Brasil. Mudou de emprego. Nesse período, uma grande amiga foi fundamental na sua recuperação, prestando apoio incondicional, e você, provavelmente, é muito grata a ela até hoje. Acho que ela deve ser sua melhor amiga né?".

A linha ficou muda. Parecia que ela havia desligado o telefone. Perguntei se havia alguém na linha e Márcia voltou gaguejando: "como você descobriu tudo isso?". Eu respondi: "você deixou rastros na internet. Achei pesquisando na web". E ela retrucou: "Mas eu não escrevi nada sobre isso ou, se escrevi, foi muito pouco". E respondi: "você não, mas sua amiga escreveu algumas vezes sobre você. Eu juntei as partes e coloquei alguma ingerência minha para contar essa história para você. Exagerei um pouco para dar mais dramaticidade".

Sabendo que a entrevista partiria para um debate, no dia anterior da entrevista eu tomei a iniciativa de pesquisar sobre a vida pessoal da jornalista na internet com o objetivo de buscar alguma informação mais polêmica e íntima. E surpreendentemente eu consegui. Acabei achando mais do que esperava. A jornalista ficou boquiaberta e o debate tomou outro rumo. Ela se convenceu de que privacidade nos tempos atuais é algo quase impossível.

O fato é que esse cenário evoluiu muito nos últimos anos e vai se acelerar ainda mais nos próximos. Recentemente, a Fast Company publicou um artigo muito interessante, chama-se "The Future Of Relationships: 10 Ways We ll Be Dating, Having Sex, And Breaking Up In 2025". Basicamente, o artigo especula como serão os relacionamentos em 2025, com base num estudo da consultoria Sparks and Honey. Vale ler. O interessante é que uma das tendências fala em "quantificação dos relacionamentos". O estudo diz que, no futuro, não somente os indivíduos serão monitorados, mas também os relacionamentos. O uso de tecnologias vestíveis (wearable, em inglês) denunciará a forma como interagimos com cada pessoa em nosso círculo familiar e de amizade. Ou seja, o sexo e os relacionamentos serão novas fronteiras férteis para medição e monitoramento.

O Big Data vai prover "insights" e razões sobre os relacionamentos, porque alguns funcionam bem e outros falham. Se extrapolarmos essa ideia é bem possível que futuramente tenhamos um verdadeiro big data de informações, colaborativas ou não, que serão consideradas na hora de alguém escolher um parceiro. Aqui podemos estar falando de informações genéticas, comportamentais e de outras dimensões. O novo aplicativo sensação do momento chamado LULU já parece ser algo nessa linha.

O melhor artigo que li até agora sobre "Privacidade em tempos de Big Data" foi de Cezar Taurion, publicado em novembro.

Olha o que ele escreve: "Indiscutivelmente que hoje geramos quintilhões de dados por dia e, queiramos ou não, estamos sob constante vigilância. Sabemos que nossas ações são monitoradas quando usamos nossos cartões de crédito, quando usamos nossos celulares e smartphones, quando fazemos buscas na Web ou quando acessamos um site. No Rio de Janeiro, por exemplo, estima-se que exista cerca de 700 mil câmeras instaladas nas ruas, prédios, condomínios, bancos, supermercados etc, que de alguma forma gravam nosso dia a dia. O Facebook armazena, em média, cerca de 111 MB de informações sobre seus usuários".

Enfim, estamos desgraçados. Temos milhares de câmeras, robôs e dispositivos nos monitorando e seguindo. Impossível escapar. Basta passar na frente de um edifício, em qualquer rua da cidade, para uma câmera indiscreta de segurança flagrar você.

Nesse mesmo artigo, eu descobri uma palestra no TED de arrepiar os cabelos. Malte Spitz, num excelente vídeo de dez minutos, conta a sua saga em descobrir as informações que a sua operadora de telefone na Alemanha guardava sobre ele. Depois de várias solicitações recusadas e um processo na justiça, Malte recebeu mais de 35 mil linhas de informação bruta, um detalhado relatório, quase minuto a minuto, de seis meses de sua vida. Assustador! O vídeo mostra detalhes que nos fazem. Aliás, você tem ideia de que tipo de dados a sua companhia de telefone celular está coletando sobre você?

FONTE: CorpTV

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Rádio Transamérica estreia nos Estados Unidos


A Rede Transamérica de Comunicação, maior rede de rádios FM do Brasil, anuncia a sua primeira franqueada em território americano. Nesta segunda-feira, dia 17, a emissora estreia a frequência 1570 AM em Boston, Massachussetts.

Segundo Ader Carreiro, gerente da Transamérica dos Estados Unidos, ainda não existia um veículo de comunicação consistente voltado aos brasileiros, que realmente fizesse o papel de uma emissora de rádio com um padrão profissional. “Ter uma marca forte como a Transamérica nos enche de orgulho e faz com que as expectativas para a estreia sejam as melhores possíveis”, afirma.

Ainda de acordo com Carreiro, o objetivo da inauguração é atender a comunidade de língua portuguesa, que anseia por uma programação de qualidade. Entre os formatos de programação existentes da Rede Transamérica de Comunicação para retransmissão, o franqueado americano optou pela Transamérica Hits, que oferece entretenimento, humor, informação e o melhor do sertanejo, axé e pagode.

A emissora também estará presente nos principais eventos musicais voltados ao público de língua portuguesa, como o Brazilian Day. “Através do nosso estúdio móvel, iremos fazer a transmissão de qualquer lugar do país com qualidade digital”, explica.


Boston é uma das cidades mais importantes dos Estados Unidos e conta com uma população de brasileiros estimada em 400 mil pessoas. Além disso, é sede de duas das mais importantes universidades do mundo: Harvard e MIT.

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FONTE: CorpTV

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Aplicativos móveis: 7 questões de segurança que a TI precisa responder

Autor: John Dickson

Não é novidade que muitas corporações correm contra o tempo para desenvolver soluções para smartphones e tablets buscando aprimorar a experiência para o cliente, ganhar novos canais de relacionamento e oferecer o ambiente mais dinâmico para os funcionários. Segundo o estudo do Gartner, o desenvolvimento de aplicativos móveis voltados para o consumidor continuará a ultrapassar a criação de aplicativos para web e outras modalidades. A demanda por essas aplicações se desenvolve rapidamente, mas, infelizmente, os riscos associados com aplicações móveis são diferentes dos enfrentados por softwares típicos.

A verdade é que ninguém pode de fato impedir que um vazamento de informação aconteça. Ameaças internas sempre existiram, mas a tecnologia digital de consumo e a cloud computing apresentam riscos mais urgentes que os CIOs precisam minimizar. Gerentes, de negócios e de TI envolvidos com o projeto de aplicações móveis devem se certificar, principalmente, de que os dados dos clientes não estarão vulneráveis a ataques externos.

Para isso precisam levar em consideração oito questões centrais. A saber:

1 – Como os aplicativos móveis interagem com os servidores internos?
Muita da atenção e até da cobertura jornalística em se tratando de mobilidade é a segurança focada no dispositivo. Na verdade, a maior parte do risco reside na interação entre os dispositivos com servidores internos e externos. Um aparelho desbloqueado pode ajudar um criminoso virtual a identificar para quais servidores ele envia resposta. Com isso, o servidor na ponta do processo de mobilidade deve estar preparado para resistir a esses ataques.

2 – Há talentos internos para gerenciar esse risco?
Desenvolvedores de software para mobilidade, mesmo com pouca experiência, são muito procurados por líderes empresariais interessados em montar uma boa equipe na área de desenvolvimento para dispositivos móveis. As empresas devem se preocupar mais em quantificar o conjunto de habilidades que a equipe reúne e buscar profissionais nas comunidades que reúnem especialistas em software móvel para contar com um desenvolvimento seguro.

3 – Os desenvolvedores de código para mobilidade entendem os conceitos de segurança mais ou menos do que os outros desenvolvedores?
Infelizmente, para muitos casos a resposta é que os especialistas em software móvel entendem menos de segurança. Muitos dos talentos desse mercado emergente vêm de ambientes móveis e não estão acostumados com a forte segurança dos que constroem softwares tradicionais. A situação pode piorar com desenvolvedores que não têm familiaridade com ambientes móveis, aumentando as chances de erros.

4 – Há a certeza de que informações confidenciais do cliente não permanecerão no dispositivo após o fim da sessão?
Os desenvolvedores de softwares devem escrever códigos que impedem a permanência de dados confidenciais no equipamento após o encerramento de um aplicativo ou browser. A organização, por sua vez, deve se acostumar a manter conhecimento sobre sistemas operacionais e browsers, conhecendo suas fraquezas e pontos fortes.

5 – Com quais processos a empresa conta para responder uma situação de crise, na qual haja vazamento de dados associado a uma aplicação móvel?
A empresa deve ter planos para responder a esse tipo de questão associado a dispositivos móveis. É recomendável fazer um estudo para comparar condutas de concorrentes, avaliar casos e se preparar para o pior. Cabe também outra pergunta: a empresa está preparada para puxar a tomada da infraestrutura para mobilidade se uma vulnerabilidade vier à luz?

6 – Que organização (companhia, provedor de serviços, fornecedor de sistema operacional móvel) está à frente da segurança?
Dadas as diversas questões relacionadas à arquitetura, se uma brecha ocorre quem é responsável por qual aspecto do ambiente, seja dispositivo, sistema operacional ou aplicação? Entender esse ecossistema ajuda na melhor gestão de incidentes de segurança com aplicativos móveis.

7 – Quais são as abordagens estruturadas de desenvolvimento para a criação de aplicações mais seguras?

As abordagens para a construção de aplicações móveis mudaram, dada a fraqueza do ambiente móvel? Quais são os padrões que a empresa possui para os códigos? Como se garante esses padrões e como eles são conferidos? Eles são checados sempre ou em somente em determinadas versões? O desenvolvimento de software deve estar dentro de padrões muito bem controlados, além de sofrerem atualizações constantes, em razão da crescente complexidade das ameaças associadas com aplicações móveis.

FONTE: CorpTV