sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Redes sociais: a realidade e previsões

Autor: Jack London

Se você usa as redes sociais para divulgar seus produtos ou serviços, criar perfis de empresas ou para aprofundar vínculos com os usuários, é a hora de abrir o olho e prestar atenção no que está acontecendo nessa área tão importante da internet. Se você é apenas um usuário das redes, também é a hora de repensar sua atuação e abrir seus horizontes. São várias as notícias de grande importância, que listamos a seguir:

1. Nos Estados Unidos, a empresa responsável pelo monitoramento dos investimentos de empresas nas mídias sociais avisa: mudou tudo. A rede que recebe hoje mais clientes com investimentos é o LinkedIn: 98% dos administradores de contas acham que esta é a rede com melhor custo-benefício. Em segundo lugar, aparece o Twitter e, em terceiro, o antigo líder, o Facebook, já acossado muito de perto pelo YouTube. Outras quatro redes que não tinham 5% de participação já passam dos 10%. Ou seja, hora de rever suas decisões de onde colocar seu rico dinheirinho.

2. Surpreendentemente, o próprio diretor de relações com o mercado do Facebook vem a público divulgar uma estatística que até agora era uma suspeita, mas daqui por diante é uma realidade: os jovens estão abandonando o Facebook em massa. Há três anos, a participação dos menores de 24 anos no Face era de mais de 60%. Hoje, não passa de 27%, a menor de toda a história da rede. 73% dos usuários atuais têm mais de 24 anos e, destes, cerca de 25% têm mais de 50 anos. Ou seja: os adultos a caminho da terceira idade vão tomar conta do Facebook. Que coisa, hein?

3. Nos Estados Unidos, o grande hype na área da tecnologia é a abertura de capital do Twitter, que dá um passo gigantesco para seu crescimento. Praticamente todas as matérias que você encontra nas mais diversas mídias ressaltam “a honestidade e a transparência” do processo de abertura do capital do Twitter, em comparação com a “perturbadora e inquietante” abertura de capital do Face. 82% dos jornalistas das TVs americanas só usam o Twitter como fonte de informação. É lá que vocês podem encontrar o Papa Francisco, o Obama, a Dilma, o Messi, o Neymar e as celebridades e os atletas mais famosos.

4. No Brasil, dados divulgados recentemente mostram que, ao contrário do que se esperava, esse movimento também está em curso aqui. O Twitter alcançou recentemente 41,2 milhões de usuários, e o Linkedin chegou aos 15 milhões. Se você somar a estes dois números os adeptos que o Orkut ainda tem no Brasil, você encontrará 64,2 milhões de usuários, número já muito próximo ao total do Face, que é de 73 milhões. Um crescimento médio de mais de 15% dos três sites acima (e outros com menor acesso) significará o fim da hegemonia do Face no Brasil. A previsão é que isso aconteça até meados de 2014. Atenção: fim da hegemonia não significa acabar, significa não ter mais um controle significativo do mercado. Isso sem contar os 65 milhões de usuários do YouTube, que caminha, ele sozinho, para ser o site mais acessado do Brasil.

5. A revista Wired, na sua edição de outubro, que você pode acessar pela rede, criou numa página inteira, com tom de ironia e bom humor, um fluxograma que traz o seguinte título: veja aqui qual é a hora (se for o caso) de sair do Face e ir para o Twitter. Vale a pena dar uma olhada para saber qual é o seu caso, e se ele tem cura. No texto, a revista diz que o Twitter adora “this crap”, os exilados e os fugitivos de outros sites.

Enquanto isso, cresce a importância do Google como principal site da rede. A empresa não divulga seus dados, mas os especialistas calculam que ele já seja usado por mais de 2,5 milhões de humanos, ou seja, 1 em cada 3 bípedes. Para a surpresa geral, o Google acaba de investir US$ 1 bilhão numa empresa de tecnologia biomédica e genômica chamada Calico. O objetivo declarado do Google e da empresa é pesquisar e criar formas de dar à população mundial mais cinco anos médios de vida útil e saudável. Estive outro dia, a convite, visitando uma aceleradora de empresas em Guarulhos, administrada por uma agência chamada Agende. Com grande dificuldade de sobrevivência, vi uma startup de pesquisa e estudos farmacológicos que pode ter um grande futuro, se você, investidor, der um pulo até lá e, como o Google, tirar do bolso alguns trocados (não para eles) e apostar nesta alternativa.


A notícia da ação do Google só surpreende os mal informados, pois é aí que está o futuro da tecnologia, e não mais no Vale do Silício. Quando dezenas de países com fraco desempenho na área do desenvolvimento tecnológico começam a falar em criar “o nosso vale do Silício” é porque, mais uma vez, estão atrás do passado, do que já está no fim, envelheceu e não é mais o motor de nenhuma economia que se quer avançada e moderna.

FONTE: CorpTV

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