quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Sindpd-SP defende que trabalhadores de TI tenham participação nos lucros


Com início da negociação coletiva da categoria de tecnologia da informação em janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd) lançou no último sábado (24/11) a campanha salarial 2013. As principais reivindicações da categoria para o próximo ano serão a ampliação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e do vale refeição e o reajuste salarial com aumento real.

Desde dezembro de 2011, o setor de TI está sendo beneficiado pelo programa Brasil Maior. O projeto do governo federal transferiu os 20% da contribuição previdenciária na folha de pagamento para 2,5% do faturamento da empresa. Em agosto, a alíquota caiu novamente para 2%.

A economia é um dos pontos que serão avaliados na negociação. O presidente do Sindpd, Antonio Neto, defende que uma parte desse valor deve ser repassada para os profissionais em forma de qualificação, melhoria de salários e benefícios.

Antonio Neto afirma que é preciso levar em consideração o estímulo que o setor recebeu este ano. Ele reivindica que a indústria reverta para o trabalhador na forma de investimento em qualificação e remuneração parte dos benefícios obtidos.

"O foco da nossa campanha é expandir a PLR e o vale refeição para todos. Além disso, é essencial termos aumento real. Queremos dinheiro no bolso de todos os trabalhadores. Um dos maiores desafios do setor de tecnologia da informação é acabar com o déficit de profissionais qualificados. Um dos caminhos para isso é tornar a profissão mais atraente para trazermos novos trabalhadores para o segmento."

A participação dos empresários em relação à capacitação dos profissionais é outra questão que necessita de discussão e atenção imediata segundo o dirigente. "Os empresários ainda não têm o costume de investir em cursos e capacitação de seus funcionários. Os trabalhadores migram para outras companhias e outras carreiras", afirma o presidente do Sindpd.

Os valores dos cursos de pós-graduação e certificação vão de 10 mil reais a mais de 40 mil reais e, numa área em que se especializar é fundamental, os profissionais acabam desistindo, segundo Antonio Neto. "Por isso, também queremos ter determinado na nossa convenção coletiva uma parcela para a empresa direcionar para a capacitação dos seus funcionários. Vamos começar a discutir essa ideia com o sindicato patronal", reiterou.

Atualmente, a negociação da PLR é obrigatória apenas para empresas com mais de 50 funcionários. O pagamento do vale refeição fica restrito a profissionais com jornada de oito horas que trabalhem em firmas com mais de 100 de empregados.

Com o lançamento oficial da campanha salarial, a pauta segue para aprovação dos trabalhadores em assembleias. Os encontros serão realizados durante o mês de dezembro na capital e em todas as regionais do estado.

FONTE: CorpTV

Um comentário:

  1. O que precisa ser debatido são os malefícios causados à economia do pais, aos profissionais de hoje e aos que estão em formação e ao próprio futuro das empresas; colocando em risco cada vez maior a qualidade de produtos e serviços, e a saúde e o futuro dos profissionais, devido ao Trabalho Terceirizado na forma de contrato PJ, CLT FLEX, CLT Quotas e demais denominações e artifícios para sonegar impostos, enganar e explorar o trabalhadores, negando-lhes todos os direitos garantidos pela CLT, forçando-os a jornadas estafantes (sem descanso em fins de semana, feriados, e muito menos férias remuneradas), com remunerações cada vez mais baixas e exigências absurdas que beiram a irracionalidade (domínio de vários idiomas e certificações/qualificações em diversas especialidades ao mesmo tempo, que se aplicadas à área médica, seria o mesmo que exigir que o mesmo médico tivesse se formado, por exemplo em odontologia, cardiologia, psicologia, geriatria, neurologia, além de interprete e tradutor de vários idiomas).

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